Com pequena adaptação de um discurso do Papa Francisco.
No dia 10 de maio o Papa Francisco em sua catequese
evidenciou Maria e as mães do nosso tempo. Lembrou que no caminho da sua
maternidade, Maria teve que atravessar mais do que uma noite sombria. Ainda
jovem, respondeu “sim” à proposta da qual o Anjo Gabriel (o portador) lhe fez
de ser a mãe do Filho de Deus, embora nada soubesse do destino que A esperava.
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Não obstante a tempestade do calvário, Maria nunca duvidou de que Deus é AMOR. |
“Naquele instante, Maria se parece como uma de
tantas mães do nosso mundo, corajosas até o extremo quando se trata de acolher
no próprio ventre a história de um novo homem que nasce”, disse o Papa,
acrescentando que Ela é uma mulher que não se deprime face às incertezas da
vida; nem uma mulher que protesta e se lamenta contra a sorte que muitas vezes
se Lhe apresentava hostil. Pelo contrário, é uma mulher que aceita a vida como
vem, com os seus dias felizes, mas também com as suas tragédias.
Maria simplesmente "estava". Na noite
mais escura de Maria, da crucifixão do seu Filho, Ela permaneceu ao pé da cruz,
desconhecendo o destino de ressurreição do seu Filho. Neste episódio, os
Evangelhos são lacônicos e discretos, registram com um só verbo a presença da
mãe. “Ela estava.” Nada dizem de sua
reação nem sua dor, que ficou para a criatividade de poetas e pintores.
“As mães nunca desistem nem abandonam. As mães não
traem”, afirmou Francisco. Os Evangelhos somente dizem: ela estava. No momento
mais cruel, Ela sofria com o Filho. Estava. Ela simplesmente estava ali. Todos
nós conhecemos mulheres fortes, que levaram avante os sofrimentos de seus
filhos.”
Não somos órfãos- Depois, em Pentecostes, no
primeiro dia da Igreja, reencontramos Maria como Mãe da Esperança em meio
àquela comunidade de discípulos tão frágeis: um tinha negado o Mestre, muitos
tinham fugido, todos tinham medo. Maria simplesmente estava lá no seu modo
normal de ser, como se fosse algo natural: a Igreja primitiva, envolvida pela
luz da Ressurreição, mas também pela incerteza e o medo dos primeiros passos a
dar no mundo.
“Por isso,
todos nós A amamos como Mãe. Não somos órfãos, todos temos uma mãe no céu”,
disse ainda Francisco.
Maria nos ensina a virtude da espera, mesmo quando
tudo parece sem sentido, pois confia no mistério de Deus. “Nos momentos de
dificuldade, que Maria possa sempre amparar os nossos passos, possa sempre
dizer ao nosso coração: levanta-se, olhe para frente, para o horizonte. Sou a
Mãe de esperança.”