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O ENCONTRO |
Quarta-feira da Semana
Santa. As comemorações em muitos lugares, nem todos, continua sendo com a realização
da chamada “procissão do encontro”, solenidade que focaliza em especial, o momento
em que a Virgem Maria depois que tomou conhecimento de que seu filho havia sido
julgado e condenado à morte, em companhia de algumas amigas, entre elas Maria
Madalena, aquela que muito amou, vai-lhe ao encontro e de fato, quando O vê,
constata as atrocidades das quais foi vítima, a rudez dos açoites, da coroação
de espinhos e o quanto estava abatido e humilhado por todo sofrimento que lhe foi
causado.
Pode-se imaginar a dor
experimentada por Maria ao ver o Filho naquela condição e é como se justifica a
expressão colocada em seus lábios: vede
se há dor maior que a minha dor.
Mas não se tem notícia de
que Maria tenha aberto seus lábios para fazer qualquer tipo de queixa ou para
falar contra, insultar ainda que minimamente, os agressores do seu Filho.
Cumpre seu papel de Mãe, permanecendo
ao lado Dele, acompanhou-O pelo restante da via dolorosa. Permaneceu assim,
viu-O cair e levantar-se, consolar as mulheres de Jerusalém, e nem ante a atroz
crucificação, quando seus pés e mãos foram traspassados por pregos, a Mãe recuou.
Ficou no Gólgota, recebeu
seu Filho morto nos braços e lhe deu sepultura.
Quem reflete sobre esta
cena, descobre muitos outros aspectos e pode avaliar a profundidade do Sim que
Maria proferiu na anunciação e foi repetindo durante toda sua vida, em cada
momento que se fez necessário provar a mais perfeita comunhão de sua vontade
com a vontade de Deus.
Procuremos penetrar fundo
no mistério de paixão, encontraremos razões para valorizar o preço do gesto da
salvação cumprida por Jesus para resgatar-nos da morte e do pecado.
Boa Semana Santa!