O Menino Deus chegou, veio
para os que eram seus e os seus não o receberam. Estava concluída a sequência
dos fatos como descreve este canto tão bonito: “da cepa brotou a rama, da rama
brotou a flor, da flor nasceu Maria, de Maria o Salvador”.
Chegara a plenitude dos
tempos, dos tempos em plenitude. Nada de mais extraordinário aconteceria a
partir de então e exatamente na forma que brota da oração do Velho Simeão: “Agora,
Senhor, podeis deixar partir o vosso servo, porque meu solhos viram a salvação
de Israel”.
O profeta que servira abnegadamente
a Deus como que considera que a partir daquele instante, tornou-se prescindível
o seu ministério. Aquele que anunciava às pessoas estava ai diante dele “em
corpo, alma e divindade”.
Bastava abrirem os olhos e
os ouvidos para verem naquela criança o Deus que despojou-se de si mesmo e como
todo homem comum, nasceu de uma mulher.
Que nos seus sussurros de
bebê, captassem os discursos inflamados
com que mais tarde anunciaria a boa nova do Reino do Pai.
É Natal, Jesus está
conosco, Jesus é um de nós, quis ser um de nós. Está entre nós que o recebemos,
que O adoramos, que O louvamos e sirvamos no irmão necessitado, com a consciência
de quem sabe que “tudo aquilo que fizermos ao menor dos nossos irmãos, é a Ele
que o fazemos”.
Santa Maria, Mãe de Deus e Mãe dos homens, contemplamos tua solicitude nos mínimos detalhes em que os cuidados com um recém nascido requerem. Intercede por nós e que os glórias que entoamos nestes dias, sejam de fato, plenos e intensos e que chegando aos céus como nuvens, se revertam em chuva de bênçãos para o mundo inteiro.
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E não receberam Jesus. |