A paciência é instrumento incomparável de ação.
Nos seus "Fragmentos Literários e
Filosóficos", Leonardo da Vinci disse, ou melhor, escreveu: a paciência se
opõe às injúrias, da mesma forma que o agasalho, ao frio. Quanto mais nos
agasalharmos, menos frio sentiremos. Igualmente, com a paciência, podemos
neutralizar as injúrias de toda sorte, qualquer tipo de adversidade.

A paciência foi não só o método adotado por Deus para
com o seu povo, como nos revela o Antigo Testamento, como é também um
ensinamento deixado por Jesus, diante das nossas impaciências e intolerâncias.
Quando os discípulos se predispuseram a limitar a
tolerância em perdoar e perguntaram se era suficiente perdoar sete vezes, Jesus respondeu: "Não sete vezes,
mas setenta vezes sete"(Mat. 18,21-22).
Igual ensinamento nos ministra no pedido do viticultor ao
qual ordenara cortar a figueira que não
dava fruto há três anos. E o viticultor pediu mais uma chance prometendo
adubá-la. Depois talvez dê frutos ... Caso contrário então será cortada. (Lc.
13,6-9).
E também Jesus quem nos narra a paciência com que cada dia, o pai do filho pródigo
apesar de tudo, espera pela sua volta. (Lc. 15, 11-32).
Portanto, peçamos a Maria que interceda por nós junto a
Jesus, para que tenhamos paciência com o nosso irmão, com a sociedade da qual
fazemos parte e até em relação a Deus que “tem seus pensamentos que não são os
nossos, que tem seus caminhos que também podem não ser os nossos”.
Ser paciente significa em última análise, saber esperar, como aquele homem que após ter lançado a
semente na terra, espera com paciência, porque sabe que quer se levante, quer
se deite, a semente vai acabar por germinar.