segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

B R A S I L

Bandeira do Brasil - Oficial em Stampo


                                                                                         Fahed Daher


Meu solo um dia foi tomado,
foi explorado,sacrificado.
Seduziram meu povo,
seviciaram por séculos,
Cortaram minhas matas,
poluíram meus rios,
arranharam meu solo fundamente,
senti dores terríveis, sinto ainda.
Meu céu chora lágrimas de chuva
que vertem sobre meu corpo
procurando lavar meus ferimentos,
lamentos...Tormentos!

Eu não sou português, eu não sou negro,
não sou índio, emigrante ou estrangeiro.
Eu sou eu, sangue nobre, lutador,
sonhador, visionário e bom guerreiro,
braço forte, eu bem sei do meu valor,
tenho sido amarrado no dinheiro,
mas minha mente cresce e se estremece,
meu peito com valor de brasileiro.

Bendito o pé que aqui pisou e aqui ergueu
sua casa e dá do seu suor
as gotas que fecundam este solo.
Se tem origem não tem cores estrangeiras,
não são brancas, vermelhas, pretas, ruivas,
são o verde-amarelo,
na pureza do céu de anil
Do meu sangue formou seu alimento
da minha água seu encantamento.
Do que sou cada um compõem comigo
e comigo contribui
para que eu seja forte  e seja amigo,
sou Brasil!

Eu quero ter respeito, eu sou nação,
 não quero parasitas no meu corpo,
não quero que me cortem, me desnudem,
eu sou alimento do faminto,
eu mato a sede do que me procura,
mas não rompam-me a carne sem compô-la,
não  destruam a mata que me cobre,
não sequem os meus rios caudalosos
nem quero que me explorem sem razão.
Não quero a mão estranha me explorando,
nem quero bocas parasitas, torpes,
sugando a minha seiva.
Eu quero ser global  neste planeta,
mas não escravo.

Aqueles que procuram meus tesouros
venham morar aqui, produzam benefícios,
não levem as riquezas que possuo
no furto legal,
deixando minha gente na pobreza,
sem senso de moral.

Minhas escolas quero aprimoradas,
agigantadas,
com professores probos, dedicados
construindo gerações
capazes de erigir castelos nobres
no humanismo do arrebatamento
nos mil sabores dos conhecimentos
das artes, das ciências da filosofia
que faz crescer a alma a cada dia,
sem permitir pobreza no meu solo,
e serei mais fecundo no consolo
de sentir que na bondade
fruto vicejante da fraternidade
é a força da razão.


Eu quero ver justiça no meu povo,
que haja respeito a todas as pessoas.
Que em cada tribunal sempre ressoe
a melodia plena do direito
e cada juiz carregue no seu peito
o divino sentido do equilíbrio,
capaz de sentenciar ou perdoar
sem importar a posição social,
nem a pobreza ou condição racial,
dentro dos seus direitos e deveres.


Não quero que haja tribunais injustos
capazes de punir apenas pobres.
Eu sou eu mesmo, cresço e me agiganto,
meu povo, brasileiro é bravo e forte,
meus rios, o meu solo, minhas matas,
meus desertos e minhas cascatas
são dádivas de Deus
e estou a proteger, com o céu por manto,
quem puro e lutador vier lutar
para crescer comigo e os filhos meus.

 FAHED DAHER - 23/08/99 - 18,45 horas
 Academia de Letras Centro Norte do Paraná.//Academia de Letras de Lonrdina
Governador Rotário 1.955/1.956,  Distrito 4710 ddaher@net21.com.br