segunda-feira, 18 de novembro de 2013

NOSSO MAIS JOVEM ESCRITOR

O menino escritor. 
Humberto Camargo Brandão Neto que nasceu em Vitória no dia 14 de janeiro de 2002, é nosso mais jovem escritor com livro publicado, pela Saraiva, vejam só.

Em 2012, à luz das lições de astronomia, recebidas nas aulas de Ciência, imaginou uma aventura pelo espaço, protagonizada pelo seu irmão mais novo, Vitor. 

Concebeu-o como um aventureiro e sonhador, já que é como tal que o vê no dia-a-dia, ou, um menino cheio de ideias e de sonhos incríveis.

Foi assim, que escreveu uma aventura de Vitor pelos planetas, na obra VITOR NO ESPAÇO, cheia de encantos e de informações didáticas.

Quem já nos falou dessas coisas foram adultos. Pela ótica de uma criança há muito mais de autenticidade e, acima de tudo, muito mais encanto e doçura.

O lançamento ocorreu no dia 12 de outubro passado, onde uma mãe cheia de justificado orgulho, na Livraria Saraiva do SV, preparou o momento.
Confiram. 

QUINTACULT DE NOVEMBRO

QUINTA CULT DE NOVEMBRO SERÁ DIA 28 PROGRAMAÇÃO E HOMENAGEADOS

MARCOS TAVARES, RENATO PRATINI E VALSEMA RODRIGUES SERÃO HOMENAGEADOS NA QUINTA CULT DE NOVEMBRO QUE SERÁ A ÚLTIMA DO ANO NO SHOPPING MESTRE ÁLVARO

Hip hop de Ibiraçu
O Escritor Marcos Tavares, da Academia Espírito Santense de Letras, o Artista Plástico e Poeta Renato Pratini, a Escritora Valsema Rodrigues da Costa e o Escritor Ferreira Gullar serão os grande homenageados da 15ª edição da Quinta Cult. a última do ano a ser realizada no dia 28, na Praça de Alimentação do Shopping Mestre Álvaro, na Avenida João Palácios, n.º 300, no bairro Eurico Salles, Carapina Serra ES. Ferreira Gullar, pseudônimo de José Ribamar Ferreira é um poeta, crítico de arte, biógrafo, tradutor, memorialista e ensaísta brasileiro e um dos fundadores do neoconcretismo. Marcos Tavares é natural de Vitória (ES). Premiado em diversos concursos literários, seja de contos, seja de poemas, foi eleito, em 2011, para a Academia Espírito santense de Letras (cadeira 15). Renato Pratini é premiado Artista Plástico e membro da ALEAS, Academia de Letras e Artes da Serra. Valsema exímia Poeta e Declamadora é um dos maiores talentos culturais de Vila Velha e do Estado e lançou recentemente o seu livro "Finalmente Setenta".
Poetisa Wanda Alckmin  e o saudoso Rogério 
Escritor Sérgio Dário Machado recebe
a Condecoração Mestre Álvaro
Cineasta Sebastião Ribeiro Filho tamém agraciado
com a Condecoração Mestre Álvaro 
A atração musical de destaque será a apresentação da dupla Léo Gomes e Messias, que, em 2008, gravaram seu primeiro CD promocional, com as músicas: "Fala o que passou", "Luz da Minha Vida” e "Pomar da Minha tia" que também são interpretadas por outros artistas. Messias Cávoli é músico profissional pela OMB e possui nível  técnico em violão erudito e graduado em música pela FAMES (Faculdade de Música do Espírito  Santo). Léo Gomes com uma boa vivência na área musical é músico profissional pela OMB e  tem desenvolvido um trabalho espetacular como vocal e violonista. Em Dezembro/2011, a dupla Léo Gomes & Messias surpreendeu seu público com o primeiro  "CD Ao Vivo" gravado em Serra/ES.

A Quinta Cult é constituída de Recital, Sarau Poético e apresentação de Poetas, Escritores e Músicos da ALEAS (Academia de Letras e Artes da Serra) e do CTC (Clube dos Poetas Trovadores Capixabas) e artistas, escritores e poetas da cidade da Serra, da Grande Vitória e do Estado do Espírito Santo e convidados especiais. O Projeto é um evento idealizado, organizado e realizado na cidade da Serra no Estado do Espírito Santo, pelos Escritores e Acadêmicos, Clério José Borges de Sant Anna, na Coordenação Geral; Marcos Arrébola, como Apoio Técnico e Pedagógico e Levi Basílio no Marketing e Divulgação. Participam da Equipe organizadora do evento como colaboradores os Acadêmicos, Albércio Nunes Vieira Machado, Edilson Celestino Ferreira, Teodorico Boa Morte e da Cineasta Maria Suzi da Costa Nunes.
Acadêmico Gabriel Bittencourt presença constante

Quinta Cult é uma promoção conjunta da Academia de Letras e Artes da Serra, ALEAS, do Clube dos Poetas Trovadores Capixabas, CTC, com o apoio do Jornal "Tempo Novo" e Jornal da Serra, da Loja Biss, de Laranjeiras e Porto Canoa e do Shopping Mestre Álvaro.

QUINTA CULT DE NOVEMBRO
PROGRAMAÇÃO
Grande homenagem Nacional: Escritor Ferreira Gullar
Especial do mês: Acadêmico Escritor Marcos Tavares
Artista Plástico do Mês: Renato Sastre Pratini
Poetisa do mês: Valsema Rodrigues  da Costa
18h30m - Exibição do Vídeo "Caminhos de Cariacica", da Cineasta Suzi Nunes. 


Clério Borges

GRANDES HOMENAGEADOS

Ferreira Gullar
Marcos Tavares 

Valsema Rodrigues 

Renato 




domingo, 17 de novembro de 2013

SIMBORA PRO SHOPPING

Tarde de sábado, mas que delícia! Trabalhou-se durante a semana, hora certa de entrada de saída, de refeição, tudo para no final do mês ter nas mãos, e viva, um salário mínimo, alguns, um pouco mais.


Logo, é mais que compreensível que se juntem os familiares que puderem, alguns amigos de galera e a palavra de ordem è: simbora pro shopping. Adentram pela porta principal, vieram de ônibus, o ponto fica nessa direção.
Riem e brincam o tempo todo. Cada um traz na mão um celular e embora conversem, ninguém desgruda da emissão de mensagens, de falar com outrem, assunto sem importância, absolutamente nada que não pudesse ficar para depois, ou deixar para a oportunidade do primeiro encontro.  Mas, ora bolas! Celular é para usar! Tá certo... 

Na proximidade de algum restaurante, juntam mesas e deixam outras desprovidas de cadeiras, sentam-se e o papo rola solto... Boas gargalhadas, o invariável tom de gozação de alguém do grupo que se safa como pode. Não faltam alguns petelecos na careca de quem a tem.  Até que comem alguma coisa, um prato grande de batatinha frita que fica no centro, é acessado por todos.

Quem precisar de uma mesa para sua refeição se vire em procurar cadeira ou, saiba que na parte externa, sob o toque do vento que traz maresia, quem sabe ainda poderá encontrar um lugar.

A turma encontrou o seu, para jogar conversa fora e só quando alguém começar a denotar enfado, passará a sensação a todos que se levantarão um a um e vão ver vitrines ou exposição de quase tudo.

Continuam a não pensar em compras. O salário não permite aventuras de consumo. Há sempre quem já vivenciou a experiência de comprar à prestação, do ter-se endividado acima das próprias possibilidades, ou ter esticado as pernas além de onde o lençol poderia chegar e mesmo que a experiência de um homem não empreste suas asas a outra homem, conforme escreveu Gibran, também é verdade que convêm colocar a barba de molho, quando vir a do vizinho arder.

Ir ao shopping é mesmo só curtição. Formar um grupo que tenha o mesmo gosto, sair, conversar, rir, passear, ver, depois voltar para casa. De ônibus, é claro. Pensando bem, significa não ter que pagar estacionamento, caríssimo, só isto faz a fortuna de quem recebe.

E agora?  eu que  coloquei no fundo da bolsa a cena, ávida de transformá-la em crônica me pergunto: como terminar?

Aprendi que se pode ser feliz e rir com pouca coisa, e me vem a mente aquela frase antiga usada por um forrozeiro para cantar: o pouco com Deus é muito, o muito sem Deus é nada.  

Marlusse Pestana Daher

Vitória, 17 de novembro de 2013

13:37

ALVÍSSARAS POR TODA PARTE

Intriga-me a onda de ufanismo que sopra Brasil a fora, constatada pelas manifestações que, principalmente, nas redes sociais, estão sendo postadas, agora que chegou o “dia D“, ou àquele, em que ocorrerá a tão merecida prisão dos tão conhecidos e deplorados “mensaleiros”.

Ainda falta gente, mas quem sabe, trata-se de pessoas, cuidadosamente blindadas e que jamais serão alcançadas, pelos ainda débeis braços da justiça, pelo que, o mesmo ânimo que leva a nação a ufanar-se nestes dias, deve animá-la a não descuidar o cumprimento de sua parte: continuar bradando alto e em bom som contra todo e qualquer tipo de desrespeito à coisa pública.  Esteja movida pela esperança e certeza de que assim propicia o estar  sempre mais próximo o dia em que não só de direito, mas também de fato: este seja um país de todos os brasileiros e de quantos aqui habitam.

Mas falava que intriga-me. O quê? Não pretendo desmerecer os esforços envidados pelos Ministros do Supremo Tribunal Federal que uma vez colocado como propósito, não só rompendo grandes barreiras, como também a custa de muito desgaste emocional, esforço em manter-se equidistantes de pressões diversas, levaram a bom termo o julgamento esperado.  Mas a grande verdade é que, eles nada mais fizeram que cumprir o próprio dever.

Foram guindados àqueles postos para vigiar o cumprimento da Carta Magna do pais, interpretando-a quando necessário, e até  julgar os que foram postos em cargos tais que os recompensam com foro privilegiado.  Acabam sendo através das decisões que proferem espelhos nos quais se miram todos os juízes do Brasil.

Por outro lado, não é que se tenha tanto porque intrigar-se ou admirar, posto que, como já diz de há muito e muito tempo, velho ditado: quem não está acostumado, estranha. Não estamos acostumados a ver punição para deslizes maiores, para os tais denominados “colarinhos-brancos”, para quem tem dinheiro para pagar a advogados águias, profundos conhecedores das vísceras ou de pequeninas células do direito, que as leis permitem encontrar e dai é que resulta, quando finalmente acontece uma hora como a presente, ouvirem-se alvíssaras por toda parte.

A tarefa do povo é ainda muito maior, porque somos mais, sem esquecer que entre nós, aqueles outros também se incluem. Que os sentimentos presentes sejam embrião prestes a explodir, saindo dali, aquele cuidado tão necessário na hora de fazermos as escolhas que urgem ou de ser conscientes na hora de mediante o voto, constituirmos nossos representantes.


Marlusse Pestana Daher
Escritora e mestre em direito.

14 de novembro de 2013 15:49


sábado, 16 de novembro de 2013

DUAS VIDAS

Antes de adentrar o portão do prédio em que mora minha mãe, contemplei pela calçada uma pequerrucha de pouco mais de um ano que ousadamente, larga a mão da mãe que a conduzia e se aventura em caminhada solo.
Andando em corda bamba

Por umas duas vezes seus passos traem-na e com um simples cruzar de pernas, uma foi para frente reta, a outra dobrada ficou para trás, quase senta-se no chão. Com um impulso se ergue e de novo lá vai... Ela me viu, mas o que lhe importa a minha presença?

Subo ao segundo andar. Abro a porta e deparo com minha mãe cujos passos se tornaram ainda mais lentos, o corpo curvado para frente, como quem sente os 97 anos passados. Caminha apoiando-se nos móveis da sala, nas paredes da pequena circulação. Não me vê, a visão lhe foi roubada por uma queda despercebida de retina, enquanto do outro olho, só tem visão a frente que vai minguando também. É ainda mais precária sua audição.

Duas vidas. Uma desponta, ainda carece de todos os cuidados, mas já busca autonomia, pensando que pode ir onde quiser. Desafia sem consciência qualquer perigo, prescinde da mão que a conduza, escolhe a direção a tomar. E tem caminho imenso à sua frente, vai continuar crescendo ainda por década e meia, depois por bem mais um lustro chegará a idade de jovem adulta. Muita água vai rolar ainda debaixo daquela ponte.

A outra vida vai-se extinguindo, já se foram muito dos sentidos, órgãos há que já não se comportam como antes... a própria lucidez escapou. Aceita se vê, mão que lhe for estendida.

Tal qual o dia que nasce e se põe. É a vida!


Vitória, 16 de novembro de 2013  
18:05


SILÊNCIO DE DEUS

No meu programa na Rádio América (AM 690), o “CINCO MINUTOS COM MARIA”, abordo qualquer tema, imprimindo ao comentário, um sentido religioso. Mas no sábado, sempre que posso, é de Maria que eu falo.


Hoje, (16/11/2013 – sábado) refletimos assim: Maria, criatura como nós, da nossa mesma natureza, também terá passado por momentos nos quais fazia perguntas a Deus, mesmo que na volta tornasse a repetir o seu hino de amor e entrega: faça-se em mim segundo a Sua Palavra.

Na sua condição de mãe, mesmo sabendo que o Pai do seu Filho era Deus – mais que isto, Ele mesmo Deus. Deus de Deus. Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, Maria terá pensado no futuro dele, o que aconteceria, como é que seria sua vida, enfim, repitamos, como humana que era, Maria tinha pensamentos humanos e era como pessoa humana que agia.

Como todos também já provamos, Deus não nos dá respostas da forma que queremos, ou, quem sabe, pode permanecer em silêncio ante nossas indagações. Quem é que nunca fez uma oração sincera e depois de esperar, nada ouviu.

Acontece com todos nós. Em muitos momentos chegamos a ser impactados pelo silêncio de Deus. Mas se achamos que Deus está em silêncio não será porque não conseguimos interpretar aquilo que está querendo dizer ou mostrar, através do que ouvimos ou vemos?

Temos um exemplo de quem provavelmente provou um momento assim, o salmista (Sl 13) não se conteve e cobrou uma clara resposta de Deus ao dizer: Atenta para mim, responde-me, Senhor, meu Deus. Ilumina-me os olhos para que eu não durma o sono da morte.

Justamente, precisamos saber interpretar os silêncios de Deus. Na verdade, Ele nos fala numa criança que nasce, no sol que brilha, na chuva que cai, no vento que sopra, em tudo que os nossos sentidos podem perceber.


Não é que Deus esteja em silêncio, nós é que estamos surdos. Procuremos saber o porquê, aprendendo com Maria. 

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA

O dia de hoje, 15 de novembro, é comemorado como aquele em que foi proclamada a República no Brasil, isto é, trata-se da forma ou do regime mediante o qual, o país é governado. No caso, por um Presidente que os brasileiros escolhem e que uma vez eleito tem dupla função, a de chefe do governo e chefe do estado.

Chefe do governo enquanto comanda a administração, os serviços, e chefe do governo porque representa diplomaticamente o país. Por exemplo, a Rainha Elisabete da Inglaterra é Chefe do Governo, lá, a Chefia do Estado cabe ao 1° Ministro.

Nosso país, ou melhor, nossa Pátria é rica e continua a ser cobiçada pelos endinheirados do mundo, como é o recente caso do príncipe saudita que veio aqui no Espírito Santo, onde quer construir um porto.
É um país em condições de tornar verdadeiro o projeto de Jesus, quando diz: “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância”. Abundância que não precisa chegar a nem 1% da fortuna de um Edir Macedo ou Valdomiro, mas o suficiente pois, até “o pouco com Deus é muito e o muito (que) sem Deus é nada”.

É assim, quando Deus criou o homem, também colocou ao alcance dele tudo de que precisa para viver bem, até autorizou “submetei a terra” não é o mesmo que devastar ou destruir como está acontecendo. Sabendo usar, porque a terra produz tudo que precisamos e até acima das nossas necessidades. 

Precisamos saber viver, aprendamos, se for necessário, para que desde a escolha do Presidente da República, até usar a terra seja um ato de amor cuja medida é a de como amamos a nós mesmos.

Do Programa 5 Minutos com Maria
Radio América AM 690 15 h


CHEFE DE GOVERNO E CHEFE DE ESTADO: DIFERENÇAS ENTRE PARLAMENTARISMO E PRESIDENCIALISMO
                          Rodrigo Gurgel - Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação 07/10/20090


Nem sempre o presidencialismo foi a forma de governo adotada no Brasil. Nossos governantes já optaram, em dois períodos, pelo parlamentarismo. Primeiro, no início do governo de Pedro 2º, quando se cria, pelo decreto de 20 de julho de 1847, a presidência do conselho de ministros. Essa fase terminaria apenas em 1889, com a proclamação da República

Anos depois, em 1961, quando da renúncia de Jânio Quadros, o parlamentarismo foi a solução encontrada para garantir a posse do vice-presidenteJoão Goulart, criticado pelos militares por seu esquerdismo. Essa fase, contudo, na qual se sucederam três primeiros-ministros - Tancredo NevesBrochado da Rocha Hermes Lima - durou apenas cerca de um ano e meio. Em plebiscito realizado no mês de janeiro de 1963, 80% dos votos foram favoráveis ao retorno do presidencialismo.  
Mas quais as diferenças entre parlamentarismo e presidencialismo?  
No âmbito dos Estados democráticos, encontramos duas formas de governo, a parlamentar e a presidencial. A primeira, a que damos o nome de parlamentarismo, pode ser encontrada em sistemas monárquicos ou republicanos. A segunda, que recebe o nome de presidencialismo, é própria apenas dos sistemas republicanos.

A cada uma dessas formas de governo corresponde um tipo particular de Poder Executivo, que pode ser exercido ou por um chefe de Estado ou, de maneira equilibrada, por um chefe de Governo e um chefe de Estado. 
Parlamentarismo
No caso do governo parlamentar, suas origens estão ligadas às monarquias constitucionais europeias, especialmente a britânica. No parlamentarismo inglês, o chamado cabinet government, os eleitores escolhem, entre dois partidos, seus representantes no Parlamento. O partido que obtiver a maioria dos votos é, automaticamente, responsável pelo governo, para o qual escolhe um chefe - um primeiro-ministro.

Mas o governo parlamentar pode ocorrer em monarquias ou repúblicas que sejam multipartidárias, nas quais os diferentes partidos se unem para formar o que chamamos de governos de coalizão.

Com pequenas diferenças de país a país, no parlamentarismo o chefe de governo - que também pode receber o nome de chanceler, premier, presidente do conselho de ministros, etc. - divide o poder com o chefe de Estado - um presidente, também escolhido pelo voto, ou um monarca, cujo cargo é hereditário.    

O chefe de governo, quase sempre, fica responsável pela escolha e nomeação dos ministros ou secretários, pela administração do Estado e, por meio de acordos, pela formação de uma maioria, no Parlamento, que permita a governabilidade do país.    

Quanto ao presidente (ou monarca), este mantém distância das miudezas da luta política, cuidando apenas de grandes questões, das linhas-mestras do Estado, como as relações diplomáticas com outros países e o aperfeiçoamento das instituições políticas nacionais, assumindo, muitas vezes, o papel de moderador entre as forças partidárias.

Vale ressaltar que o chefe de Governo, diante de um grave impasse ou quando não tem mais a confiança dos parlamentares, detém o poder de dissolver o Parlamento ou de pedir sua dissolução ao chefe de Estado, que, nesses casos, convoca imediatamente novas eleições.
 
Presidencialismo
A maioria dos regimes presidencialistas inspirou-se na forma de governo dos Estados Unidos da América, chamada de presidencial government. Em seu estado puro, esse tipo de governo é caracterizado pela concentração, nas mãos do presidente da República, dos poderes de chefe de Estado e de Governo.

Eleito pelo voto popular, o presidente escolhe seu ministério ou secretariado, representa o país nas relações internacionais, dita grande parte da pauta do Parlamento, pode declarar guerra a outra nação, etc. Ou seja, possui amplos poderes, inclusive o de nomear os membros das mais altas cortes do Judiciário. Centro do sistema governamental, o presidente determina ou interfere diretamente em tudo, inclusive nas questões mais corriqueiras da luta política entre os diferentes partidos. 

Para alguns estudiosos, o presidencialismo é um sistema de governo que parece conferir estabilidade e eficiência ao Poder Executivo, mas que, ao mesmo tempo, enfraquece a iniciativa do Legislativo - e principalmente seu poder de controle e fiscalização. 
 
O caso francês
França possui uma forma de governo peculiar, variante do presidencialismo puro - chamada por alguns cientistas políticos de semipresidencialismo -, na qual o presidente, apesar de eleito pela população, não concentra em si os poderes de chefe de Governo e de Estado.

Eleito, o presidente nomeia, dentre os membros do Parlamento (que também foi eleito por voto popular), um primeiro-ministro que será responsável pela coordenação do governo.       

Na República Francesa, o governo não depende de um voto de confiança explícito do Legislativo, mas este pode votar uma "moção de desconfiança". Caso isso ocorra, o presidente decide se aceita a demissão do Governo (incluindo o primeiro-ministro) ou se dissolve o Parlamento e convoca novas eleições.