A graça da libertação do pecado nos fortalece, pelo sacramento da
reconciliação e pelo mistério da celebração eucarística. Esta certeza e a
experiência de libertação abre a porta da fé e da confiança amorosa e filial em
Deus. Ao entrarmos por esta porta estamos no caminho do discipulado e da
santidade.
Trata-se de uma expressão da imensurável misericórdia de Deus. A palavra
misericórdia significa inclinar o coração. É a compaixão amorosa de Deus, e seu
propósito de nos levantar da nossa miséria e da escravidão do pecado.
A morte de Jesus é a perfeita misericórdia de Deus pela pessoa humana.
Ele morreu no abandono, no desprezo e na dor mais terrível, para que ninguém
jamais se sinta abandonado por Deus, nem na vida, nem na morte.
Mediante qualquer sofrimento que possamos apresentar, sempre podemos
ouvir Jesus que nos diz: Estou com você. Sei
o que você realmente está sentindo, passei por isto, tenho experiência própria eis
a razão e claro além de um Deus onisciente. Experimentei até o fundo a dor da
morte, ainda que de imediato sucedida pela glória da ressurreição.
O ser humano se deixa escravizar pelo pecado, mas pode-se libertar porque
quem está com Cristo é uma criatura nova.
Como hoje é quarta-feira, a celebração mais forte é aquela representada
pelo momento em que Jesus caminhando rumo ao calvário sob o peso de uma infame
cruz, encontra sua Mãe Santíssima que logo que de tudo soube, foi ao seu
encontro, sabendo o que devia acontecer.
Ela e Ele sabiam os detalhes daquele momento. Como Mãe, Maria poderia
desmaiar de dor, gritar, suplicar a Deus que poupasse seu Filho, mas não o fez,
porque sempre foi fiel ao sim que disse
na anunciação: “faça-se em mim, segundo a sua palavra”.
Vamos vivenciar aquele momento com as “procissões do encontro” como são
chamadas com a característica de que os homens saem de um lugar (em Jardim da
Penha sairão da Capela de Santa Clara) levando Jesus e de outro (Capela São
João Batista) as Mulheres levando Maria e se dá o encontro de dor terrível. (Na
frente da Matriz para a conclusão da grande celebração).
Deixemos a graça de Deus inundar o nosso espírito e o nosso coração e com
Ele ressuscitaremos para a vida das alegrias sem fim.