![]() |
Presépio no Convento da Penha
Pena que há publicações em que o site sai branco, fica feio, mas não sei porquê.
|
Hoje o mundo
cristão se comporta de forma que torne o mais perfeito possível a vivência do
dia de Natal. Dia em que Jesus depois de ter sido concebido no ventre virginal
de Nossa Senhora, seu primeiro tabernáculo, nasceu na mais absoluta pobreza
numa gruta, em Belém. Foi também quando, digamos, se cumpriu a primeira parte
das tantas que sucederiam no curso de
sua vida terrestre, conforme afirmação de João (1-11):"Ele veio para os
que eram seus e os seus não O receberam".
“Não temos
mais vagas” ouviu mais de uma vez o pobre casal, chegado por obediência a
Belém, porque, assim que eram vistos ficava estampado no olhar de todos de como
eram pobres. Essa cegueira acometeu os companheiros da viagem que não repararam
na situação de Maria, mesmo que sua gestação fosse do próprio Deus, que passava
pelos diversos incômodos que precedem o parto de um filho. Nenhuma boa senhora
se aproximou, ninguém lhe ofereceu algo para comer, enfim, na multidão passava
despercebido aquele casal ao qual o Senhor confiou uma grande tarefa certamente
a maior já atribuída a qualquer outro, ou pessoa.
Mesmo assim,
se entendiam por gestos e talvez poucas palavras. José, penso, que se
preocupava um pouco mais, porque tinha o papel de provedor, ainda que sua fé se
assemelhasse em tudo à, da sua esposa sem duvidar de que Deus entraria em ação,
assim que fosse necessário, ia agindo.
Com o que encontrou e com o pouco dos
trapos que tinham puderam proteger o recém-nascido das incidências de qualquer
mal, em decorrência do tempo ou da temperatura.
Saibamos que o
nascimento é o ponto de partida para um grande projeto de salvação, já que a
humanidade entregue ao pecado se esquecera do Deus que a criou, vivendo como
se pudesse prescindir dele ou como se ele não existisse. O combustível que
movia Javé, era aquele amor com que “amou tanto os homens que lhe mandou seu Filho,
para que todos os que nele cressem fossem salvos”.
Natal é uma
proposta de amor, traduzida na pessoa de um Deus que se fez como os homens para
que os homens se transformem em Deus. Não será oferecida gratuitamente, nem
imposta. Importa em acolher, receber a Palavra, “o Verbo que se fez carne e
habitou entre nós”, importa aderir aos preceitos divinos e à sua lei e ser fiel
agora, hoje, sempre.
Acolhamos esse Cristo fascinante que nos ama
incondicionalmente e nos quer à sua direita como bons cordeiros, quando vier àquela
hora. Para tanto, valhamo-nos do exemplo de quem mereceu ser considerada
corredentora, Maria nossa Mãe Imaculada, disponível e atenta a prevenir nossas
necessidades a partir do “fazer sempre tudo aquilo que Jesus mandar”.
Que a vivência
deste Natal nos transforme, leitores, suas famílias, seus amados, todos os que
chamam a Deus de Pai e por isto nos faz irmãos, em discípulos fieis,
divulgadores da boa nova que o Menino de Belém veio trazer.