
O
Brasil é uma nação. Não tenho nenhum receio de afirmá-lo. Cá estamos nós, mais
de duzentos e dez milhões de almas, aboletados num território de mais de oito milhões
e meio de quilômetros quadrados, falamos a mesma língua, a portuguesa, e com
certeza somos unânimes em querer viver em paz, com principalmente nossos
direitos fundamentais e os sociais respeitados. Não gostamos de violência,
deploramos as falcatruas e estamos todos os dias de um modo ou de outro
mandando dizer aos políticos que como está, não pode ficar.
Mas
se por um lado, temos as mesmas aspirações, por outro, andamos, muitas vezes às
turras, percorrendo caminhos distintos, insistindo em não querer ver o que é
evidente, hostilizando quem não pensa como a gente, insistindo com métodos que
já foi comprovado não darem certo.

Tem-se
dito com insistência que a falta de educação que gera instrução, que leva a ver
o que acontece, ter capacidade de discernir e julgar para agir conforme, é a grande
lacuna da nossa sociedade. É mesmo. Por outro lado, sabe-se que as pessoas não
se animam a ler, a se informar, conhecer diferentes pontos de vista sobre os
fatos e ter condição de emitir seu próprio juízo. Passa-se horas e horas diante
do computador, ocupando-se só de amenidades,
escrevendo outras e não construindo nada.

Assim
tornam-se presas fáceis de manipuladores. Na política, acabam pegando a onda na
incrível, ainda que muitas vezes imoral, capacidade que têm os marqueteiros de produzir
fatos, inverter realidades, suprimir a verdade. E repetem frases fabricadas, de
efeito delirante, que não pegam.
Penso
que importa não apenas ocupar um lugar no território, falar a mesma língua, mas
buscar alternativas, não ser mero figurante, mas dar-se oportunidade de
protagonizar a própria história.
Temos
diretrizes seguras e sólidas que podem ajudar a mudar tudo, muito tempo já foi
perdido e não será recuperado. É preciso querer. Ai estão as eleições
municipais, cuidemos para não errar,
porque as consequências são terríveis e acabam com a gente, sobretudo com os
mais vulneráveis.
Querer
é poder, se quisermos, poderemos mudar tudo, comecemos por nós.
Marlusse Pestana Daher Vitória, 11 de setembro de 2016 23:15