Curiosamente, todos, de
uma forma ou de outra, sentem-se tocados pelo findar de um ano.
Imagine-se como último dia
do ano, uma segunda feira. Pronto, primeiro de janeiro vai ser terça-feira e dai,
não se tem como negar que do Natal até dois de janeiro, ocorrem uma férias
intercaladas.
Olhe lá, se não se esticar
até o dia seis, pois é dia de Santos Reis, (Reis aqueles que viram a estrela de
Jesus no oriente e saíram à procura dele para adorá-Lo), com manifestação
folclórica em que se entoam cantos de louvação (pode ser que no meio haja
também uma loba e um boi que botam o pessoal pra correr). Em alguns países os
presentes são dados ou trocados não no Natal, mas no dia da Epifania, 6 de
janeiro.
E como é o último sábado
do ano, neste de modo particular, porque o sol voltou a brilhar e fez cessar as
chuvas abundantes que caiam aqui por nossas bandas, causando expressivos
estragos, as pessoas sentem-se aliviadas e leves e a vontade que dá é ir a
algum lugar.
Shopping é a primeira
ideia que pinta, de fato, quem foi ao
shopping nesta tarde, pode dizer como estava cheio de gente que ainda fazia
compras, aproveitando as “rebajas” de uma Z,
por exemplo, nunca uma marca nada desprezível. De fato, tem tudo, para todos os
gostos e necessidades, com preços deveras atraentes.
Escolher estava fácil,
experimentar, ai demorava um pouco, para pagar, outro tanto, máxime quando um
vendedor, que parecia dos mais qualificados, aponta a um casal com criança o
caixa destinado para quem compra para crianças, negou a existência, que é
previsão de lei, do chamado, preferencial.
Ainda bem que a fila não
se configurou estafante, havia sempre alguém comentando o que comprou,
mostrando a um familiar (que guardava lugar na fila) sem negar, a quem desejou,
meter o bedelho para elogiar, dizer
que ia ficar muito bonita.
Paradinhas clássicas para
um café, naquela cafeteira onde garçonetes cheias de simpatia e todo atenções,
acolhem, ouvem o que é desejado, mas o café que servem... que decepção: fff.
Mas a tarde só está para leveza, ninguém vai brigar só por causa de um café,
ainda que o preço que se paga por meia xícara, das pequenas seja maior que o de
meio quilo do pó que se compra em qualquer supermercado.
Volta inteira no andar
inferior, o mesmo no superior... paradas em frente de lojas, tudo se olha, mas
pouco ou nada se quer comprar...
Feita uma boa caminhada...
os pés começam a doer... Daquela sandália cuja sola está intata, não se pode
dizer o mesmo da parte que acolhe os pés. A ela se debita a antecipação da
volta à casa, já que a sugestão do cérebro de andar descalça não foi acolhida
pela razão.
Já prá casa!