Há
62 anos, 15 de agosto de 1950, o Papa Pio XII proclamou solenemente a assunção
de Maria ao céu. Maria foi assunta, não tinha poder de ascender isto é, por si
mesma, o que aconteceu foi obra do Criador.
Desde
os tempos pós-morte, ressurreição e ascensão de Jesus, sempre foi dito que sua
mãe, o corpo virginal em que se fez homem o Filho de Deus, não provou o peso da
terra, mas foi levada ao céu em corpo e alma, sendo recebida pelos anjos e
coroada pelo divino Filho como Rainha.
Maria
foi uma mulher como qualquer outra. Assistiu a paixão do Filho e o viu morrer,
sofreu a mesma dor que sentem todas as mães diante de tal acontecimento. Ela sabia
que embora trágica e da pior forma, era um momento que chegaria: uma espada de
dor atravessaria o seu coração, como naquele dia em que ainda bebê ela o apresentou
ao templo e o velho Simeão a avisou.
Todos
ressuscitaremos com Cristo no último dia. Maria ressuscitou em seguida ao seu
morrer e foi levada ao céu.
Ninguém
jamais questionou abertamente, (é... há quem duvide, ou negue). A assunção de
Maria em corpo e alma sempre foi crença pacífica, ainda que a Igreja porque age
com cautela, não se pronunciou senão mil novecentos e cinquenta anos depois de
Cristo sobre tal verdade.
Coube
ao Papa Pio XII como sobredito, depois de muita oração e observância de muitos
fundamentos – como a Igreja age sempre – a proclamar o dogma. Dogma é uma
verdade de fé proclamada, não se discute mais. Escrevi: verdade de fé.
Eu
quero pensar Maria no céu, rodeada de anjos e ocupada em atender nossos pedidos
intercedendo junto ao seu Filho por nós. Gosto até das coisas simples contadas
por ai, como aquela história de que um dia, São Pedro sai do portão do céu e se
depara com uma escada no muro e muita gente subindo e pulando para dentro do
Jardim do Edem. Foi ver do que se tratava, era Maria facilitando a entrada
daquela gente esquivando-se do controle enérgico do porteiro do céu.
Mas
gosto ainda mais de pensá-la inquebrantável, sem gemido, aos pés da cruz,
porque não obstante a tempestade do calvário, Maria nunca duvidou de que Deus é
amor.
Esta
Senhora me ensina muitas coisas todos os dias, por isto eu canto a Maria, como
minha mãe!
Trecho da definição apostólica do dogma da
ASSUNÇÃO
DE NOSSA SENHORA EM CORPO E ALMA AO CÉU
3.
De fato, Deus, que desde toda a eternidade olhou para a virgem Maria com particular
e pleníssima complacência, quando chegou a plenitude dos tempos (Gl 4,4) atuou
o plano da sua providência de forma que refulgissem com perfeitíssima harmonia
os privilégios e prerrogativas que lhe concedera com sua liberalidade. A Igreja
sempre reconheceu esta grande liberalidade e a perfeita harmonia de graças, e
durante o decurso dos séculos sempre procurou estudá-la melhor. Nestes nossos
tempos refulgiu com luz mais clara o privilégio da assunção corpórea da Mãe de
Deus.