sexta-feira, 2 de junho de 2017

SALVEMOS O AMBIENTE PARA NÃO PERECERMOS


Pelo que sei, em toda a história, ainda não aconteceu um tempo em que os humanos tenham observado sua preferencia por descaminhos, mesmo pagando caro por isso. 

Não entenderam que a sorte de todos, tanto quanto o próprio infortúnio, também depende de todos, que se não quiserem sucumbir, importa que sejam abandonadas as disputas, a sede de ser quem vence, o querer acumular e a ganância. Importa acionar a ética do cuidado com a terra, o amor por ela, conscientes de quanto com ela, constituímos particular ecossistema. Respeitá-la se impõe.

 Em 2006, a ONG WWF divulgou em seu relatório que “os seres humanos já usavam recursos naturais a uma taxa de 25% acima de sua capacidade e que entre 1970 a 2003, o planeta perdeu 30% de sua diversidade biológica”.   Revelou o mesmo relatório que neste compasso, em 2050, serão necessários dois planetas para satisfazer as necessidades de quem vive. Alerta ignorado. Tal estimativa passou para três, havendo quem arrisque a falar de quatro planetas.

A desordem no ambiente causa inquietações impensadas. Produz consequências na convivência entre os povos, desequilibrando-os física e mentalmente, deflagra guerras, faz com que países já não sejam capazes de abrigar sob seu teto os próprios filhos que, desesperados, humilhados, empobrecidos, se lançam na busca de liberdade, sem condições de segurança, sem perspectiva. Dai então os milhares de refugiados, a triste sorte de Aylan, o menininho turco afogado cujo corpo foi encontrado na praia.

A humanidade está doente e acha normal. As impurezas que lança na terra retornam ao seu organismo de inúmeras formas.

“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as  presentes e para as futuras gerações”, prescreve a Constituição Federal.

Temo que venham a faltar às futuras gerações um meio ambiente equilibrado e com ele, água e pão. Não foi para isso que as quisemos e fizemos vir ao mundo.
Salvemos o ambiente para não perecermos todos.



Publicado em jornal local no dia 1 de outubro de 2015.