
O
ano da fé é uma proposta para que a fé que existe em nós seja espanada, seja
lustrada e brilhe nos alimentando nosso, muitas vezes, tortuoso viver. Talvez
porque, como diz o Papa citando seu antecessor João Paulo II na Carta Fides e
Ratio (1998): “... em nossos dias mais
do que no passado, a fé vê-se sujeita a uma série de interrogativos, que provêm
de uma diversa mentalidade que, particularmente hoje, reduz o âmbito das
certezas racionais ao das conquistas científicas e tecnológicas. Mas a Igreja
nunca teve medo de mostrar que não é possível haver nenhum conflito entre fé e
ciência autêntica, porque ambas tendem, embora por caminhos diferentes, para a
verdade”.
E
num dos pontos mais fortes da encíclica, escreve: “Maria acolheu a palavra do
Anjo e acreditou no anúncio de que seria Mãe de Deus na obediência de sua
dedicação (Lc 1,38). Ao visitar Isabel, elevou o seu cântico de louvor ao
Altíssimo pelas maravilhas que realizava em quantos a Ele se confiavam (Lc.
1,46-55). Coma alegria e trepidação, deu á luz o seu Filho unigênito, mantendo
intacta a sua virgindade Lc 2,6-7). Confiando em José, seu Esposo, levou Jesus
para o Egito a fim de O salvar da perseguição de Herodes (Mt 2,13-15). Com a
mesma fé, seguiu o Senhor na sua pregação e permaneceu a seu lado mesmo no
Gólgota (Jo19/25-27). Com fé Maria saboreou os frutos da ressurreição de Jesus,
e, conservando no coração a memória de tudo (Lc 1,19-51), transmitiu-a aos Doze
reunidos com Ela no Cenáculo para receberem o Espírito Santo (At 1,14; 2,1-4).
Com
as bênçãos da Mãe, os apóstolos deixaram tudo para seguir Jesus, como continuam
fazendo todos os que creem nas promessas Dele, até as últimas consequências.
Nós
também somos convidados a uma vida de fé. Só mediante a fé seremos capazes de
nos entregar ao projeto que Deus tem para cada um de nós e como a Mãe nos
recomenda, seremos igualmente capazes de fazer sempre “tudo aquilo que Jesus disser”.
(Jo 2,5).