quinta-feira, 8 de junho de 2017

MÃE DA ESPERANÇA

  Com pequena adaptação de um discurso do Papa Francisco. 


No dia 10 de maio o Papa Francisco em sua catequese evidenciou Maria e as mães do nosso tempo. Lembrou que no caminho da sua maternidade, Maria teve que atravessar mais do que uma noite sombria. Ainda jovem, respondeu “sim” à proposta da qual o Anjo Gabriel (o portador) lhe fez de ser a mãe do Filho de Deus, embora nada soubesse do destino que A esperava.
Não obstante a tempestade do calvário,  
 Maria nunca duvidou de que Deus é AMOR.    

“Naquele instante, Maria se parece como uma de tantas mães do nosso mundo, corajosas até o extremo quando se trata de acolher no próprio ventre a história de um novo homem que nasce”, disse o Papa, acrescentando que Ela é uma mulher que não se deprime face às incertezas da vida; nem uma mulher que protesta e se lamenta contra a sorte que muitas vezes se Lhe apresentava hostil. Pelo contrário, é uma mulher que aceita a vida como vem, com os seus dias felizes, mas também com as suas tragédias.

Maria simplesmente "estava". Na noite mais escura de Maria, da crucifixão do seu Filho, Ela permaneceu ao pé da cruz, desconhecendo o destino de ressurreição do seu Filho. Neste episódio, os Evangelhos são lacônicos e discretos, registram com um só verbo a presença da mãe. “Ela estava.” Nada dizem de sua reação nem sua dor, que ficou para a criatividade de poetas e pintores.

“As mães nunca desistem nem abandonam. As mães não traem”, afirmou Francisco. Os Evangelhos somente dizem: ela estava. No momento mais cruel, Ela sofria com o Filho. Estava. Ela simplesmente estava ali. Todos nós conhecemos mulheres fortes, que levaram avante os sofrimentos de seus filhos.”
Não somos órfãos- Depois, em Pentecostes, no primeiro dia da Igreja, reencontramos Maria como Mãe da Esperança em meio àquela comunidade de discípulos tão frágeis: um tinha negado o Mestre, muitos tinham fugido, todos tinham medo. Maria simplesmente estava lá no seu modo normal de ser, como se fosse algo natural: a Igreja primitiva, envolvida pela luz da Ressurreição, mas também pela incerteza e o medo dos primeiros passos a dar no mundo.

 “Por isso, todos nós A amamos como Mãe. Não somos órfãos, todos temos uma mãe no céu”, disse ainda Francisco.


Maria nos ensina a virtude da espera, mesmo quando tudo parece sem sentido, pois confia no mistério de Deus. “Nos momentos de dificuldade, que Maria possa sempre amparar os nossos passos, possa sempre dizer ao nosso coração: levanta-se, olhe para frente, para o horizonte. Sou a Mãe de esperança.”