Vilma
Paraíso Ferreira de Almada, casada com o poeta Roberto Almada, nasceu em
Guaçuí
(ES) em 14/04/1936 e morreu em 04/10/1988, em Mallorca (Espanha), numa fase de
grande produção intelectual, terminando o doutorado em História. Professora de
Prática de Ensino de História na Universidade Federal do Espírito Santo, unia a
feminilidade à intelectualidade.
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Vilma Almada |
Mãe, esposa e profissional exemplar. Séria,
brilhante, decidida, privilegiava a vida acadêmica e não a burocrática, a
administrativa. Licenciou-se em História na FAFI, em 1965 e fez o mestrado em
História na Universidade Federal Fluminense, diplomou-se pela Escola Superior
de Guerra, formou-se também em piano pelo Conservatório Brasileiro de Música,
no Rio de Janeiro (1957 a 1960). O piano era o seu grande prazer, privilegiando
obras dos compositores românticos (Bach, Chopin, Bethoven, Mozart e Shubert).
Era membro do Instituto Histórico Geográfico do Espírito Santo. A sua obra
Escravismo e transição- O Espírito Santo (1850/1888), publicada pela editora
Graal do Rio de Janeiro em 1984, que trata da escravidão no Brasil, tem sido
fonte de estudo em todo o Brasil. Foi a primeira historiadora cientista a
assinalar a importância da mão de obra.
Na publicação póstuma, do que seria a sua tese de doutorado, que ficou
inacabada, Estudos sobre a estrutura agrária e cafeicultura no Espírito Santo,
publicada pela Secretaria de Publicação e difusão (SPDC) da UFES em 1993, se
destaca a abordagem do dinamismo da economia cafeeira no ES, nas primeiras
décadas do século XX, resultado da imigração europeia e da divisão de grandes
propriedades.
Patrona
da cadeira número 31 da Academia Feminina Espírito-santense de Letras