
O
autor se arvora juiz, sequer adota qualquer texto legislativo, imerge nas
profundezas de uma ideologia que brota de cada sua palavra, posto que, como ele
mesmo afirma: “detrás de todo conhecimento e de toda prática humana age uma
ideologia latente” que se “resume em dizer que a ideologia é o discurso do
interesse”, acrescenta, “todo conhecimento, mesmo o que pretende ser o mais
objetivo possível, vem impregnado de interesses. Pois assim é a condição humana”.
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Ministras Carmem Lúcia e Rosa Weber |
Hilariza
sobre as motivações da que chamou imprensa empresarial, que não aceitou Lula-presidente,
esqueceu daqueles grandes empresários aconchegados ao seio do grande imunizado
da “tribulação do povo brasileiro”, beneficiando-se à exaustão da “Bolsa Empresário”
como a denominou Miriam Leitão, nesses anos de governança faz de conta, pro
“causas populares”.
Cita
filósofos, fala de ideologia partidária, condena a Ministra Rosa Weber a quem
nada menos titula de leviana e culmina dizendo no primeiro artigo que o
Ministro Joaquim Barbosa “aprisionou a verdade na injustiça” (Rom 1,18), mesmo
tendo prevenido de início, no segundo artigo, “não estou defendendo a corrupção
de políticos do PT e da base aliada”. Então está fazendo o quê?
Teorias
como a de Leonardo Boff, filosofia política como a do PT têm causado confusão
na cabeça de muita gente que se não tiver capacidade de separar joio do trigo,
pode embarcar em canoas furadas e não chegar a porto seguro nenhum.
Se
a referência à “literatura jurídica” feita pela Ministra Weber para condenar JD
não foi a mais feliz, de que errou ao condená-lo, por ação ou omissão, em todo
aquele episódio, não pode ser dito, em virtude do cargo que o ex-ministro ocupava,
com as atribuições ao mesmo inerentes. “Coautor é aquele que contribui para o
crime em consequência do que incide nas penas ao mesmo cominadas”. (Art 29 CP).
Antes
quer-me parecer que aprisiona a verdade quem só a vê no que diz, ou dela se
apodera de tal sorte, que ninguém mais está certo ou é justo a sua volta.