Quando a Constituição
Federal prevê que os poderes constituídos da República se constituem do Legislativo,
do Executivo e do Judiciário prevê também a forma com que os candidatos hão de
galgar os respectivos cargos, cujas funções se diferem, mesmo sendo imprescindível
a existência de harmonia entre os três.
Um Presidente da República
exerce o ápice do poder, competindo-lhe servir ao país, sentir-se como
verdadeiro, verdadeiro servo do povo, jamais valer-se do cargo para seu próprio
benefício.
Naquele dia em que os
Desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (RS), não só confirmaram
a sentença do Juiz Sérgio Moro que condenou Lula, mas aumentaram sua pena, o
Brasil respirou aliviado, viu algo de bom acontecer. Confirmou-se que as cominações
e penas destinadas aos delinquentes, não é só para descamisado ou remediado,
mas pra todos.
Não acho certo tripudiar
sobre um morto, mas acaba-se por imperativo, falar, já que ele continua fazendo
“visagem pra assustar”. Sempre me motivou o desejo de que esta nossa Pátria
dotada de tantos bens, tanto amor – de paz já não se pode falar – onde apesar
das maldades, ainda temos uma natureza que esquece os ultrajes que lhe são impingidos
e continua revelando-se como um hino verde que atinge as alturas e louva o Criador.
Quando falamos que muitas
ou certas pessoas não têm capacidade de ocupar certas funções, há quem diga que
é preconceito, que é bobagem “que todos são dignos” como disse a atriz Beth
Faria, anos atrás, para justificar seu voto ao candidato a deputado federal, o
Cacique Juruna.
Só para não sair do campo
político, eu pago para ver se alguma corte em qualquer instância, se algum
empreendedor contrataria o Sr. Lula da
Silva para assessoramento seu e o querem mais uma vez, apesar de tudo que fez de errado, de todos os crimes
que cometeu, apesar do espólio que praticou, como Presidente da República.
E nós, os “abestados”, apesar de intuir, não sabíamos. Eu mesma viajando pelo Brasil ao ver tantas placas
da Odebrecht em obras públicas de grande porte chequei a repetir: “essa
Odebrecht é sócia do Brasil”. Por ironia, inteligentemente, alguém para fazer notar
quem mandava no Brasil, publicou nas redes sociais, uma foto do Sr. Marcelo, ex-presidente da mega
empresa, envergando a faixa presidencial no peito. Sem legenda, e precisava?
Já se tornou público que o
Ex Ministro do STF, Sepúlveda Pertence, respeitável nome do mundo jurídico
nacional, (título cuja continuidade de posse vai depender das jogadas que vier a
fazer, e virão a público, porque nada fica oculto debaixo deste céu) foi
contratado nada menos que por R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais)
para defender o Lula.
Reconheça-se que para quem
gosta de propalar sua origem humílima, proclamar-se a pessoa mais honesta deste
mundo, como se explica para quem é apenas um torneiro mecânico depois de
exercido o cargo de Presidente da República, dispor de tão alta quantia, para regiamente
pagar uma defesa. E Deus não queira, já se ouve um burburinho de que os
caminhos foram devidamente aplainados.
“E de um amigo” seu? Eta
homem que não toma jeito! Continua sendo comprado a peso de ouro, embora o
contrato seja de risco, por quem interessa sua volta ao poder, para deste modo continuar
a tirar proveito.
Ainda causa perplexidade e
prova interrogações a origem da fortuna
do tal Lulinha, adquirida exatamente no tempo em que seu pai exerceu a presidência,
se era simplesmente “um recolhedor de detritos animais” no jardim zoológico em
que trabalhou.
Não queiram nos continuar
tentando a tratar como “trouxas”. “Os pobres são os preferidos de Deus”. O
grande Papa Francisco fazendo tornar mais claro o preceito, proclamou um “Dia
Mundial dos Pobres”. E que ninguém se esqueça o que disse Jesus: “tudo aquilo
que fizerdes ao menor dos mus irmãos, a mim o
fareis”. E segundo a sabedoria popular, “quando Deus tarda vem no
caminho”. Nem pagamento a peso de muito ouro evita a realização dos Seus
projetos, da realização de Sua justiça.
E ninguém me venha repetir
que os antecessores de Lula, fizeram o mesmo e não foram condenados. “a batata
deles está assando”. Mas “pera ai”: desde quando um erro justifica outro?
É claro que todos que traíram
a confiança da nação, que cruzaram os dedos anulando o juramento constitucional
proferido na hora da posse devem pagar pelo que fizeram.
É lamentabilíssimo que o STF
venha decaindo na confiança dos seus jurisdicionados pelas repetidas decisões
incompatíveis com a boa e eficiente administração da justiça.
“Será o fim da picada” se se consumar por uma
manobra infeliz, que a massa está sendo
preparada para que tudo acabe em pizza.
Mas não é menos verdade
que para termos o direito de denunciar, de criticar, até de espernear, diante
de tais condutas é preciso que promovamos em nós as mudanças que esperamos das
pessoas com as quais convivemos e das instituições. Continuaremos a ter maus
governantes, se os governados também não forem honestos; se no momento do voto
estiverem possuídos dos mesmos interesses personalíssimos da choldra.
E para fazer crescer nossa
decepção, sabemos que tal milagre está bem distante já que continuamos a
testemunhar, por exemplo, a delitos perpetrados por aqueles que ao passarem por
um caminhão tombado, carregado de pneus, (de outros valores, em outras oportunidades)
cujo motorista ali estava morto, saquearam
desavergonhadamente a carga.
Este é o nosso pais, de
uma classe política que suga o que não
lhe pertence, mas também de muita gente capaz de fazer qualquer coisa
para dali obter o próprio proveito.
Aaafff!
Marlusse Pestana Daher Vitória, 17 de fevereiro de 2018