
Entrevistado no “Bom dia,
ES” o Secretário Estadual de Segurança disse
que no Rio de Janeiro, participara de um encontro com seus pares no Brasil. Em pauta, a forma de
todos agirem em consonância ou segundo os mesmos princípios. Tinham em vista o
horizonte nebuloso que já se vislumbra por aqui, por ocasião da Copa do Mundo.
E se bem entendi, a certa
altura do debate e ante o sentimento de tanta e tamanha fragilidade, seus
olhares se voltaram para o advento de uma nova lei em trâmite no Congresso que
irá ajudar o policial “no front”, a saber como se determinar, ante as prováveis
badernas que estão sendo projetadas, articuladas e que é difícil pensar que não
vão acontecer, daqui a alguns dias, enquanto a bola rolar.
Causou-me imenso mal
estar, pensar que caso não tenhamos a tal lei e ele mesmo falou da exiguidade
do tempo para que seja votada e sancionada, estamos todos inexoravelmente
condenados a subir todas as consequências dos mal intencionados descritos acima,
ou constrangidos a nos fecharmos nas nossas casas. Segundo o mesmo secretário, o novo texto
determinará como agir contra quem depreda o patrimônio público, contra o
agressor, contra os vândalos de toda sorte.
Qual mantra tenho
repetido: não precisamos de mais leis.
Com a legislação vigente no nosso país, temos todas as condições de inibir a
violência, prevenir contra a desordem, punir os transgressores e conceder a
todos o direito de viver sem medos.
Entre tantas dúvidas, uma
certeza: o que está acontecendo é consequência da desordem que começa na cabeça
de quem pode mais e que com tanto desgoverno, desgoverna o país e o povo. É verdade:
“se este governo governar o Saara, em breve lá, não teremos um único grão de
areia”.
Estamos marchando em
passos sempre mais rápidos e mais largos rumo ao caos irreversível. Agora, ainda
está em tempo. Coincidentemente, a sorte nos encontra em ano eleitoral, quando
é possível mudar o rumo da história que protagonizamos.
“O voto que não tem preço,
mas tem consequência”, é a arma poderosíssima da qual dispomos. Mudemos com ela
o curso da nossa história.
Sejamos corajosos,
tenhamos a audácia da aventura do novo, façamos do dia das próximas eleições, o
primeiro dia do resto de nossas vidas com a qualidade que merecemos.
Marlusse Pestana Daher
Escritora e Mestre em
Direito
24 de abril de 2014 18:05