Minha alegria tem como “ama” a tristeza,
a embalar saudades e recordações.
Pela vida que se vai, amarga certeza
morte lenta de minhas ilusões.
Elza Cunha Pires
Minha Mãe
(In memorian a Ottília Almeida Cunha)
Mamãe, símbolo do amor,
teu nome qual uma prece:
ressoa em nosso interior
ternura que não se esquece.
Mãe! Tinhas tanta nobreza,
bondade sem dimensão.
Prima obra da natureza,
deste amor em profusão.
Mãe! Eras anjo de ternura
em que nossa alma perpetua.
Tua imagem tão meiga e pura,
o nosso sofrer atenua!
Mãe! Eras a rainha do lar,
toda bondade e ventura.
Sentinela a preservar
da família a estrutura.
Na carícia de tua mão,
meu caráter foi moldado.
Mãe! - Tua morte foi o “senão”...
Do meu futuro sonhado.
Mãe! Minha saudade noto,
tenho um culto a te prestar:
- Beijar-te as mãos no ignoto,
para a dor
amenizar.
Meu Pai
(In memorian a Sylvio Moreira da Cunha)
Papai! Foste o protótipo
da honestidade. Ufana,
muito feliz, participo:
- Herança, aos filhos irmana.
Pai! Eras bondoso e paciente
com teus filhos pequeninos.
Trago tua imagem presente
desde dos tempos de menina.
Pai! No teu leito de agonia,
ao me fitares choraste.
Em lágrimas, se despedia
da filha que tanto amaste.
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Mamãe Dona rodeada de netos |
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Os pais: Ottilia de Almeida Cunha e Sílvio Moreira da Cunha |
Terceira filha dentre 7 (sete)
irmãos: Flores, Florita, Sylvio, Lea, Otívio e Ila, frutos do casamento
de seu pai com Ottília. Após a morte de sua mãe em 1928, teria outros
irmãos por parte de pai: Maria Alice, Zione, Delza, Delba, Antonio Franklin,
Gelson e Aline.