quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

NATAL, PROPOSTA DE AMOR


Presépio no Convento da Penha 


Pena que há publicações em que o site sai branco, fica feio, mas não sei porquê. 


Hoje o mundo cristão se comporta de forma que torne o mais perfeito possível a vivência do dia de Natal. Dia em que Jesus depois de ter sido concebido no ventre virginal de Nossa Senhora, seu primeiro tabernáculo, nasceu na mais absoluta pobreza numa gruta, em Belém. Foi também quando, digamos, se cumpriu a primeira parte das tantas que sucederiam no curso de  sua vida terrestre, conforme afirmação de João (1-11):"Ele veio para os que eram seus e os seus não O receberam".

“Não temos mais vagas” ouviu mais de uma vez o pobre casal, chegado por obediência a Belém, porque, assim que eram vistos ficava estampado no olhar de todos de como eram pobres. Essa cegueira acometeu os companheiros da viagem que não repararam na situação de Maria, mesmo que sua gestação fosse do próprio Deus, que passava pelos diversos incômodos que precedem o parto de um filho. Nenhuma boa senhora se aproximou, ninguém lhe ofereceu algo para comer, enfim, na multidão passava despercebido aquele casal ao qual o Senhor confiou uma grande tarefa certamente a maior já atribuída a qualquer outro, ou pessoa.

Mesmo assim, se entendiam por gestos e talvez poucas palavras. José, penso, que se preocupava um pouco mais, porque tinha o papel de provedor, ainda que sua fé se assemelhasse em tudo à, da sua esposa sem duvidar de que Deus entraria em ação, assim que fosse necessário, ia agindo. 

Com o que encontrou e com o pouco dos trapos que tinham puderam proteger o recém-nascido das incidências de qualquer mal, em decorrência do tempo ou da temperatura.

Saibamos que o nascimento é o ponto de partida para um grande projeto de salvação, já que a humanidade entregue ao pecado se esquecera do Deus que a criou, vivendo como se pudesse prescindir dele ou como se ele não existisse. O combustível que movia Javé, era aquele amor com que “amou tanto os homens que lhe mandou seu Filho, para que todos os que nele cressem fossem salvos”.

Natal é uma proposta de amor, traduzida na pessoa de um Deus que se fez como os homens para que os homens se transformem em Deus. Não será oferecida gratuitamente, nem imposta. Importa em acolher,  receber a Palavra, “o Verbo que se fez carne e habitou entre nós”, importa aderir aos preceitos divinos e à sua lei e ser fiel agora, hoje, sempre. 

Acolhamos esse Cristo fascinante que nos ama incondicionalmente e nos quer à sua direita como bons cordeiros, quando vier àquela hora. Para tanto, valhamo-nos do exemplo de quem mereceu ser considerada corredentora, Maria nossa Mãe Imaculada, disponível e atenta a prevenir nossas necessidades a partir do “fazer sempre tudo aquilo que Jesus mandar”.

Que a vivência deste Natal nos transforme, leitores, suas famílias, seus amados, todos os que chamam a Deus de Pai e por isto nos faz irmãos, em discípulos fieis, divulgadores da boa nova que o Menino de Belém veio trazer.