segunda-feira, 18 de agosto de 2014

PENSAMENTOS QUE ESCRAVIZAM


A leitura de um bom livro é reconhecida como ótima coisa. Às vezes, uma pessoa pode estar se sentindo só. Pegue um livro para ler, por exemplo, a Bíblia, leia os salmos e quase sempre a própria Bíblia sugere qual o salmo que corresponde ao sentimento que possamos estar experimentando.
Ih, mas tem gente que declaradamente, não gosta de ler. Quer saber? eu não acho exatamente que a pessoa não gosta de ler, é mesmo que quem diz que não gosta de determinado alimento sem ter nunca experimentado. Comigo já aconteceu.

Ler é muito bom. Acho que, como tudo, é um hábito que precisa ser adquirido e depois cultivado. Reparei que pela manhã, muita gente que vai para o trabalho, ou está esperando o ônibus, ou em qualquer outra circunstância, tem um jornal na mão e lê. Acaba que toma tamanho gosto que não fica mais sem ler jornal. Mesmo aqueles que o compram para recortar o cupom do sorteio do carro...

No jornal se leem boas notícias, mas muitas... e pensar que muita gente gosta mesmo é das notícias de sangue, roubo, morte, enfim, crime.

Somos produto do que pensamos. Quanto mais você pensa em determinada coisa, mais esta coisa se torna verdade para você. Tem-se notícia de pessoas que se tornaram escravas daquilo em que pensam. Tornam-se dependentes e nada fazem que não seja, segundo aquelas ideias, aqueles conceitos que adquiriram. Recentemente, li um artigo que dizia exatamente sobre isto, são pensamentos que escravizam.

Para sua paz, para sua saúde espiritual é imprescindível que cultive bons pensamentos, que pense coisas boas, coisas que deixam você leve, livre de tensões, de preocupações, etc.

Como já disse, leia os salmos e deixe que aquelas verdades fiquem caindo no seu coração. A Palavra de Deus é a Verdade, Verdade em que podemos crer, sem nenhuma possibilidade de dar errado.  Ler a Bíblia é uma forma de ouvir Deus. As escrituras sagradas são forma de ouvir Deus que sempre nos fala. São mensagens inspiradas por Deus.

Tudo que está na Bíblia é imutável. Façamos como Maria que guardava as coisas de Deus no seu coração, por isto Maria foi feliz, por isto, todas as gerações vão chamá-la bem aventurada, por isto, arrasta multidões que creem na sua intercessão e pedem através dela as graças que precisam alcançar de Deus.


domingo, 17 de agosto de 2014

A PACIÊNCIA SE OPÔE ÀS INJÚRIAS

A paciência é instrumento incomparável de ação.

Nos seus "Fragmentos Literários e Filosóficos", Leonardo da Vinci disse, ou melhor, escreveu: a paciência se opõe às injúrias, da mesma forma que o agasalho, ao frio. Quanto mais nos agasalharmos, menos frio sentiremos. Igualmente, com a paciência, podemos neutralizar as injúrias de toda sorte, qualquer tipo de adversidade.

Mas não é que a paciência seja somente um instrumento de defesa. Ela é principalmente, um instrumento incomparável de ação, uma possibilidade de superação, de manifestação da pedagogia do amor. Aliás, São Paulo, escrevendo a Timóteo na carta que foi chamada de solene admoestação escreveu: "Eu te admoesto, diante de Deus e de Cristo Jesus, que há de vir julgar os vivos e os mortos, pela sua aparição e pelo seu reino: proclama a Palavra, insiste no tempo oportuno e no inoportuno, refuta, ameaça, exorta com toda PACIÊNCIA e doutrina”.

A paciência foi não só o método adotado por Deus para com o seu povo, como nos revela o Antigo Testamento, como é também um ensinamento deixado por Jesus, diante das nossas impaciências e intolerâncias.

Quando os discípulos se predispuseram a limitar a tolerância em perdoar e perguntaram se era suficiente perdoar sete  vezes, Jesus respondeu: "Não sete vezes, mas setenta vezes sete"(Mat. 18,21-22).

Igual ensinamento nos ministra no pedido do viticultor ao qual  ordenara cortar a figueira que não dava fruto há três anos. E o viticultor pediu mais uma chance prometendo adubá-la. Depois talvez dê frutos ... Caso contrário então será cortada. (Lc. 13,6-9).

E também Jesus quem nos narra a paciência  com que cada dia, o pai do filho pródigo apesar de tudo, espera pela sua volta. (Lc. 15, 11-32).

Portanto, peçamos a Maria que interceda por nós junto a Jesus, para que tenhamos paciência com o nosso irmão, com a sociedade da qual fazemos parte e até em relação a Deus que “tem seus pensamentos que não são os nossos, que tem seus caminhos que também podem não ser os nossos”. 

Ser paciente significa em última análise, saber esperar,  como aquele homem que após ter lançado a semente na terra, espera com paciência, porque sabe que quer se levante, quer se deite, a semente vai acabar por germinar.


sábado, 16 de agosto de 2014

ESTA VIDA É UM BURACO?

A vida é muito difícil... esta vida é um buraco...  Estas e outras afirmações são passíveis de serem ouvidas dos lábios de alguma pessoa que acaba de passar por uma decepção ou coisa parecida. Se pensarmos bem, o problema não é a vida, mas coisas que no curso dela acontecem.

Fernando Pessoa e eu. 
 É verdade  que não se pode dizer que a vida seja sempre um mar de rosas ou que a arte de viver não dependa quem sabe de ser malabarista, aquele que sempre sabe safar-se de uma improvisa queda, ou de outra situação difícil em que se possa encontrar.

Entretanto, acredito que valha a pena viver. É opção que pode ser feita por quem  está vivo.  Quem morre não vive mais. Claro, não é?  Mas Viver é Viver com V maiúsculo isto é, não tendo vergonha de ser feliz.

Já pensou em que ambiente se tornariam nossas casas, nossos ambientes de trabalho, se as pessoas,  nós, decidíssemos não cumprimentar mais ninguém, não sorrir mais, não ter nenhuma cordialidade com quem quer que seja?

A vida é muito difícil... esta vida é um buraco...  Estas e outras afirmações são passíveis de serem ouvidas dos lábios de alguma pessoa que acaba de passar por uma decepção ou coisa parecida. Se pensarmos bem, o problema não é a vida, mas coisas que no curso dela acontecem.

É verdade  que não se pode dizer que a vida seja sempre um mar de rosas ou que a arte de viver não dependa quem sabe de ser malabarista, aquele que sempre sabe safar-se de uma improvisa queda, ou de outra situação difícil em que se possa encontrar.

Entretanto, acredito que valha a pena viver. É a única opção que pode ser feita por quem  está vivo.  Quem morre não vive mais. Claro, não é?  Mas Viver é Viver com V maiúsculo isto é, não tendo vergonha de ser feliz.

Já pensou em que ambiente se tornariam nossas casas, nossos ambientes de trabalho, se as pessoas,  nós, decidíssemos não cumprimentar mais ninguém, não sorrir mais, não ter nenhuma cordialidade com quem quer que seja?

E se bem repararmos, vamos constatar que muitas vezes nos deixamos abater, por não ter cuidado de segurar o ânimo,  ao mínimo embate de qualquer coisa que acontece, entramos em parafuso e ficamos tristes, aquela coisa se torna o nossos mundo e em torno dela giram todos os nossos pensamentos. É preciso ter um ânimo forte.

Há uma solução, aliás, deveria ser sempre esta a saída, a de mais uma vez abrirmos o Evangelho para aprender com o Mestre dos mestres, a lição que Ele tem para nos dar.

Pense, se abrindo o Evangelho, abrirmos logo na página onde está escrito:  “buscai primeiro  o Reino de Deus e sua Justiça,  tudo o mais vos será dado por acréscimo”! 

Pôxa!!! Não sei se podemos dizer que estamos vivendo da forma de quem busca antes de tudo o reino de Deus, antes de tudo a sua justiça.

Mas se a resposta for positiva, não tem porque não dar certo. 

Há uma solução, aliás, deveria ser sempre esta a saída, a de mais uma vez abrirmos o Evangelho para aprender com o Mestre dos mestres, a lição que Ele tem para nos dar.

Pense, se abrindo o Evangelho, abrirmos logo na página onde está escrito:  “buscai primeiro  o Reino de Deus e sua Justiça,  tudo o mais vos será dado por acréscimo”! 

Pôxa!!! Não sei se podemos dizer que estamos vivendo da forma de quem busca antes de tudo o reino de Deus, antes de tudo a sua justiça.


Mas se a resposta for positiva, não tem porque não dar certo. 


sexta-feira, 15 de agosto de 2014

ASSUNÇÃO DE MARIA AO CÉU.

Na Igreja Católica existem verdades que uma vez proclamadas se tornam insuscetíveis de discussão. Chamam-se dogmas. A Assunção de Nossa Senhora,  em corpo e alma ao céu, é um deles. Comemora-se a cada 15 de agosto, desde 1950, quando o Papa Pio XII o proclamou. 

Maria subiu ao céu em  corpo e alma, porque não poderia provar da  podridão em uma  sepultura, como acontece com os demais mortais, o corpo em que foi gerado o Filho de Deus.

E porque não temos fé  e  vivemos sem esperança?

A propósito,  foi exatamente este o motivo da escolha de fazer deste cinco minutos, (meu programa de Rádio: América AM 690)   um caminho de esperança com Maria.  

É é preciso ter esperança que nosso corpo morto e destruído pela terra, um dia ressuscitará. E derivada desta esperança, poderemos ter muitas outras, esperança por exemplo de  que chegarão dias melhores para o Brasil e que conseguiremos encurtar a distância que existe hoje entre os muitos que têm tanto e uma imensa multidão de outros que nada têm. É uma grande tarefa conseguir isto, uma grande proeza  e todos devemos colaborar, cada um fazendo a sua parte.

Santa Maria, Mãe de Deus e Mãe dos pobres, Mãe da esperança, afasta de nós o pessimismo que nos faz dizer que não tem mais jeito; o comodismo que nos faz omissos e desinteressados, achar que podemos dizer: não temos nada a ver com isto.

Santa Maria, Mãe da Esperança, quebra em nós as resistências que nos fazem viver como que adormecidos em berço esplêndido, enquanto lá fora o mundo se contorce de dor. Dá-nos consciência da nossa cidadania e da nossa dignidade para contribuirmos no dar ao  Brasil a  possiblidade de ser uma pátria de todos.  Amém.



quinta-feira, 14 de agosto de 2014

CRER PARA VER


Nem sempre colocamos toda nossa boa vontade, toda nossa capacidade de luta em prol da nossa fé. Recebemos a fé pelo batismo, fazê-la crescer é resultado de um compromisso diário com práticas de atitudes que comprovem nosso amor a Deus e contribuam para edificação das pessoas com as quais convivemos.
É necessário afirmar creio Senhor, e pedir em seguida e sempre: mas aumentai a minha fé.
No caminho da fé nosso melhor exemplo é Nossa Senhora tal qual disse Isabel: bem aventurada aquela que acreditou nas coisas que da parte do Senhor lhe foram ditas.
Maria acabara de dar seu consentimento para que acontecesse o Natal de Jesus contentou-se com um mínimo de detalhes que o Anjo lhe apresentou, e no momento seguinte, iniciou sua caminhada na fé. Mais de uma vez o Evangelho atesta: e Maria guardava  esses   coisas no seu coração.
O caminho da fé se faz em escuros, o que exatamente importa é crer na fidelidade de um Deus que é amor. Não nos serve a atitude de Tomé que contesta o aparecimento de Jesus: se eu não o vir, se eu não tocar com meus dedos suas chagas, não creio  e foi repreendido por Jesus que proclamou: Bem aventurados os que não viram, mas creram.

O que Jesus ensina é que precisamos crer para ver e não, ver para crer. Como Maria, deixemos Jesus entrar em nós e propiciaremos que o Natal  que está chegando, seja bom para todos. 


ELEIÇÕES - PROJETO DE INICIATIVA POPULAR

Informações e esclarecimentos, para quem gosta de saber. 

Depois de muitas articulações, coligações e outras iniciativas

necessárias,  foi deflagrado o processo sucessório, pode ser reeleição,  dos atuais detentores do poder nos municípios da terra do Brasil.

        Neste ano, com particular característica, já que, agora, dispomos de uma lei capaz de coibir os abusos e absurdos  que  invariavelmente, vinham acontecendo em tempo de eleição, favorecidos pela falta de um meio eficaz e inibidor de tais desatinos.

Para que a lei valha, faz-se necessário que o milhão de signatários do projeto que a fez surgir, continue mobilizado, sentindo-se enriquecido pelas adesões posteriores e pela efetiva vontade que a todos nos possui de por um basta àqueles desmandos,  facilitados pelo dinheiro, nem sempre limpo, de quem tem, o que possibilita  o assalto ou a chegada ao poder, por parte de pessoas desqualificadas, despreparadas e que nunca deveriam conquistá-lo, porque no seu exercício, jamais se lembram que exercer um mandato político não é sobrepor-se aos concidadãos, mas estar a serviço deles.  Não pode ser  ensejo de auto promoção.

        Pela Constituição cidadã, é reconhecido aos cidadãos brasileiros, o direito de apresentarem tanto em âmbito nacional, como municipal,  projeto de iniciativa popular, um direito político, ao lado do plebiscito e do  referendo. É  exercido na forma da lei, mediante apresentação à Câmara dos Deputados com subscrição mínima, de um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.

        Passaram-se quase onze anos da promulgação constitucional para surgir a Lei  9.840 de 28 de setembro de 1999, como resultado do primeiro projeto de iniciativa popular em nosso país, apresentado ao Congresso Nacional em 10 de agosto do mesmo ano. Modifica alguns dispositivos da Lei 9.504, de 30 de setembro de 1997 que disciplina  sobre as  eleições para os diferentes mandatos políticos de Vereador a de Presidente da República e fixa o primeiro domingo de outubro do ano respectivo para sua realização. Altera dispositivos do Código Eleitoral, a lei 4.737 de 15 de julho de 1965.

        Com algumas emendas  impressas pelos congressistas, as quais contudo não chegaram a  desnortear os  objetivos iniciais propostos, foi votado em tempo recorde. Apresentar emendas é faculdade que lhes assiste.

        O Estado do Espírito Santo participou com 53.144 assinaturas,  ficou atrás apenas de Minas Gerais, do Paraná e de São Paulo, o que nos autoriza a dizer que proporcionalmente ao número de eleitores, ficamos em primeiro lugar.

Foi a Comissão Brasileira de Justiça e Paz  que considerando que dois terços da nossa população vive em absoluta carência, quanto mais de consciência política;  que nesta faixa, por tais razões a compra de votos   é facilitada, chegando a ser decisiva numa eleição, o que é nefasto e prejudicial à democracia; que depois de pesquisa a nível nacional, de audiências públicas e outras mobilizações,  sentiu ainda mais,  a gravidade  do fato.

Por isto em fevereiro de 1997, fez lançamento de um projeto: “Combatendo a corrupção eleitoral”  e de certa forma, dava   continuidade a Campanha da Fraternidade de 1996, cujo tema foi “Fraternidade e Política”.

E como forma concreta de alcançar um meio do qual se valer em tal combate, pela  expressividade e pela força de que se revestiria,  pensou no projeto de iniciativa popular.  Não tardou para que a idéia atraísse  muitas atenções. Compreendia-se que algo de muita importância estava por acontecer. Nem é que a corrupção eleitoral já não fosse tipificada como crime no  seu Código. Mas é  que a famosa lentidão da Justiça, decorrente até das manhas a que está sujeita uma tramitação processual,  facilitava a impunidade.  Impunha-se por conseguinte o surgimento de uma nova lei que agisse de imediato.

 Para a  redação do respectivo projeto foi formado um Grupo de Trabalho que veio a ser  presidido pelo Dr Aristides Junqueira Alvarenga, ex-Procurador Geral da República, que foi quem o apresentou na Assembléia Geral dos Bispos Brasileiros. Era formado ainda pelo Dr.  Dyrceu Aguiar Dias Cintra Jr., ex-juiz Eleitoral em São Paulo e pelo Dr. José Gerim Cavalcanti, Procurador Regional Eleitoral do Estado do Ceará.

        Com a conquista da Lei,  empenha-se a Comissão Brasileira de Justiça e Paz  apoiada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil em fazer valer o que nela está previsto. Neste sentido,  nos dias que correm, há uma grande mobilização nacional, envolvendo as Comissões de Justiça e Paz em cada Estado, nas Arquidioceses e Dioceses.  Como instrumento de divulgação, foi editado um livreto – publicado pelas Edições Paulinas, cujo título é VAMOS ACABAR COM A CORRUPÇÃO ELEITORAL, mediante um lema: VOTO NÃO TEM PREÇO, TEM CONSEQUÊNCIAS.  Redigido com clareza e precisão contém inclusive modelos das iniciativas que podem ser tomadas por quem a lei faculta. Além disto, disponibilizou muitas outras informações na  sua  página  na internet (www.cbpj.org.br). 

Pela nova Lei ocorreram duas inovações, a primeira é no sentido de que  o candidato que de qualquer forma ou usando de qualquer artifício  estiver comprando votos, além de receber a pena já prevista no código, com a tramitação do processo penal tradicional, terá mediante um procedimento sumário, seu registro cassado e ainda pagará uma multa.  A outra, inibe o uso da máquina administrativa em favor da própria candidatura o que vai suceder com prefeitos candidatos à reeleição principalmente, pelo fato de poderem concorrer, sem ter que deixar o cargo.

Temos dito que mais do que de Democracia, importa falar em Cidadãos. Se existirem estes,  aquela virá como conseqüência.

Qualquer cidadão brasileiro, qualificando-se, mencionando o número do seu título de eleitor,  poderá proceder à representação  da conduta do candidato ao Promotor Eleitoral da respectiva zona. Ao Promotor, compete representar o infrator junto à Justiça Eleitoral, mais precisamente ao Juiz Eleitoral, cujas funções na respectiva circunscrição correspondem as do Corregedor-Geral ou Regional mencionado na lei. Assim que tomar conhecimento das reclamações que lhe forem feitas verbalmente ou por escrito, o Juiz deve reduzi-las a termo  e determinar as providências que cada caso exigir.

Além do Promotor podem exercer a mesma faculdade, os partidos políticos, as coligações e mesmo quem for candidato.

Caso o Juiz retarde a decisão poderá haver representação direta ao Tribunal Regional Eleitoral que resolverá em 24 (vinte e quatro) horas.

Se quisermos, podemos mudar o curso da história que vem sendo escrita no período  que antecede as eleições no Brasil, suas conseqüências se estendem além dos quatro anos dos mandatos dos que os conquistam desonestamente.

Que decidamos extirpar do cenário político os que galgam tais mandatos, valendo-se da carência dos milhares de eleitores sem condição de bem discernir, até pela fome, mediante compra do seu voto.

Tomara que não retardemos por mais quatro anos os resultados e as conquistas que o advento dessa lei nos traz, que ninguém venda seu voto, que ninguém se cale a vista do uso da máquina administrativa e não só denuncie, mas acompanhe a efetiva punição do transgressor.

Estaremos encurtando o tempo que nos separa da aurora de um dia com menos exclusão, com menos excluídos.

Marlusse Pestana Daher
é Promotora de Justiça
09/07/00


quarta-feira, 13 de agosto de 2014

NEOLIBERALISMO É PECADO


Prognóstico de sociólogos sérios nos últimos anos do século passado, para a alvorada do terceiro milênio, está de todo confirmado: de cada dez pessoas no mundo, seis vivem na miséria,  cresce o número de migrantes.

“Um natal sem fome” - mas só no Natal? depois pode? - e se recolhem  alimentos para quem está precisando. Só na oportunidade da celebração da  “Missa da Família pela vida” celebrada pelo Pe Marcelo e seu Bispo, em São Caetano, no dia de finados, foi recolhida uma tonelada.

Centenas de “sem teto” invadiram prédios vazios na cidade de São Paulo. Professores da rede pública estadual voltam ao trabalho... por muito menos do que fazendo jus, pretendiam.  800 homicídios já foram registrados no Espírito Santo este ano. 
  
Se começarmos a desfiá-las, haja tempo, pois são incontáveis as situações que denotam a exclusão em que vivem só no Brasil, quarenta milhões de filhos seus.

Nem é recente. Desde os início, o  nosso  foi um país de  excluídos,  de dominadores e dominados, de conquistadores e escravizados. Um país em que as grandes maiorias produzem para poucos consumirem.

Não se pense que será possível falar de paz, não se pense que “haverá sossego” enquanto essa dualidade for tão predominante. E existe solução!

Não se pretende igualdade absoluta, é utopia, mas ao menos, menos desigualdade, um encurtamento da distância que neste passo cada vez mais se acentua entre pouquíssimos que têm tanto e muitíssimos desprovidos até do essencial.

Colocando a cabeça para pensar, não é que seja fácil admitir que o governo brasileiro prefira errar, mas não dá para conceber que seja mantida essa política neoliberal, implantada no rastro do insucesso havido com ela, em países como a Inglaterra que entre 1979 e 1992 viu aumentar de cinco para quatorze milhões, seu número de miseráveis e dos EEUU que naqueles mesmos anos, tiveram que conviver com um aumento de 20% só de tuberculosos, sem olvidar que tiveram que apelar aos japoneses para que comprassem seus automóveis, graças a crise de mercado sobrevinda sobre produtos americanos.

Neoliberalismo é a velha doutrina econômica liberal, adotada na Europa, desde o final da Segunda Guerra, em vista da falência do "Estado do Bem Estar Social". Prega a supremacia do mercado sobre todas as coisas, incluindo-se os direitos sociais e trabalhistas e, se necessário, até os direitos políticos.

Em outros termos, o homem é secundário, primeiro cresçam as  divisas, os cofres devem estar abarrotados de... “dólares”,  economia é o que interessa (o resto não tem pressa).


Ou como define claramente D. Pedro Casaldáliga, “neoliberalismo é o capital levado as últimas conseqüências” e por isto mesmo:        ”neoliberalismo é pecado”. 

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

POR UMA TERRA SEM MALES


        Que a terra me perdoe, pois, sempre evidencio todos os dias especiais quando caem na segunda-feira ou por perto.  Segunda passada, 22 de abril,  foi DIA DA TERRA e não me dei conta. E conta não me dei exatamente porque apesar de  à terra todos devermos muito em atenção e carinho, não retribuímos pelo quase tudo que dela nos vem.

        Temos tudo a aprender com quem ainda a cultua de forma radical, os povos indígenas que ainda vivem das próprias tradições e culturas.

        Vale a pena ler alguns trechos da carta do Pele Vermelha ao Grande Chefe dos EEUU, (1854), quando este quis comprar-lhes uma grande extensão do próprio território.

        "Como se pode comprar ou vender o firmamento ou ainda o calor da terra? Tal idéia para nós é desconhecida”.

        “Se não somos donos da frescura do ar, nem do fulgor das águas, como poderão vocês comprá-los?  Cada parcela desta terra é sagrada para o meu povo”.

                “Cada brilhante mata de pinheiros, cada grão de areia nas praias, cada gota de orvalho nos escuros bosques, cada outeiro e até cada zumbido de cada inseto é sagrado para a memória e para o passado do meu povo. A seiva que circula nas veias das árvores leva consigo a memória dos peles vermelhas”.

        “Os mortos do homem branco esquecem-se do seu país de origem, quando empreendem as suas viagens no meio das estrelas; ao contrário, os nossos mortos nunca se podem esquecer desta bondosa terra, ela é a mãe dos peles vermelhas”.

        “Somos parte da terra e do mesmo modo, ela é parte de nós próprios. As flores perfumadas são nossas irmãs, o veado, o cavalo, a grande águia são nossos irmãos; as rochas escarpadas, os úmidos prados, o calor do corpo do cavalo e do homem, todos pertencemos à mesma família”.

        Se alguém não tiver  capacidade de se arrepiar com essa carta, ainda não descobriu ou se esqueceu da extensão da  importância da terra.

        É preciso falar da terra, falar com as crianças. E se falarmos, elas vão entender. Letícia Barletta tem 8 anos e acompanhava seu pai, numa oportunidade em que este dirigiu-se a certo gabinete oficial. Pelo aspecto do ambiente, entendeu que se tratava de alguma autoridade. Aboletou-se em uma das poltronas e com toda simplicidade que grandes olhos azuis emolduram, foi logo dizendo: Tenho uma reclamação a fazer. Pois não, fala, Letícia! O senhor manda tirar o lixo por ai a fora, limpa os rios e o mar, porque minha professora disse que no ano 2016, a água vai acabar”.

        Criança entende tudo, não as deixemos desinformadas.

        Salvemos a terra, compete a nós e só nós o poderemos fazer. Para isto é que, por exemplo, o Instituto “TERRA DA GENTE”  patrocinado pela  CST, CESAN, ARACRUZ E BELGOMINEIRA realizará nos dias 5, 6 e 7 de junho próximos,  o “1º Simpósio Nacional do Meio Ambiente em Vitória”. Todos que estiverem interessados são convidados a participar gratuitamente. Com certeza, vão perceber que terão sido  capacitados para enfrentar a luta,  por uma terra sem males!. 

Marlusse Pestana Daher

Publicado em 29/04/02  A GAZETA


domingo, 3 de agosto de 2014

YVI MARÃ EI

CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2002

Olhados com desdém e porque da imagem de índios que muita gente ainda conserva na memória, os atuais, pouco ou nada têm, não será sem

enfrentamento de um  novo desafio, (ela já está acostumada),  que na quaresma que  se aproxima, a Igreja Católica desenvolverá  a sua Campanha da Fraternidade. Com sabedoria, se vale da fertilidade do tempo e adota essa  especial estratégia de evangelização.

Em cada ano, é escolhido um tema sobre o qual se desenvolvem as reflexões previamente e cuidadosamente elaboradas lançadas em todos os recantos do país. Neste, ao lado da FRATERNIDADE a todos comum, vêm os POVOS INDÍGENAS.

O Código Penal Brasileiro prevê sujeição à lei brasileira, mesmo sendo cometido no estrangeiro, do crime de genocídio. Tenho impressão que se trata de letra morta. Ninguém jamais foi punido.  E há quinhentos e dois anos, em nossa pátria amada, foram encontrados compondo 970 povos, mais de 5 milhões de representantes desta gente. Estão reduzidos a 330 mil pessoas, que formam 215 nações e falam 180 línguas. Dessas, 1800 vivem em nosso Estado.
  
Refletir sobre os povos indígenas é pensar nos tantos que desapareceram em conseqüência das diversas formas de marginalização que as sociedades cruelmente se encarregam de promover, mediante opressão, violência e condições subumanas de vida.

A lembrança da história de luta e resistência por parte dos índios traz ainda, sem esforço, à nossa reflexão, a condição dos povos negros arrebatados do seu país nativo, além dos imigrantes pobres que de alma e coração abertos, atravessando não sem pena, nem dor, imensidão de mares, aportaram nesta que sonhavam vir a ser uma terra sem males.

Passeios turísticos às do sul do país, levam-nos a visitar, sem aprofundamento do que traduz, o semidestruído templo de São Miguel, “monumento-testemunha do massacre do povo Guarani, da resistência e da grandeza dos povos indígenas de toda a América. Suas pedras escurecidas pelo fogo e pelos séculos narram com seu terrível silêncio a passagem dos bandeirantes, a devastadora passagem dos exércitos de Portugal e da Espanha”. E fazendo iniciar a marcha dos povos indígenas do continente buscando seu próprio rosto, sua identidade, revela originalmente os massacres sepultados pela história oficial ao mesmo tempo em que demonstra toda a força de sua esperança num continente libertado”.

Mesmo que se tenha alguma dificuldade em aceitar o que vai ser lembrado a respeito dos males que foram causados ao índio, seria de bom alvitre aproveitar ao menos pela tangência, a oportunidade de selecionar verdadeiras convicções que ajudem a  fortalecer os fios que tecem a rede da solidariedade cotidiana, que se manifesta na prática de todos e no apoio à causa dos oprimidos.

Se não por outro motivo, considerando que quando a opressão é tanta, pode gerar rebeldia e as vítimas podemos ser todos, cooperemos pelo advento o quanto antes desta terra sem males/ivy marã ei.

Marlusse Pestana Daher



PECADOS CAPITAIS.

Sete Pecados Capitais

Os sete pecados capitais são atitudes humanas contrárias às leis divinas. Foram definidos pela Igreja Católica, no final do século VI, durante o papado de Gregório Magno.
São eles:


1. Luxúria: apego e valorização extrema aos prazeres carnais, à sensualidade e sexualidade; desrespeito aos costumes; lascívia.

2. Gula: comer somente por prazer, em quantidade superior àquela necessária para o corpo humano.  

3. Avareza: apego ao dinheiro de forma exagerada, desejo de adquirir bens materiais e de acumular riquezas.

4. Ira: raiva contra alguém, vontade de vingança.

5. Soberba: manifestação de orgulho e arrogância.      

6. Vaidade: preocupação excessiva com o aspecto físico para conquistar a admiração dos outros.     

7. Preguiça: negligência ou falta de vontade para o trabalho ou atividades importantes.

Corramos deles. 

sábado, 2 de agosto de 2014

PERGUNTARAM-ME E EU RESPONDI



Entre os dias 20 a 24 do corrente mês de agosto, (se Deus quiser) , participarei do VI ENCONTRO MUNDIAL DE ECOPOESIA  que se realiza na cidade de Tumbes no Peru.

Em vista da oportunidade, me perguntaram e eu respondi .

- Desde quando, Marlusse, você escreve poesias e em que momento se interessou pela temática ambiental?

 - Escrevi minhas primeiras poesias na adolescência. Encantei-me com a causa ambiental de forma particularíssima, quando participei de um Seminário sobre a MATA ATLÂNTICA, na cidade de São Paulo, em cuja oportunidade tomei consciência do mal causado a esse ecossistema. Hoje, praticamente, em quase tudo que faço, entra a defesa do meio ambiente.

- Que é ecopoesia?

-  De agora em diante, vou dizer que ECOPOESIA (eco – terra / poesia – da emoção) é resultado da convicção e da necessidade de preservar o meio ambiente, valendo-se dessa profunda forma de expressão que é a mesma poesia ou entendida como o transbordar de sentimentos e emoções que encantam, fascinam, enlevam. Poucas coisas como a poesia equivalem à grandeza do meio ambiente.

- Qual é o compromisso que os poetas devem ter com o meio ambiente?

- O compromisso dos poetas consiste em usar sua arte poética no sentido de promover a defesa do meio ambiente. Encontro na Constituição Brasileira uma boa resposta:  “Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.

- É fácil escrever poemas sobre a temática ambiental?

- Partindo do pressuposto que o poeta nasce poeta (ao contrário do versejador que aprende a fazer poema) e que, o que resulta do que escreve vem de inspiração provada não é difícil escrever poemas ambientais.

- Quais são as expectativas que tem do VI Festival Mundial de Ecopoesia?

-          Todas, quero entender até o fundo o que significa ser um ecopoeta.

- Que outras atividades exerce em favor do meio ambiente?

-  Até bem recentemente, presidi o “Instituto Terra da Gente”, uma ONG ambiental que ensejou realização de três eventos, com expressiva participação. Escrevo com frequência sobre o tema. Em parceria com uma ONG da qual me aproximei recentemente, estamos planejando cursos de Educação Ambiental para jovens e adultos. No Ministério Público, coordenei o Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente (do patrimônio histórico e artístico), por cinco anos. Publiquei em livros: Manual do Promotor de Justiça do Meio Ambiente e Meio Ambiente (com palestras de um dos eventos). Minha dissertação de Mestrado, (ver http://www.livrosgratis.com.br/arquivos_livros/cp104923.pdf) foi sobre meio ambiente.
É um tema que não podemos deixar para depois.


GRATIDÃO

É impossível não sentir a mais profunda gratidão a Deus, quando se pode comemorar uma data tão expressiva como é o caso dos meus 20 anos de programa na Radio América: CINCO MINUTOS COM MARIA.

Como comemorei a expectativa desse momento! Comentava sempre, preparava, sem outros acontecimentos que não fosse, como foi, uma Santa Missa em ação de graças, propiciada pela direção da rádio, celebrada pelo Pe. Marcelo, com presença de ouvintes o que causou grande alegria e ocasionou o grande abraço que trocamos.

Como diz o apóstolo João, em Cristo nós vivemos e nos movemos. (At. 17,28). Supérfluo acrescentar, e somos, posto que, quem vive em, também ali é. Tal privilégio nos pode constituir em pessoas capazes do que quisermos, desde que o que quisermos brote  dos mesmos sentimentos que animaram Jesus Cristo (Fil 2,5) que Paulo nos convida a ter.

Dou graças a Deus por ter permitido que a proposta que fiz à direção da rádio, em 1993, tenha sido acatada e por todos esses anos me dá a graça de transmitir mensagens, que podem abordar quaisquer temas, político, econômico, sobretudo humano, nunca contudo, sem um fundo religioso.

Para essa comemoração, em breve, fica pronto um livro que terá como título MAGNIFICAT, todos são textos dos programas. Depois de tanto tempo, claro que não me faltam muitos escritos para publicar algumas dezenas de livros até. Logo, a escolha não foi difícil. Fiz um cálculo, sem muita precisão, verifiquei que até agora,  foram 64.800 programas.

Pedindo a intercessão de Nossa Senhora, rezo:

Ó Nossa Senhora, mãe de Deus, mãe dos pobres, nossa mãe, estamos comemorando os 20 anos deste programa que durante este tempo nos permitiu conhecer melhor sua vida, suas virtudes, seu amor a Deus.
Continuamos contando com sua proteção, para continuar, a seu exemplo, a ser mensageiros do Evangelho, seguidores de Jesus, bons administradores da graça de Deus, anunciadores da boa nova do Pai.
Amém.


Agradeço sobretudo a Deus, a Nossa Senhora que por ser tão humana nos faz sentir muito próximas, aos amigos, as manifestações carinhosas pela ocorrência e peço: continuemos juntos.