domingo, 16 de dezembro de 2018

O NECESSÁRIO EMPODERAMENTO FEMININO


Convivemos o dia a dia. Somos mulheres, criaturas criadas à imagem e semelhança de Deus e ainda temos que lutar lutas ingentes para conquistar nosso lugar ao sol ”que nasceu para todos”.

Membros da Associação Brasileira das Mulheres de Carreira Jurídica
Tanta gente pode até não ter o valor indispensável, pode não ter as habilidades indispensáveis, no caso do poder que o querem só pelo próprio poder, mas perseguem alcançar determinado cargo, como se diz, com obstinação,  “correm atrás” e assim acabam conseguindo. “O silêncio dos bons é pior do que o grito dos maus”.

Este tipo é mais frequente entre homens, a mulher não deveria, mas é mais acomodada, contenta-se com o pouco que conquista. Como bem disse, certa feita, a Senadora Maria Amélia que não volta ao Senado, não tentou reeleição, por ter embarcado na canoa furada de Alckmin. Disse ela: “a mulher uma vez que consegue dar-se bem no que faz, se acomoda, se instala e fica ali quietinha”,  “vendo a banda passar.” Ela assim se exprimiu, especificamente referindo-se à militância política, o candidatar-se. É verdade que há homens que preferem “não se meter nessa bagunça”, mas certamente eles ainda são em grande maioria ocupando “cargos top”.

Quase analfabetos muitos não se dão conta da própria incapacidade, mas candidatam-se assim mesmo e acabam ganhando e lá se vai mais um  para um mandato que requer competência, sapiência, tanta responsabilidade. Sem falar no papelão do “porcaria de palhaço Tiririca”,  que vendeu o mandato, se candidatou e se elegeu de novo. Os paulistas ou estão “no fim da picada, ou sem alternativa”. O mesmo pode ser dito do Estado de Alagoas que manteve Calheiros no cargo e eis que ele não quer mais uma vez, “largar o osso”, pretende a presidência.

Ainda bem contudo, ainda bem, muitas mulheres estão-se lançando à luta, ainda que poucas logrem êxito. As próprias mulheres, nas quais se esconde até um pouquinho de inveja, preferem manter os homens nos cargos e não reparam que se obrigam a seguir as leis que eles editam, devem engolir em seco de como se vendem p. ex. para não deixar que o Presidente da República seja processado, para aprovar malfazejos projetos de lei, que veem a Constituição ser rasgada só para se exibir ou mostrar que tem poder.

O que está acontecendo em Paris é de fazer tremer. Da Espanha Zé Dirceu, o co-meliante mor, já mandou recado ao Presidente Bolsonaro de que “aquela cadeira é quente”. Um futuro Ministro enquanto falava, viu ameaça de morte, da parte de alguém que o ouvia. Só não entendi porque imediatamente não foi conduzido, vez que ameaça é crime (art 147 do CP), mesmo que a vítima não se intimide. Como foi o caso.  

A Igreja Católica propõe “politicas sociais” como tema da Campanha da Fraternidade, busquemos sobretudo as que beneficiam as mulheres, temos que dar a esse gênero a consciência do que pode, do que sabe, do que deve fazer.
Mulheres, com poucas exceções, são generosas e são as que melhor cuidam da prole, são mais sensíveis, sem ser idiotizadas; são tão ou mais inteligentes que os homens, mesmo que não ostentem. 

Em nosso Estado, não conheço nenhuma mulher que tenha sido Governadora, nunca as vi em maioria nas Câmaras legislativas e no Senado, aliás, em número, são uma insignificância. Só tivemos uma mulher Procuradora Geral de Justiça. Nunca uma mulher ocupou a presidência da Associação do Ministério Público. As promotoras e juízas começam a se emparelhar, mas na verdade quem ainda fala mais alto são eles. E o pior: elas assim o querem, assim o preferem, ou malgrado tudo, se omitem, já que sendo absoluta maioria como cidadãs, poderiam protagonizar mediante os maiores destaques, ocupando todos os espaços,  todas as fases da história.

Maria da Penha
Eles ocupam o maior número de vagas como professores  universitários, enquanto só elas são encontradas nas creches e nos primeiros anos de escola onde brasileirinhos(as) iniciam sua preparação para a vida, as  Professoras.
Quem pensa que a Lei Maria da Penha é novidade está enganado(a) ela é uma colcha de retalhos, seus dispositivos foram pincelados  de outras existentes. Feminicídio? Transformaram uma agravante em tipo penal e de enrolo em enrolo, seguimos enroladas.

Não podemos mais ficar assistindo novela que não nos acrescenta nada. Não podemos ser  “militantes de poltronas”, aquelas que sentadas confortavelmente em casa, disparam “zaps” incríveis para todos os seus contatos. Estão indignadas, mas não executam o que se canta com Zé Vicente: “se é pra ir pra luta, eu vou, se é pra estar presente, eu tô, pois na vida da gente o que vale é o amor”. 

Por   fim, afirmo que é coisa importante procurar conhecer o programa de um partido político e  filiar-se, para ter voz e vez nas convenções, na vida e na militância  partidária.

Paro sem ter dito tudo, ciente de que tudo de que falei é um tema.  Estou disposta a desenvolvê-lo. 2019 vem ai e com eles nossas lutas. Avante!

Marlusse Pestana Daher