quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

MORADORES DE RUA


O número dos moradores de rua cresceu com força, são dezenas dormindo nas calçadas. De manhã, depois de dormirem ali mesmo onde se posicionam, sujos, mal vestidos, a todos que passam, pedem dinheiro pro café. Se quiser conversar, pode-se preparar para ouvir muitas mentiras. Olhos avermelhados denunciam a causa, mas é também verdade que em alguns são encontrados bons sentimentos. 

Ouvi de um esta confirmação: ‘isto ai é uma verdade...”, acabara de exortá-lo a voltar para casa, para perto dos que o amam muito, sua mãe, seu pai, sua família. Aqui, todos só sentem pena de você, lhe dão um dinheirinho e nada mais. Você quer ser coitado ou ser amado”? Quando voltei da padaria não o encontrei mais.

As cidades têm um rosto empobrecido e caótico. Não é mais possível esconder as consequências de uma sociedade tão injusta. Na zona rural, o sofrimento produz a migração dos que acabam nas periferias das favelas, não raro, sob o domínio de criminosos; nos cortiços dos centros das cidades, com resultados desastrosos. Ecoa só não ouve quem não quer: esta situação tem que acabar. No rastro vem o desemprego e suas consequências quando pais veem seus filhos com fome, sem escola que possa frequentar, desperdiçado seu potencial humano, os dotes com os quais foram dotados pelo Criador, fugirão de suas cabeças, que acabam sendo preenchidas com provocação da morte, da prisão e tantas outras causas que destroem sua vida.  Por isto devemos lutar: 

Não vai tudo bem, como, quando sem pensar, respondemos a alguém que pergunta: “Tudo bem? e respondemos: “tudo”. Quando Jesus na Sinagoga recebeu o livro para leitura, o fez da passagem mais tarde repetida por Lucas (4,18-19): “O espírito do Senhor está sobre mim, pois ele me ungiu para anunciar a Boa Nova aos pobres, enviou-me para proclamar a libertação dos cativos e, aos cegos, a recuperação da vista, para dar liberdade aos oprimidos e proclamar um ano de graça da parte do Senhor” E cumprindo bem sua tarefa ele fez tudo. 

Despojou-se de sua natureza divina. Fez-se homem obediente. Humilhou-se até a morte e morte de cruz. Tudo para nos salvar. Fomos ungidos pelo batismo, momento em que o cristão se torna outro Cristo. É bonito cantar, “amar como Jesus amou... sonhar como Jesus... “ Cumpre-nos mais que isto,  a exemplo de Maria, imitar Jesus como ela fez. As mazelas de hoje não se acabarão com milagres por mais que você faça promessas de ir pé até Aparecida, carregando uma cruz,  que suba o  convento da Penha de joelhos...  mas fazendo o que Jesus mandou.



05,02,2019