Nenhum
indivíduo é detentor do poder.
Sucessivamente à constatação de que o homem se afigura tal qual lobo em confronto com outro homem, Tomas Hobbes concluiu que “cada homem tinha direito a tudo” do que resultou um estado de guerra permanente entre eles. Todos queriam ao mesmo tempo tudo, apoderar-se de tudo. Acabaram por ser capazes de pagar qualquer preço, inclusive matar, para tanto.
Sucessivamente à constatação de que o homem se afigura tal qual lobo em confronto com outro homem, Tomas Hobbes concluiu que “cada homem tinha direito a tudo” do que resultou um estado de guerra permanente entre eles. Todos queriam ao mesmo tempo tudo, apoderar-se de tudo. Acabaram por ser capazes de pagar qualquer preço, inclusive matar, para tanto.
Diante
da impossibilidade de viver nessa condição, a saída foi buscar a dimensão
social do sossego em favor da sobrevivência. Então, estabeleceram-se contratos
com a transferência mútua de direitos, dando vez ao surgimento da sociedade
civil, assim considerada, toda aquela “politicamente organizada que se orienta
pelos preceitos de uma Constituição a qual dita o relacionamento entre
governantes e governados”.
Nossa
Constituição e outras esclarecem: “todo poder emana do povo”. E aqui, ao
sentido de povo equivale uma entidade jurídica. Difere de Nação. Esta, mais
forte, é uma comunidade de consciência, no dizer de Azambuja, unida por um
sentimento complexo, indefinível e poderosíssimo: o Patriotismo!
Fiquemos
com o sentido de povo como o adotou nossa Carta, ou seja, no sentido político.
É formado de pessoas que convivem em determinado espaço físico sob um sistema
de organização política e administrativa.
É
dessa coletividade o poder que vai-se manifestar na forma legislativa,
executiva e judiciária. Para sua efetivação, no primeiro e no segundo caso, o
povo escolhe pelo voto secreto e universal aqueles que quer como seus
representantes. Para o terceiro, inicialmente por meio de concurso de provas e
títulos, depois através dos sufragados, quando se tratar de outras instâncias.
No
papel, está tudo muito bem explicado, o contrato prevê tudo e não contempla
surpresas. Mas implica em estudar, ao menos ler, refletir, coisas das quais tem
quem não goste. E da ignorância, advêm desastres imensuráveis, com resultados
impagáveis.

Crê-se
em discursos populistas. Ignoram-se as fortunas despendidas em campanhas
políticas tocadas por terceiros, cuja cara não se vê e cujos bolsos se enchem.
Insiste-se na não adoção de critérios nas escolhas em quem votar, deixando-se
levar por promessas, não há sentido de bem comum e a própria visão de si é
empobrecida.
É
preciso educar, forçar o entendimento, despertar para o coletivo, para a dimensão social de uma única e de todas as vidas, sem o que nunca será.
Vitória, 7 de dezembo de 2015
01:25
Comentário para marlusse2010@gmail.com.
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