Convivemos o dia a dia. Somos
mulheres, criaturas criadas à imagem e semelhança de Deus e ainda temos que
lutar lutas ingentes para conquistar nosso lugar ao sol ”que nasceu para
todos”.
Tanta gente pode até não ter o
valor indispensável, pode não ter as habilidades indispensáveis, no caso do
poder que o querem só pelo próprio poder, mas perseguem alcançar determinado
cargo, como se diz, com obstinação, “correm
atrás” e assim acabam conseguindo. “O silêncio dos bons é pior do que o grito dos
maus”.
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Maria da Penha (da Lei) |
Este tipo é mais frequente entre
homens, a mulher não deveria, mas é mais acomodada, contenta-se com o pouco que
conquista. Como bem disse, certa feita, a Senadora Maria Amélia que não volta
ao Senado, não tentou reeleição, por ter embarcado na canoa furada de Alckmin.
Disse ela: “a mulher uma vez que consegue dar-se bem no que faz, se acomoda, se
instala e fica ali quietinha”, “vendo a
banda passar.” Ela assim se exprimiu, especificamente referindo-se à militância
política, o candidatar-se. É verdade que há homens que preferem “não se meter
nessa bagunça”, mas certamente eles ainda são em grande maioria ocupando “cargos
top”.
Quase analfabetos muitos não se
dão conta da própria incapacidade, mas candidatam-se assim mesmo e acabam
ganhando e lá se vai mais um para um
mandato que requer competência, sapiência, tanta responsabilidade. Sem falar no
papelão do “porcaria de palhaço Tiririca”, que vendeu o mandato, se candidatou e se
elegeu de novo. Os paulistas ou estão “no fim da picada, ou sem alternativa”. O
mesmo pode ser dito do Estado de Alagoas que manteve Calheiros no cargo e eis
que ele não quer mais uma vez, “largar o osso”, pretende a presidência.
Ainda bem contudo, ainda bem,
muitas mulheres estão-se lançando à luta, ainda que poucas logrem êxito. As
próprias mulheres, nas quais se esconde até um pouquinho de inveja, preferem
manter os homens nos cargos e não reparam que se obrigam a seguir as leis que
eles editam, devem engolir em seco de como se vendem p. ex. para não deixar que
o Presidente da República seja processado, para aprovar malfazejos projetos de
lei, que veem a Constituição ser rasgada só para se exibir ou mostrar que tem
poder.
O que está acontecendo em Paris é
de fazer tremer. Da Espanha Zé Dirceu, o co-meliante mor, já mandou recado ao
Presidente Bolsonaro de que “aquela cadeira é quente”. Um futuro Ministro
enquanto falava, viu ameaça de morte, da parte de alguém que o ouvia. Só não
entendi porque imediatamente não foi conduzido, vez que ameaça é crime (art 147
do CP), mesmo que a vítima não se intimide. Como foi o caso.
A Igreja Católica propõe
“politicas sociais” como tema da Campanha da Fraternidade, busquemos sobretudo
as que beneficiam as mulheres, temos que dar a esse gênero a consciência do que
pode, do que sabe, do que deve fazer.
Mulheres, com poucas exceções, são
generosas e são as que melhor cuidam da prole, são mais sensíveis, sem ser
idiotizadas; são tão ou mais inteligentes que os homens, mesmo que não
ostentem.
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Margateth Tatcher |
Em nosso Estado, não conheço
nenhuma mulher que tenha sido Governadora, nunca as vi em maioria nas Câmaras
legislativas e no Senado, aliás, em número, são uma insignificância. Só tivemos
uma mulher Procuradora Geral de Justiça. Nunca uma mulher ocupou a presidência
da Associação do Ministério Público. As promotoras e juízas começam a se
emparelhar, mas na verdade quem ainda fala mais alto são eles. E o pior: elas
assim o querem, assim o preferem, ou malgrado tudo, se omitem, já que sendo
absoluta maioria como cidadãs, poderiam protagonizar mediante os maiores
destaques, ocupando todos os espaços, todas as fases da história.
Eles ocupam o maior número de vagas
como professores universitários,
enquanto só elas são encontradas nas creches e nos primeiros anos de escola onde
brasileirinhos(as) iniciam sua preparação para a vida, as Professoras.
Quem pensa que a Lei Maria da
Penha é novidade está enganado(a) ela é uma colcha de retalhos, seus
dispositivos foram pincelados de outras
existentes. Feminicídio? Transformaram uma agravante em tipo penal e de enrolo
em enrolo, seguimos enroladas.
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Maria Bernadette Lye |
Não podemos mais ficar assistindo
novela que não nos acrescenta nada. Não podemos ser “militantes de poltronas”, aquelas que
sentadas confortavelmente em casa, disparam “zaps” incríveis para todos os seus
contatos. Estão indignadas, mas não executam o que se canta com Zé Vicente: “se
é pra ir pra luta, eu vou, se é pra estar presente, eu tô, pois na vida da
gente o que vale é o amor”.
Por fim, afirmo que é coisa importante procurar
conhecer o programa de um partido político e
filiar-se, para ter voz e vez nas convenções, na vida e na
militância partidária.
Paro sem ter dito tudo, ciente de
que tudo de que falei é um tema. Estou
disposta a desenvolvê-lo. 2019 vem ai e com eles nossas lutas. Avante!
Marlusse Pestana Daher,