Jesus passou todos os dias do seu apostolado fazendo o bem, devolvendo
vista a cegos, curando coxos e leprosos, enfim distribuindo a mais fina flor do
amor.
Ao sentir a proximidade da paixão, sentiu toda agonia de quem sabe que
vai morrer e ainda mais, mediante tortura como Ele foi. E decidiu entrar em
oração, escolhendo o Getsemani. Contemplando-o podemos constatar que aconteceu
a maior prova de que mesmo sendo Deus de
Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, estava arrasado.
Então brota dos seus lábios o célebre pedido: Pai, afasta de mim este cálice, sentiu todo amargor da paixão que
se aproximava.
Consciente que sempre foi, de que o mais importante é fazer a vontade do
Pai, de imediato acrescenta: mas não se
faça a minha vontade e sim a Vossa. Com este SIM Jesus aceitou a paixão com
suas consequências e o fez por amor, pela salvação de todos os homens.
Àquela altura,
Judas já o delatara e acompanhando os que iam prender o Mestre, combinou como
senha, um beijo. Vamos, aquele a quem eu
beijar, prendam, é Ele. E assim aproximando-se de Jesus ainda o saúda com
um hipócrita Salve Mestre! E logo os
soldados se apossam de Jesus prendem-no e o levam à presença dos que então “faz
tudo” governador, juiz, autoridade única. Primeiro a Anás, Caifás que se julga
impedido por não pertencer aos seus subordinados. Depois a Herodes que fica sem
atitude, mormente, porque ouviu de sua mulher a advertência: não suje suas mãos com o sangue desse homem.
Mas a multidão, parte levada pela turba, repetia o que estava ouvindo dos
inimigos de Jesus e pediam que fosse condenado.
Herodes então se
lembrou de que aquele era um tempo de indulgência, e havia o costume de soltar
um prisioneiro. Pensa com isto, ter encontrado a saída. Estava preso um tal Barrarás,
assassino, ladrão, bandido da pior espécie. E decidiu: já sei o que fazer e
dirigindo-se à multidão perguntou:
-Vocês querem
que eu solte Barrabás ou Jesus?
Aconteceu o que ele não esperava, a multidão insuflada
por aqueles que queriam a todo custo matar Jesus, escolheram a gritos
repetidos, a soltura de Barrabás de quem provavelmente muitos deles, quem sabe
até, tenham sido vítimas.
E Pilatos lavou as mãos num gesto de que suas mãos
estavam limpas do sangue daquele
inocente, quem quisesse que assumisse.
Veneramos Maria, por causa disto e muito mais. Ela
aceitou ser Mãe do homem que passaria por todas essas humilhações, mas
acostumada que estava e cheia do amor que possuía (e possui) respondeu Sim ao
mensageiro que do céu veio trazer-Lhe a notícia, com a célebre e mais profunda
resposta, convencida e convincente: EIS AQUI A SERVA DO SENHOR.