Desde o início do
seu pontificado o Papa Francisco busca uma Igreja povo, do povo, para o povo. Igreja, verdadeiro
corpo místico de Cristo, o qual está em toda parte, do qual ninguém se possa
sentir excluído.
Nesse diapasão,
ressoam suas exortações onde quer que vá, sempre dirigidas a todos
indistintamente, traduzem sempre a consciência de representar Cristo na terra,
aquele que disse: “vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância”. Tem
procurado fazer-se um, entre todas as gentes. A saúde é débil, mas não o impede
de enfrentar distâncias. Em sendo esta sua tarefa, assume-a, sabe que lhe resta
cumpri-la.
No momento, desfilam em
nossas retinas sua última peregrinação a partir de Cuba, onde esbanjou
testemunho da misericórdia que até já o levara à proclamação de um jubileu
sobre o tema, a ter início no próximo 8 de dezembro.
Este Papa latino-americano
que com o seu pontificado, não diminui o, dos seus antecessores, está consagrado
de maneira fundamentada à Igreja da qual vem revolucionando costumes milenares.
Entende que pode prescindir do fausto do Vaticano, prefere um Fiat 500 a
carrões, e começa fazendo o que pede seja feito pelos pastores da igreja. A
Bispos, padres, seminaristas e religiosos, na catedral de Havana disse: “A
riqueza empobrece” a riqueza torna pobres (de espírito) enquanto a pobreza é o
“muro e a mãe” contra as mordomias”.
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Com o Ditador Raul Castro |
Condenou com veemência e clareza
“a sociedade do descarte ou da exclusão pedindo que a ela seja contraposta uma
sociedade que inclui, que torna capazes de dialogar e de cooperar seja do ponto
de vista religioso, social e politico, os velhos e os jovens. A esses últimos
conclamou: “espero que vocês, jovens cubanos, mesmo tendo pontos de vista
diferentes, caminhem juntos na busca da esperança, do futuro e da grandeza da
pátria”.
Esteve todo o tempo sob a
mira de opositores que puseram em dúvida sua catolicidade aos quais respondeu
simplesmente: “se quiserem, posso proferir o credo”!
“Habemus papam” não
somente o homem vestido de branco que aparece na janela do Vaticano para
abençoar o povo, mas um pastor segundo as necessidades da Igreja, povo de Deus,
nos dias que correm. Glórias a Deus!
Vitória, 05 de
outubro de 2015