quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

VIDA QUE RENASCE: SONHANDO E COMPONDO

                                                                              Eliane Rossim,                          participante dp Concurso Literário “Elza Cunha”

                            


Enquanto menina flore, 
Sonhos adversos,
Vontades flexíveis,
Grandes universos!
 Brincadeiras de roda,
Passar anel,
Belisco na calada da noite,
Amarelinha sob a lua cheia no céu!
Cozinhadinho com os colegas,
Esconde-esconde e pega ladrão,
Fantasias e sonhos,
Quando criança, quanta emoção!
Agitações na puberdade,
Prioridades e não prioridades,
RPM, Kid Abelha, Metrô...
Sonhos de uma jovem flor.
Dançar música lenta,
Roque ou Chiclete com banana,
Quanta inocência,
E às vezes intolerância!
Agora mulher,
Já não jovem flor
Descobre a melhor idade,
Ao começar compor!
Professorinha do bem-me-quer,
Aprendendo com muita dedicação,
Entre sonhos e pesadelos,
Desta tão conturbada profissão,
Começa escrever,
O bem querer,
Sobre educação,
Ideologia e revolução!
Transforma fábula em poesia,
E encanta suas crianças,
Com estrofes, versos e rimas,
Que ri, chora, sonha e encanta!
Professora ontem e hoje,
Sonha com uma educação,
Onde pessoas se formam e informam,
Em prol de uma Nação!
Compõe histórias,
Através da prosa, da poesia,
Que busca na fantasia,
As soluções do dia-a-dia!
Quarentona flor,
Não perde o sono,
Apenas para compor!
E em algumas madrugadas,
Levanta-se na calada,
Para registrar as palavras!
Palavras que vão para sua escola,
Na manhã seguinte sem demora,
E transforma em deleite de leitura
Daquelas que com ternura,
Fazem parte de sua história!
Sou uma professora,
Essa que vos escreve,
Sem terminar
E que ainda se atreve,
Alguns versos completar!
Sonho, sonho,
E posso até perder o sono,
Mas não perco os ideais,
De viver num país,
Onde pessoas são tratadas iguais!
Por isso amo a educação,
Porque apenas através dela,
Pode haver transformação!
O cotidiano da escola,
O “barulho da vida”
Que acontece todos os dias
Transformam-me numa pessoa feliz,
E quando menina flor,
Jamais sonhei em ser outra pessoa,
Se não a pessoa de um “professor”.
Aquela que ensina escrevendo,
Que escreve ensinando,
Que na madrugada segue compondo.
Compondo histórias de um mundo feliz,
Onde a magia e o amor,
Pessoas somam o universo
Do nosso Criador!
Essa quarentona flor,
Mãe, avó, filha e professora,
Ainda não perdeu o encanto,
Não perdeu a esperança,
Nem a humildade,
De uma pequena criança!
E se nas madrugadas
Perde o sono,
É apenas para compor,
O que move as palavras
Sentimentos e emoções,
De um grande sonhador!
Eu amo sonhar,
Amo escrever,
E no enlace das palavras,
A VIDA JORRA pra valer!
Ai daquele que não ousa sonhar,
Ai daquele que não ousa mudar,
Seja na leitura, seja na escrita,
Ambas somam mudança,
Para uma vida mais digna,
Quem lê e lê com determinação,
Muda as ideias, muda a opinião!
Mas quem escreve
E escreve com emoção,
Renova-se todos os dias,
Abre seu coração!
E contribuem para as pessoas
Viverem com mais harmonia e esperança,
E não deixe de sonhar,
Como SONHOS de uma criança!
E assim a vida se renasce,
Nos sonhos e na composição,
Transformam-se em harmonia,

De uma VERDADEIRA EMOÇÃO!

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

RESULTADO DO CONCURSO LITERÁRIO "ELZA CUNHA" - REPETINDO.


             RESULTADO DO CONCURSO LITERÁRIO                                                 
ELZA CUNHA

AMALETRAS


Elza Cunha, a poetisa de São Mateus.

Poesia

   Antes que seja tarde
De MÔNICA DA SILVA COSTA
Jacarezinho   -  PR

Tua carta
De Maria Aparecida Sanches Conquemala
Itararé - SP

3º   Pedra
De Paulo Cezar Tórtora
Rio de Janeiro RJ

Prosa

                                         1º LUGAR MEMÓRIAS DA CASA                                                                 de Gabriela Pinheiro Soares Paiva                                                                Campinas SP


2º lugar: A caçada
de Sandra M.Godinho Gonçalves
Manaus - AM

3º Lugar  O bigode
de Claudia Lima Carvalho


Fortaleza - CE

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

QUATRO POEMAS DE CORA CORALINA

Aninha e suas pedras

“Não te deixes destruir…
Ajuntando novas pedras e construindo novos poemas.
Recria tua vida, sempre, sempre.
Remove pedras e planta roseiras e faz doces.
Recomeça.
Faz de tua vida mesquinha um poema.
E viverás no coração dos jovens e na memória das gerações que hão de vir.
Esta fonte é para uso de todos os sedentos.
Toma a tua parte.
Vem a estas páginas e não entraves seu uso aos que têm sede.”


Mãe

“Renovadora e reveladora do mundo
A humanidade se renova no teu ventre.
Cria teus filhos, não os entregues à creche.
Creche é fria, impessoal.
“Nunca será um lar para teu filho.
Ele, pequenino, precisa de ti.
Não o desligues da tua força maternal.
Que pretendes, mulher?
Independência, igualdade de condições…
Empregos fora do lar?
És superior àqueles que procuras imitar.
Tens o dom divino de ser mãe Em ti está presente a humanidade.
Mulher, não te deixes castrar.
Serás um animal somente de prazer e às vezes nem mais isso.
Frígida, bloqueada, teu orgulho te faz calar.
Tumultuada, fingindo ser o que não és. Roendo o teu osso negro da amargura.”


Eu Voltarei
“Meu companheiro de vida será um homem corajoso de trabalho, servidor do próximo, honesto e simples, de pensamentos limpos.
Seremos padeiros e teremos padarias.
Muitos filhos à nossa volta.
Cada nascer de um filho será marcado com o plantio de uma árvore simbólica.
A árvore de Paulo, a árvore de Manoel, a árvore de Ruth, a árvore de Roseta. Seremos alegres e estaremos sempre a cantar.
Nossas panificadoras terão feixes de trigo enfeitando suas portas, teremos uma fazenda e um Horto Florestal.
Plantaremos o mogno, o jacarandá, o pau-ferro, o pau-brasil, a aroeira, o cedro.
Plantarei árvores para as gerações futuras.
Meus filhos plantarão o trigo e o milho, e serão padeiros.
Terão moinhos e serrarias e panificadoras.
Deixarei no mundo uma vasta descendência de homens e mulheres, ligados profundamente ao trabalho e à terra que os ensinarei a amar.
E eu morrerei tranquilamente dentro de um campo de trigo ou milharal, ouvindo ao longe o cântico alegre dos ceifeiros.
Eu voltarei…
A pedra do meu túmulo será enfeitada de espigas de trigo e cereais quebrados minha oferta póstuma às formigas que têm suas casinhas subterra e aos pássaros cantores que têm seus ninhos nas altas e floridas frondes.
Eu voltarei…”


Meu Destino

“Nas palmas de tuas mãos leio as linhas da minha vida.
Linhas cruzadas, sinuosas, interferindo no teu destino.
Não te procurei, não me procurastes – íamos sozinhos por estradas diferentes.
Indiferentes, cruzamos 

Passavas com o fardo da vida...
Corri ao teu encontro.
Sorri.
Falamos.
Esse dia foi marcado com a pedra branca da cabeça de um peixe.
E, desde então, caminhamos juntos pela vida...”



segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

TRADUZIR-SE

O poeta que morreu hoje (4/12/2016) nos faz pensar na beleza e na arte da vida vivida sem hipocrisia

Aí vai um poema para tantos que se decidem indivisíveis em partes diferentes ou mesmo contraditórias. Um poema para tantos que decidem ignorar conflitos internos, deixar de duvidar e de fazer perguntas. Um poema para tantos que decidem atacar os discordantes, imaginando-se donos da verdade universal e escorando-se em ídolos. Só os malucos têm certezas. O maranhense Ferreira Gullar (1930-2016), que há dois anos voltou a ser artista visual, criando colagens coloridas em papel de uma leveza extraordinária, traduziu neste poema as nuances da alma humana. Um poema de 1980, musicado por Fagner no ano seguinte, e que nos faz pensar na beleza e na arte da vida vivida sem hipocrisia.
"Uma parte de mim
é todo mundo;
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.
Uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.

Uma parte de mim
pesa, pondera;
outra parte
delira.

Uma parte de mim
almoça e janta;
outra parte
se espanta.

Uma parte de mim
é permanente;
outra parte
se sabe de repente.

Uma parte de mim
é só vertigem;
outra parte,
linguagem.

Traduzir-se uma parte
na outra parte
— que é uma questão
de vida ou morte —
será arte?"

Ferreira Gullar - "Traduzir-se"


quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

OUTOS POEMAS DE ELZA CUNHA


Meus Filhos

Minha filha é dádiva,
que alimenta minha vida.
Sua preocupação tão viva,
que, me sinto protegida.

Meus filhos, felicidade
que sustentam meu viver.
Transmitem tanta bondade,
difícil eu descrever.

Filhos! Que a seiva do amor
em vocês, seja alimento.
Unidos, com destemor,
vencerão qualquer tormento.




Juliana (neta), Elza, Pedro, Vicente(neto)



A Minha Filha

( Em memória de Daoulah Maria)

Cai chuva impiedosamente,
e o frio enregela o ser.
Em aconchego premente,
meus filhos à mim vêm ter.

Quando juntinhos à mim,
já quentes do amor materno,
eu recordo o Querubim,
que há dias levou-me o Eterno.


Mas, ó! Que duro contraste

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

CONVITE




RECONHECIMENTO DE MÉRITO


GILCÉA ROSA DE SOUZA, É A POETA DAS COISAS SIMPLES

ELIANE QUEIROZ AUER, POETA TERNURA

FABIANI RODRIGUES  TAYLOR COSTA, A MAIS PREMIADA BRASIL A FORA 

MATUSALÉM DIAS DE MOURA, POETA MAGNO

WANDA ALCKMIM, POETA QUE CANTA O MAR.