Entre
10 a 17 de novembro do ano passado, a Federação Internacional das Mulheres de
Carreira Jurídica realizou em Dakar, seu XXI Congresso Internacional sob o
tema: “Direitos Humanos como condição da paz”.
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Presidente Dilma Roussef |
Concluiu
que nos próximos três anos, todo seu operar há de ser com o objetivo de fazer
crescer “O Poder das Mulheres no Processo de Tomada de Decisões," leia-se,
na política.
Pelas
iniciativas que se veem em evidência, tal objetivo, formulado lá na África,
está em sintonia com o que, ainda que debilmente, se vem procurando e acontece
aqui e acolá.
Por
outro lado, cumpre reconhecer que a marginalização da mulher como acontece, é
devida a uma ainda não sepultada cultura encarnada no seio social, que relega
as mulheres a um patamar inferior, mesmo ante evidências ou provas de que
absolutamente nada deixam a desejar na realização de tudo que se propõem.
Registra
a organização internacional, União Interparlamentar, com sede em Genebra, na
Suíça: o Brasil ocupa a 146ª posição em um ranking sobre a participação das
mulheres nos Parlamentos em 192 países do mundo. Com inexpressivo 9%, perde
para Cuba, que conta com 36% de mulheres, no seu parlamento. Logo Cuba... pois
é!
Numa tentativa de reverter esse quadro, a Lei
12.034, de 29 de setembro de 2009, estabelece que o partido ou coligação para
concorrer aos cargos legislativos, deve apresentar pelo menos 30 % de nomes
femininos. Encontram dificuldades em satisfazer tal exigência, daí a corrida
que empreendem para fazer candidatas de
qualquer jeito, quando chega a hora.
Para isso, partido que se presa, até conta com
encantadores cujas flautas mágicas logram atrair mulheres, as quais, depois de
muitas promessas, são lançadas “sem eira nem beira” aos lobos, em campanha. O
que importa ao partido é que o percentual foi assegurado.
Realmente, uma boa ideia. Mister contudo, que o
quanto antes, se encontre o método adequado para que se tire melhor proveito de tal processo, se obtenha o melhor resultado. Temos nomes ligados
às diversas áreas que têm com que e podem colaborar expressivamente.
Importa escolher com eficiência os temas a serem
abordados, improvisar é péssimo. As mulheres capixabas de carreira jurídica já
foram convocadas, que digam logo presente.
Publicado em A GAZETA
17/02/2013