terça-feira, 16 de abril de 2013

MEU FILHO E MEU DEUS


Maria foi deveras extraordinária e exatamente por isto: todas as gerações a chamarão bem aventurada, isto é, feliz,  como proclamou Isabel. Maria levou a serio cada aceno da vontade de Deus em sua vida. Desde a entrada do Anjo em sua casa, com o anuncio: achaste graça diante do Senhor, conceberás, e darás a luz um Filho.   Tendo aceito que acontecesse em sua vida como Deus mandou,  sua caminhada por  foi da mais perfeita entrega, do mais perfeito abandono ao projeto de Deus.

Jesus entre os doutores.
Por Giotto, na Basílica de São Francisco de Assis, Itália.
Depois do Natal, Maria contemplou entre seus braços, aquele menino verdadeiro homem, mas tinha certeza de que era também e sobretudo: verdadeiro Deus. Ao aconchegá-lo em seu peito, como fazem as mães em momento de intenso carinho, Maria podia dizer em verdade: meu filho, meu Deus!

Meu filho, sim, Jesus era filho de Maria, tinha o DNA de Maria, mas era também verdadeiro Deus.

Terá havido algum momento em que ela certamente teve que ensinar a ele algumas coisas, mas, quando o reencontrou no terceiro dia, entre os doutores no templo discutindo com eles, naquela oportunidade em que voltando de Jerusalém o perdeu, diz: por que fizeste isto conosco? Teu pai e eu estávamos morrendo de aflição, enquanto te procurávamos, ouviu em resposta  sem rodeios:  uai, porque me procuravam? Esqueceram que me devo ocupar das coisas do meu Pai?

Como ao invés, quer o escritor e médico na sua visão de presbiteriano, Augusto Cury, não sei se Maria teve muito o que ensinar ao seu Filho homem, já que Ele era também verdadeiro Deus e onisciente.

Deixa pra lá, prefiro pensar que Maria guardava tudo no coração e ia fazendo bom uso de tudo à proporção que cada necessidade aparecia.
 
Nota: A foto que ilustra esta reflexão não é fiel, Jesus tinha 12 anos naquela oportunidade. Ai vê-se um adulto.