quarta-feira, 23 de outubro de 2019

O PRÓXIMO, UM DEVER QUE É SEU



Hoje cumpri uma agenda intensa, apesar de ter acordado tarde, porque não fui dormir cedo e... Estive numa cidade vizinha, onde não achei o que fui procurar.

Passei no “Ferreirinha” almocei, o jiló estava delicioso. Após ligeira passagem em casa, fui logo à repartição onde tinha uma promessa a cumprir para não esquecer, nem retardar. 

Estacionei numa ruazinha estreita, ao lado de um poste, em frente a uma escola de gente miúda, onde o vigia-porteiro me dizia ser proibido estacionar. Não atendi, o horário era de 12 h às 14 h e esta já era passada. Fotografei para documentar. Gente, como essas câmeras em celulares servem tanto! Qualquer contradição ou o que é bom, pelo sim, pelo não, é como “em cada mergulho, um flash”.

Sai satisfeita, porque o alguém por quem eu fiz, se tranquilizou. Acho que o vigia também se acalmou, quando viu que fui breve onde fui.
Telefonei a uma pessoa, ontem não lhe pude falar, quando me ligou, estava numa reunião.

A próxima parada foi num shopping onde me habituei a comprar ‘o que não posso ficar sem’. Foi muito bom o atendimento, melhor quando estava esperando ser chamada para me aproximar do caixa. Elogiei a beleza da atendente que me agradeceu. Acrescentei: você já ouviu isto outras vezes, respondeu-me: sim, já, mas é sempre bom ouvir de novo. De fato era um tipo lindinha, branquinha... um batom combinando totalmente, com  seu visual.

O melhor foi a conversa que entabulamos sobre a importância do elogio, do fazer o outro sentir-se acolhido, de ir ao encontro de quem precisa, de procurar saber o que anda acontecendo com aquela pessoa do nosso convívio que de repente desapareceu  e mais outras coisas bonitas no mesmo tom.

Passei a mais que dizer, até logo, beijar essas pessoinhas, quando lhes agradeço. Assim fizemos com um abraço. Enquanto saia, ouvi sua voz dizer: “vai com Deus” ao que respondi com o meu “fica com Ele”.
Pela manhã, troquei os mais diversos sorrisos com pessoas com as quais cruzava pela rua, cumprimentava todos, claro que nem todos respondiam. É assim.  Alegrei-me ao perceber que por outros, já me sentia olhada como quem vai responder ao bom dia desejado.
Havia dois senhores tomando “uma gelada” num minúsculo bar, onde a mesa fica na porta, pedi a informação que precisava e o fiz com o sorriso que me propus conservar nos lábios.  Houve reciprocidade, informaram-me tudo, descrevendo detalhes, até com mais de uma possibilidade.

Numa loja de cosméticos e cosméticos milagrosos, Luana me convidou para uma experiência com um sal que vem de Israel. Já recusara ofertas anteriores feitas em dias e até meses passados por outros que na função a precederam, alegando falta de tempo ou dando uma desculpa qualquer. No fundo, quem é que não sabe como estas coisas funcionam?

Aceitei o convite. Na minha mão direita, as duas em concha, ela colocou um sal que disse vir do “Mar Morto”. Em seguida borrifou e recomendou-me esfregar uma na outra, como fazemos ao lavá-las. E ia descrevendo com maestria e profissionalismo, os prodígios operados pelo mineral. Depois enxaguou-me as mãos e me fazia observar, e foi verdade, que a sensação era de um oleoso, sem ser pegajoso. E os prodígios que opera durante uma semana valem a pena. Quer saber o preço? Vou dizer não, melhor ir saber lá.

Mas o interessante foi que o papo que rolou mais uma vez, foi de altruísmo, da necessidade de dar valor as pessoas, como   no caso anterior do qual já falei. E depois ainda tem gente que diz que “essa juventude não tá nem ai” para discursos dessa natureza. Não é verdade. Experimente e veja os resultados.

E na saída aconteceram mais uma vez, beijinho e abraço.

Antes do ritual das mãos, sentei-me para um cafezinho. Ao lado uma mãe e filha conversavam animadamente, cada uma com seu celular na mão.  Elogiei a cena sugerindo uma fotografia. A mãe me perguntou se o faria. Imagine se a resposta podia não ser sim. Primeira feita, mudo de lado  e disparo a segunda. Vejam se ficou legal, sugeri. As duas responderam quase ao mesmo tempo, ficaram ótimas”. E nesta noite entre o que se comentou na casa delas, com certeza, foram as duas belas fotografias.

Gentilmente, elogiaram minha habilidade, agradeci, umas para as outras, sorríamos.

E assim foi por todo o tempo “da minha andança”.  O que quero ressaltar é que podemos evangelizar também enquanto andamos por ai, podemos fazer as pessoas se aproximarem com um simples sorriso, espalhar fraternidade, semear amor. É uma gota no oceano, é parte do tudo de que o mundo anda precisando tanto e que deve começar por aqui.





Vitória, 23/10/2019    20h 30m