domingo, 14 de novembro de 2010

O DEUS DE MARIA

Há momentos que são particularmente imensos na vida da gente! São aqueles em que certas coisas esperadas ou não acontecem e deixam marcas ou lembranças para sempre.
Pode ser que nem sempre seja o que gostaríamos, pode ser que seja de dor, de muitas cores, de luz varia e diversas dimensões. Pode ser de muitas alegrias também. Um reencontro com pessoa querida, aquela oportunidade, enfim, de tudo um pouco há.
Foi, por exemplo, o que aconteceu comigo enquanto assistia a santa Missa do primeiro dia deste novo ano de 2006, na Catedral de São Mateus, a terra onde nasci. Resolvi transmitir a quantos puder.
Quantas vezes terei ouvido antes, sem provar igual sensação. Mas naquele momento em que o celebrante invocou: O Deus de Maria... a expressão penetrou de tal forma em mim, causou tamanha repercussão nos meus ouvidos, no meu ser, na minha alma, que não foi possível fazer a menos de tentar entender, quem é Este Deus de Maria?
Deus de Maria! Mas como? Não existe outro Deus. Deus é único, o todo poderoso, por onde tudo começa e tem fim. Logo, o Deus de Maria é o mesmo teu Deus, meu Deus, nosso Deus.
Admito uma diferença: o Deus de Maria, no entanto, é mais amado, melhor servido, louvado, adorado e reverenciado, porque Maria, e para isto concorre o fato de ser a Imaculada Conceição, é alma totalmente entregue a Deus, entregue aos seus projetos, potencialmente disponível aos seus desígnios e à sua vontade. Sendo assim, os sentimentos que nascem em Maria, são mais autênticos, mais puros, mais santos e mais cedo alcançam os objetivos pelos quais tiverem surgido.
Em vista da santidade da Mãe, o Deus de Maria se alegra e sua misericórdia é ainda mais abundante. Complacente, é tocado por tão bons sentimentos e se faz ainda mais pródigo na distribuição de suas graças e de seus dons e a alma se extasia, se alegra e canta.
É verdade que o Deus de Maria é o teu, o meu, o nosso Deus, mas o Deus de Maria mesmo que pudesse, não teria do que se queixar.
Sabe-se que apesar de trino, Deus é único. O Deus que cultuamos, ocupa todos os espaços, está em nós e nós estamos nele, mais que o peixe imerso na água está, conforme lição do Pe. Carlos Furbetta que nunca esqueci. Mas com certeza, urge encontrar o Deus de Maria, torná-lo nosso Deus e assim estaremos incluidos entre os adoradores do Verdadeiro Deus.
Façamos do Deus de Maria, nosso Deus, não porque Ele já não o seja, mas porque precisamos aprender com ela, como é que é ter um Deus.
Maria é modelo das nossas vidas, sejamos seus verdadeiros devotos, o que consiste em imitá-la nas suas virtudes, procurando fazer tudo, como se fosse ela que estivesse em nosso lugar.