Muitos,
muitos mesmo já vêm afirmando: é inegável e evidente a contribuição das redes
sociais em favor das pessoas, pelo empoderamento do povo. O que cai na rede, em
pouco tempo atravessa fronteiras e incomoda ou alegra o destinatário.

Já
foi previsto na Constituição Federal que a assunção de um Juiz a cargo de
instância superior devia pressupor, notável saber jurídico e reputação ilibada.
Mas como muitas outras formalidades a conveniência derrocou com este e outros
preceitos, costumes, normas, com os mais diferentes valores éticos e morais.
Autoriza a se pensar que todos que vieram a ter sucessivamente tal atribuição
eram/são desprovidos de todos eles, dai como avaliar, se de tal coisa nada
sabe. E se pode falar no masculino, porque não era “coisa de mulher”. Quando se
pode falar no feminino, ai mesmo é que piorou.
Nada
menos que o Supremo Tribunal Federal, instância máxima do judiciário, guardião
da Constituição Federal, alicerce de todos os direitos e deveres de todos os
cidadãos, por exemplo, vem sendo achincalhado que é um horror. Ainda que se
deva evidenciar o velho princípio de que “toda regra tem exceção”, a Corte está
a carecer de tomada de um posicionamento que não ousa, mas está sempre a ditar
regras que caem na vala comum: se de decisão judicial somente se pode recorrer,
a quem fazê-lo? É verdade que existe uma OEA, mas apenas para certos casos,
como de violação aos direitos humanos, como foi o de Maria da Penha, quando o
Brasil foi condenado a editar uma lei capaz de coibir a violência doméstica.
Editou a lei, mas esqueceu que a violência doméstica é prolongamento da
violência da qual todas as outras se originam
e pouco adiantou.
Tem
ministro que faz pose, mas já está no lodo, tem ministro que acumula milhares
de processos nos escaninhos dos seus aposentos palacianos. Não houve hesitação
no conceder auxílio alimentação ao judiciário o que se estendeu ao Ministério
Público, que não precisam disto.
Muita
chefe de família avó sustenta filhos, netos, bisnetos, com o mínimo de sua
pensão. E querem mais, estão pugnando mediante subterfúgios pelo acréscimo dos
seus já robustos vencimentos. É cota para deslocamento de casa para o trabalho
o que fazem rodeados de seguranças e em carros oficiais, (tornando remotíssima
a possibilidade de que algum infortúnio lhes aconteça), mas os pobres vão de
ônibus lotado, sem nenhum conforto compatível com a dignidade humana, sujeitos à
bala perdida, abalroamentos, atrasos e tudo de mal, ao sistema bem inerentes.
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Título de eleitor de Getúlio Vargas |
Comungo
com o pronunciamento de alguns parlamentares que se voltam contra a reforma
trabalhista. Não se pode conceder um mês de férias dividido por três ao
trabalhador comum, enquanto outros têm dois meses. Ao magistrado um mês do
salário em caso de férias, aos demais, apenas 1/3 (um terço). Como conceder 5%
+ 5% + 10% e mais, ao salário do Magistrado podendo levá-lo a ganhar mais de R$
100.000,00 (cem mil reais) enquanto aqueles que mais penalizam ou não têm
acesso à justiça em consequência de um sistema injusto, precisam se virar com
apenas um salário mínimo?
Não
foi por acaso que já cantara Maria de Nazaré no seu Magnificat: “Ele depôs dos
seus tronos os poderosos e elevou os humildes”.
E
tudo isto decorre como queda de dominó, depois em efeito cascata. Chega aos
ouvidos dos integrantes de um poder que naquele outro seus componentes enchem
cada vez mais os bolsos. E ai vem a cobiça.
Mas
também devo esclarecer: quando no início do artigo falei em empoderamento
popular, longe estava de pensar que se estenda aos que se denominam militância como
aquela que mediante recompensa de incautos com apenas pão e salame se juntam para
defender São Lula da Silva, por exemplo. Estes formam sim, uma milícia cuja
arrogância deve receber o tratamento que merece. Desafiam tudo e todos, pensam que se podem sobrepor ao direito, à justiça, à ordem, e à lei, sempre inebriados pela
sede do poder que não souberam exercer e por isto lhes foi arrebatado, porque
ao invés de se colocarem a serviço da nação, “quiseram transformar a Nação no
seu projeto de poder”.
“Vocês
não sabem do que somos capazes” disse Lula em campanha pro Dilma. Realmente
ainda não sabíamos, ainda que suspeitássemos.
Por
tudo isto, a Nação (Nação é povo) deve-se compenetrar sempre mais de que é a
verdadeira detentora do poder, tal qual prevê a Constituição que é quem manda: Todo
poder emana do povo e em seu nome deve ser exercido, ainda que através de
representação e sobre esta representação se devem concentrar nossas ações,
nosso amor à Pátria, a construção de um país melhor para a presente e para as
futuras gerações.
Urge,
precisamos e devemos prosseguir com a mudança da classe política, extirpar dos
cargos públicos um por um dos que hoje os ocupam, servindo-se deles em proveito
pessoal.
Não
pensamos, nunca paramos para pensar: aplaudimos o que tem feito o Juiz Sérgio
Moro, mas talvez não saibamos e é pura verdade, juntos podemos infinitamente mais que
ele.
Marlusse
Pestana Daher Vitória, 16 de outubro de 2017 18:21