“Mas no meio de tudo isso, fora
disso, através disso, apesar de tudo isso, há o amor. - Ele é
como a lua, resiste a todos os sonetos e abençoa todos os pântanos.”
Trata-se de afirmação escrita por Rubem Braga, o cachoeirense que escrevia
crônicas e que se vivo ainda fosse, faria 100 anos, neste ano, (como fez minha
tia Idatilia ontem).

No meio de tudo isso, isto é, por
toda parte, onde transitamos, onde estamos ocupados, vivendo nosso dia HÁ O
AMOR. Fora desse ambiente, também há amor. Apesar de tudo isso, apesar das
nossas franquezas, das nossas burrices e quantas! há o amor.
Foi uma forma de
dizer que há amor em tudo, mesmo que ignoremos, mesmo que não percebamos, mesmo
até que por desatino, não queiramos, O AMOR EXISTE. Se não consegue estar em
todos e fazer com que todos se determinem pela sua força e pelos seus impulsos
benfazejos, nem por isto o amor deixa de estar presente porque a força do amor supera
quaisquer obstáculos que se interponham na sua caminhada. Pode ser posto de lado, mas não deixa de existir.

Porque,
sobretudo, o AMOR é Deus, Deus é amor, todo amor é extensão do amor de Deus,
não existe amor cujas raízes não estejam aprofundadas em Deus.
E é assim mesmo,
por mais incrível que pareça, o que há por trás das atitudes desconsertadas das
pessoas, da birra de uma criança, de uma atitude ríspida de alguém é sempre um grito de apelo por amor. Ninguém
perde nada por amar. Amar tudo e todos, amar desinteressadamente, semear amor.
A maior prova de que somos humanos acontece, quando assimilamos a
lição que Jesus nos ensinou, quando como Ele, damos prova de amar
como Ele nos amou.