terça-feira, 22 de agosto de 2017

MARIA RAINHA


Costumamos dizer que nossas mães são rainhas por causa do amor, dedicação e de cuidados com que elas nos cercam. Imaginem então, a Mãe de Jesus! 

Maria é rainha: estava predestinada a ser desde o início dos tempos. E isso, porque ela foi escolhida para a missão notável e de grande alcance: ser a mãe de Cristo, fonte de todas as graças.

Sendo assim, temos em Maria o modelo por excelência para toda vocação, seja ela qual for, religiosa, clerical ou laical, pois viveu com amor indizível a doação total aos planos de Deus e acima de tudo, soube responder ao forte apelo que Deus fez e ainda faz a tantos: vem e segue-me.

Maria é Rainha das missões, porque foi a primeira missionária, antes de Cristo, para carregar em seu ventre e torná-lo conhecido e amado no mundo. Hoje, ela continua a levar a criança aos homens e mulheres e é a guia dos missionários, isto é, abre caminho e reúne os filhos para o Filho. É considerada a "Estrela da evangelização". Ela é a primeira evangelizadora e a primeira evangelizada (cf. Lc 1, 26-38) (cf. Lc 1, 39-56). Foi ela que acolheu com fé a boa nova da salvação, tornando-se o anúncio, profecia e canto.

Maria é Mãe das missões, porque estava presente no início da missão, no Pentecostes, junto aos Apóstolos, quando nasceu a Igreja missionária. "Ela presidiu com sua oração o início da evangelização sob a influência do Espírito Santo".

Nossa senhora é a companheira inseparável de todos os missionários Por onde passa o missionário, Nossa senhora está lá, junto com ele visitando o seu povo.

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

O NOVO QUE HÁ


Realizam-se com frequência simpósios e congêneres na área do direito, o que demonstra sede de saber e de aquisição de conhecimentos.


      Curiosamente, são sempre no campo civil ou no penal. Ainda que sejam a base dos outros, o Direito não se  constitui só deles. E o meio ambiente e a criminologia, por exemplo, que sequer compõem os currículos dos nossos diversos cursos?

Apesar da multiplicação dos eventos, os expositores são praticamente, sempre os mesmos. Gente de peso, não se negue, mas cujo pensamento já é sobejamente conhecido, está escrito nos anais constituídos por suas obras, publicadas pelos maiores editores do país. Nem se esqueça que em tais oportunidades divulgam-nas, assegurando  a continuidade da semeadura do próprio pensamento.

Jamais diria que se deva marginalizar-lhes a doutrina. Minha observação ao invés, é evidenciar ser  chegada a hora de serem ouvidos outros pensamentos, outras correntes, de se abrir espaço a quem vem buscando seu púlpito, que tendo captado na ferrenha batalha forense outras visões, quer submetê-la ao crivo dos julgamentos e vê-la formar um novo pensamento jurídico adequado  à realidade dos novos tempos.
  
Ninguém se olvidará de um Pontes de Miranda, Cesare Beccaria,  Rui Barbosa, o jurisconsulto brasileiro. Entretanto, com toda vênia necessária, convenhamos que tem muita gente por ai dizendo e bem sobre  direito e não é convidada  em tais oportunidades.

Sabemos que “os notáveis” são leitores assíduos das decisões que emergem das fontes salutares(?)constituídas pelo Superior Tribunal de Justiça e pelo Supremo Tribunal Federal; que eles baseiam ou confrontam o que doutrinam, afinados com os acordes dos acórdãos que de lá emanam. Só que lá, só chegam grandes causas ou causas de grandes.  O que é do povão mesmo não passa dos limites da primeira instância e é nessa planície que da tutela jurisdicional se reclamam respostas eficazes e capazes de provocar as transformações sociais  que urgem no mundo.

Por exemplo: trata-se de uma decisão de primeira instância, poucos têm ciência dela, pérola rara e que jaz imersa em uma caixa de arquivo, a sentença em vinte cinco laudas da preciosa  lavra  de uma  juíza federal, na qual, sabiamente, foi refutando cada uma das diversas acusações que pesaram contra aquele casal que supostamente teria comprado uma criança, quando na verdade  foram movidos “por motivo de reconhecida nobreza, podendo ser identificado como um sentimento natural inerente ao ser humano de perpetuar a espécie através da prole, independentemente de ser ela fruto de uma relação conjugal ou extra havida no seio  de outra família, uma vez que literalmente se entregaram, com paixão, à criança brasileira que estava fadada ao abandono ou  à entrega a quem se dispusesse criá-la”, disse a juíza. O casal não tinha filhos e boas condições para criar aquela.

Ambos sofreram muito e voltaram tristes de onde vieram. Os convocados estejamos atentos para o novo que há no mundo do direito. Vamos prestigiar, Há muita gente, aparecendo sempre mais numerosa por ai.

Marlusse Pestana Daher



domingo, 13 de agosto de 2017

ASSUNÇÃO DE MARIA AO CÉU


Quem vai a Éfeso, na Turquia, pode visitar a Casa da Virgem Maria, reconhecida como aquela em que a Mãe viveu os últimos dias de sua vida, levada por João, após a morte de Jesus, por medo de perseguições que pudessem atingi-la também. 

Já tive tamanha alegria. É uma sensação indescritível de paz que se prova, doce a sensação de estar pisando o mesmo solo que ela pisou, poder entrar na casa onde ela viveu.

Entre as pessoas do meu grupo, uma, a certa altura, me perguntou: “mas se ela viveu aqui seus últimos dias e não se vê um sinal de sepultura, nada que ateste o que é dito, parece estranho...”

Em Jerusalém, também existe um túmulo considerado como de Maria, na chamada “Abadia da Dormição”, um túmulo vazio, porque aquele corpo onde foi gestado o Filho de Deus, não poderia sofrer as consequências de estar na terra. Maria subiu de corpo e alma ao céu pelos méritos e com a força do seu divino filho Jesus.

Apesar da fé que desde sempre acreditou que a Mãe de Jesus foi assunta ao céu, a Igreja reservou-se o direito de deixar passar os anos, fortalecerem-se as certezas, para proclamar o dogma, isto é, uma verdade sobre a qual já não cabe mais cogitações ou dúvidas: Maria subiu de corpo e alma ao céu.

Foi no dia 15 de agosto de 1950, (há 67 anos) que o Papa Pio XII, o pastor angélico, solenemente o proclamou. É dia santo de guarda, como os domingos. No Brasil, entretanto, as comemorações foram transferidas para o domingo seguinte. E no dia  22, hoje,  teremos outra festa mariana ou da comemoração do: ”Nome de Maria”. 

Se pela Igreja esse acontecimento aconteceu muito tempo depois a  assunção ou “dormição” de Maria com a transferência de seu corpo para o para o céu, era reconhecido desde o século VI,  inclusive fazia-se uma procissão até o túmulo vazio de Nossa Senhora.

Santo Agostino ensina que a carne de Jesus é carne de Maria, logo o privilegio da assunção decorre do fato de no corpo de Maria, o filho de Deus ter-se encarnado, ter-se feito da natureza humana como nós. O DNA de Jesus era DNA de Maria.

Jesus ressuscitou, deixou o sepulcro ao terceiro dia,  o mesmo tinha que acontecer com o corpo  de Maria. O trono de Deus, o leito nupcial do Senhor, o sacrário crístico,  devia estar onde Ele próprio está. É mais digno conservar este tesouro no céu. A terra não era seu lugar.

A celebração desta festa  e como  a Igreja como faz em todo mês de agosto de cada ano, coincide com as comemorações do dia do Religioso, aquela pessoa que mediante os conselhos evangélicos entrega totalmente, sua vida a Deus. Assim o fez Maria, com aquele Sim que mudou a face da terra.

Façamos desse acontecimento, objeto das nossas reflexões nesta semana apesar de tantas outras coisas com as quais nos teremos de ocupar.

E que vivamos a esperança: Maria subiu céu, o mesmo acontecerá com nossos corpos, um dia também ressuscitarão, pelos méritos de Jesus, da sua dolorosa paixão que se fez resgate e pagamento por todos os nossos pecados.

Sirvam-nos estes pensamentos de motivação para fazer crescer em nós nossa confiança, em Maria, nossa Mãe, nossa estrela e guia. Só temos a ganhar.


                                                           Marlusse Pestana Daher                                                                               Do Programa "Cinco minutos com Maria"