
Em dois ou três municípios
vigora lei de incentivo à cultura, excelente ajuda, mas que também por razões óbvias
não contempla tantos. Por outro lado, mesmo editados, boa parte dos livros pode
ficar empilhada em algum lugar na casa do autor, ou na casa do Presidente,
tratando-se de academias.
Se vamos às livrarias, lá
encontramos muito mais estrangeiros que brasileiros, estes mais prováveis, em
se tratando de Fernanda Torres, ou Maitê Proença. Confirma-se que santo da
terra não faz milagre.
As pessoas em geral,
adoram ganhar seu livro, mas pagar por ele... nem pensar.
Ao lado disto, há a
questão do pouquíssimo gosto pela leitura. Num desses passeios solitários pelas
ruas do centro de Vitória, dia desses, chamou-me atenção sua desertificação, ao
mesmo tempo, a multiplicação de farmácias. Em todos os bairros, elas também surgem
imponentes a cada dia, verdadeira
opulência econômica atesta o quanto a população anda doente. Uma das causas,
digo, sem receio de errar é também falta de leitura, leitura que instrui,
abastece culturalmente, distrai e deleita, logo, manda para longe o estres.
Há lei que obriga, (coitada
da lei), mas a maioria das escolas não conta com bibliotecas, os livros que
ganham, segundo depoimento que ouvi, ficam no gabinete da diretora de onde acabam
sumindo.
O alunado não tem estímulo
para a leitura. Não conhece autores, há os que nunca leram um livro.
Sorteiam-se livros em
eventos e nota-se que “todo mundo” quer
ganhar, mas há quem leva para casa,
guarda numa gaveta e pronto.
Atesta-se a generosidade
dos autores que têm doado suas obras para escolas, na esperança de que haja
proveito. Mas chega a ser doloroso, aliado à renuncia de ler, de prejuízo
incalculável, está o não pensar que um livro tem preço não só material, mas
equivalente ao longo trabalho que custou ao seu autor.
Nem se olvide que o
conteúdo de muitos registra a história a qual a todo povo compete preservar.
O escritor pede ajuda, para
produzir e que seu livro seja adquirido e lido. Quem quer ajudar?