segunda-feira, 22 de abril de 2019

OITAVÁRIO DA FESTA DE NOSSA SENHORA DA PENHA - II

EIS AQUI A SERVA DO SENHOR, tema da Festa  de Nossa Senhor da Penha - 20199. 

Jesus passou todos os dias do seu apostolado fazendo o bem, devolvendo vista a cegos, curando coxos e leprosos, enfim distribuindo a mais fina flor do amor.

Ao sentir a proximidade da paixão, sentiu toda agonia de quem sabe que vai morrer e ainda mais, mediante tortura como Ele foi. E decidiu entrar em oração, escolhendo o Getsemani. Contemplando-o podemos constatar que aconteceu a maior prova de que mesmo sendo Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, estava arrasado. Então brota dos seus lábios o célebre pedido: Pai, afasta de mim este cálice, sentiu todo amargor da paixão que se aproximava.

Consciente que sempre foi, de que o mais importante é fazer a vontade do Pai, de imediato acrescenta: mas não se faça a minha vontade e sim a Vossa. Com este SIM Jesus aceitou a paixão com suas consequências e o fez por amor, pela salvação de todos os homens.

Àquela altura, Judas já o delatara e acompanhando os que iam prender o Mestre, combinou como senha, um beijo. Vamos, aquele a quem eu beijar, prendam, é Ele. E assim aproximando-se de Jesus ainda o saúda com um hipócrita Salve Mestre! E logo os soldados se apossam de Jesus prendem-no e o levam à presença dos que então “faz tudo” governador, juiz, autoridade única. Primeiro a Anás, Caifás que se julga impedido por não pertencer aos seus subordinados. Depois a Herodes que fica sem atitude, mormente, porque ouviu de sua mulher a advertência: não suje suas mãos com o sangue desse homem. Mas a multidão, parte levada pela turba, repetia o que estava ouvindo dos inimigos de Jesus e pediam que fosse condenado.

Herodes então se lembrou de que aquele era um tempo de indulgência, e havia o costume de soltar um prisioneiro. Pensa com isto, ter encontrado a saída. Estava preso um tal Barrarás, assassino, ladrão, bandido da pior espécie. E decidiu: já sei o que fazer e dirigindo-se à multidão perguntou:
-Vocês querem que eu solte Barrabás ou Jesus?
Aconteceu o que ele não esperava, a multidão insuflada por aqueles que queriam a todo custo matar Jesus, escolheram a gritos repetidos, a soltura de Barrabás de quem provavelmente muitos deles, quem sabe até, tenham sido vítimas.

E Pilatos lavou as mãos num gesto de que suas mãos estavam limpas do sangue daquele inocente, quem quisesse que assumisse.

Veneramos Maria, por causa disto e muito mais. Ela aceitou ser Mãe do homem que passaria por todas essas humilhações, mas acostumada que estava e cheia do amor que possuía (e possui) respondeu Sim ao mensageiro que do céu veio trazer-Lhe a notícia, com a célebre e mais profunda resposta, convencida e convincente: EIS AQUI A SERVA DO SENHOR.