terça-feira, 25 de setembro de 2012

DO PRINCÍPIO AO FIM


D o p r i n c í p i o...

Gentileza coisa boa

que pouca gente entende,

mas que tolice, ó gente,

ser gentil de pouco depende.

 

Pedi  ao vento que parasse,

ele me respondeu não posso,

mas um instantinho só.

Não me respondeu mais nada.

O que passava já não era

aquele que me ouviu.

 

Perguntei ao céu:

onde está  o silêncio?
 

E se fez bis...

Ainda mais intrigada repito:

céus, céus, onde estão?

De novo o silêncio fez bis.

 
Em corrida vertiginosa parti,

mais que pude corri.

Rocha me detém e me pergunta:

- onde pensa que pode chegar?

O peito dolorido aumenta ainda mais

a ânsia e tudo se apagou,

em mim, tudo silenciou.

 

Não sei por quanto tempo,

quando acordo me apercebo em supina.

Placidez imensa  me envolve.

O céu pelo qual clamei,

paira o mais azul possível sobre mim,

aconchego-me à relva sobre a qual tombei

sonho os mais belos sonhos,

canto os mais plangentes cantos,

sem dormir, passou-se muito  tempo,

até que acordei.