sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

DEZ VERDADES SOBRE O NATAL

Prof. Felipe Aquino


Antes de tudo é preciso focar as atenções no grande Aniversariante. Ele veio para nos salvar. Que Ele não seja esquecido, renegado, escondido. “Ele é Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (João 1,19). Como disse o salmista, é preciso dizer: “Que céus e terra glorifiquem o Senhor com o mar e todo ser que neles vive!” (Sl 68,35); porque “Seu Nome é admirável Conselheiro, Deus forte, Pai do século futuro e Príncipe da paz será chamado” (Is 9,6).
Toda a alegria da família deve estar lastreada no júbilo que brota em nossos corações por saber que agora temos um Irmão divino, que nos ama, que nos acompanha, e que vive em nossa alma. Deus se fez homem, veio armar a Sua tenda entre nós. Ele é o Emanuel, o Deus conosco, que, ressuscitado caminha conosco para que não tenhamos medo das lutas da vida. Ele não se orgulhou de ser Deus, se fez pequeno, se fez criança; como disse São Paulo se fez pobre para nos enriquecer com suas graças.
Cada família cristã precisa armar o Presépio, e contemplar diante dele as grandezas desse Menino que deixou a glória celeste para nos socorrer em nossas misérias.
Contemplando também os personagens do Presépio, podemos meditar profundamente nas lições do Natal, e preparar a alma para construir nela o verdadeiro presépio; a melhor manjedoura no coração para receber o Rei dos reis.
José e Maria, os pais do Menino Deus encarnado feito homem que quis ter uma família humana. Aí vemos toda a importância do pai, da mãe e da família; é uma consagração do quarto mandamento. A família é sagrada; e a mais sagrada é a família de Nazaré. O Presépio nos ensina a beleza e a importância da família. Em José e Maria vemos também o exemplo daqueles que vivem conforme a exata vontade de Deus: dóceis, meigos, disponíveis a Deus de maneira absoluta; simples, puros, santos.
Ali estão os Anjos – anunciaram com júbilo aos pastores o nascimento do Menino Deus: “Glória a Deu nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade”. Os Anjos acompanharam Jesus em toda a sua vida, da manjedoura á Ascensão ao céu.

Ali está aquele pequeno burrinho – era o humilde animal dos pobres e humildes do povo que aguardavam o Messias, que viria para salvar o povo. Foi nele que Jesus entrou em Jerusalém para consumar a Sua obra e viver a Sua paixão. No Presépio ele representa a criação dócil de Deus que acolhe o seu Deus e lhe presta o devido culto de serviço e de louvor.
O boi também está ali – era o animal sacrificado nos holocaustos dos judeus, no Templo, em oferenda pelos pecados do povo. Jesus, com o Seu Sacrifício na cruz, levou à plenitude os sacrifícios da Antiga Aliança, que era celebrada no sangue dos novilhos. O boi no Presépio acolhe a Grande Vítima que será um dia imolada no Calvário, no seu lugar, pelo pecado do mundo.
A ovelha – dócil animal que representa o Cordeiro que os judeus sacrificavam diariamente no chamado “holocausto perpétuo”, ao cair da tarde, para a purificação dos pecados do povo judeu. É uma imagem de Jesus, que como disse Isaias, foi conduzido ao Calvário como uma ovelha muda, sem resistir, sem blasfemar, sem se arrepender de fazer a vontade de Deus.
Ali estão também os pobres pastores de Belém – são os representantes humildes do povo judeu, para quem Jesus veio em primeiro lugar. Os céus se lhes abriram e eram viram os Anjos cantando o Glória a Deus. São eles as testemunhas de que Deus cumpriu para com o povo judeu a Promessa de enviar o Redentor, anunciada pelos profetas.
Os reis Magos chegaram também – são os representantes dos gentios; daqueles que não eram judeus; muitos deles já conheciam o Deus de Israel e lhes prestavam culto. Os Magos no Presépio indicam que Jesus veio não só para os judeus (representados nos pastores), mas para todos os povos do mundo. Eles oferecem ao Menino Deus, o incenso; ao Menino Rei, o ouro; ao Menino Cordeiro, a mirra do sepulcro. É a representação de todos os povos que veem adorar “Aquele que vem em Nome do Senhor”.
É ai, diante do Presépio que os pais podem aprender a amar como José e Maria; e os filhos podem aprender com o Deus Menino a beleza da obediência aos pais, e a virtude do trabalho.
É diante do Presépio que a família deve rezar o Terço meditando cada mistério da vida de Jesus, desde o Anuncio do Anjo a Maria até a consumação de Sua glória.
Que cada presente dado aos filhos seja a expressão da alegria do nascimento do nosso Redentor. Que a ceia do Natal seja a expressão da confraternização da família que se modela no exemplo da Sagrada Família. Que o desejo de “um feliz Natal”, seja também um compromisso de amar cada pessoa da família, suportando os defeitos de cada um, se comprometendo a ajudá-los nas suas dificuldades.
Enfim, que a celebração do Natal em cada lar seja o advento, a chegada, Daquele que é o Príncipe da Paz, e que vem trazer a paz à família, neste mundo de tantas aflições e tribulações.
Prof. Felipe Aquino
Membro ativo, pregador, comunicador, Canção Nova