domingo, 5 de janeiro de 2020

POR UM BRASIL CIDADÃO


A República Federativa do Brasil compreende um território de 8.513.855 k². Foi o que aprendi com o Prof. Aroldo de Azevedo. Acostumamos a usar o nome Brasil, mas esquecemos ou ninguém nos alertou que vem precedido de dois outros e se completam.

República significa “bem comum” é o que pertence a todos, ou coisa pública. Não sei se você se defendeu algum dia contra alguém com a expressão “a rua é pública” e neste sentido demonstrava, embora sem a melhor consciência, de que era dono também e totalmente em igualdade de direitos na mesma permaneceria. Na República, é o povo que escolhe quem o representará nas diversas funções.

Fixemos esse primeiro conceito, vivemos em local que é pessoalmente nosso, mas é de todos e todos igualmente, como numa multidão que caminha, temos alguém à frente que não pode ser atropelado, atrás e não pode ter seu passo retardado, de cada lado, direita e esquerda, tem também e não pode ser invadido seu espaço.

E esta coisa pública não é administrada por todo cidadão, daí a responsabilidade de ter sensibilidade de aferir, de só entregar a cidadãos capazes e detentores dos respectivos  direitos civis, de bom  senso, à capacidade de administrar, de espírito altruístico, de não querer embolsar, saber escolher com critério entre duas coisas, com igualdade de importância, qual delas dado o exato momento em que acontecem, corresponde à melhor resposta, soluciona o que possa estar requerendo tal discernimento. Assim é inclusive com o que norteia os direitos fundamentais. Todos têm igual valor, mas a ocasião é que dirá qual dos dois, naquele caso, deve prevalecer.

Veja como as escolhas são fundamentais.

A expressão federação significa a reunião dos Estados e se diferencia de sua irmã confederação pelo fato de mesmo sendo dotada da representação dos três poderes  em termos de soberania, esta fica reservada somente ao país, à Nação que  é o povo todo, não só de um estado ou de outro pelos tantos motivos que conhecemos.  
Segundo preceito inaugural da Carta Magna a República Federativa do Brasil é formada pela união (atentem para esta palavra) indissolúvel dos Estados e dos Municípios e do Distrito Federal. Juntos irão formar um estado democrático de direito.
O estado democrático direito é o gargalo do problema. A Constituição elenca cinco: o primeiro é a soberania cuja defesa tem sido exercida máxime no governo atual que já cantou a pedra do caso Amazônia p. ex. “eles não querem preservar a floresta, mas estão de olho no minério abundante que vêm surrupiando por lá”. Do último se ocupam os mágicos politiqueiros que não abrem mão do que recebem e por meio de artifícios querem sempre mais. E será que se reelegerão, temo que sim.
A dificuldade, a desastrosa realidade fica por conta dos demais fundamentos II, III e IV.  A cidadania? A sede é de direitos, direitos, direitos e ai acontecem episódios como os registrados em hospitais e escolas, onde os profissionais são agredidos e vistos como escravos e não como servidores. Sendo cidadão o trem da cidadania não descarrilha. – Mas você se contenta com esmolas que não o tiram da miséria em que vive. “Para que trabalhar, recebemos cesta básica, etc.”
Ah a dignidade da pessoa humana! antecede tudo que se possa fazer ou dizer. Pelo que vivencio no contato com a população de rua entendo sempre mais que prefere a imundice, o desamor de si, o desprezo pelos seus corpos, viver assediando quem passa e ter uma fome sem fim. A falta de dignidade humana é o desconhecimento da própria procedência e a salvação operada na cruz por um homem que só fez o bem.
Depois vêm, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa. Todos dependem de políticas sociais que quando lembradas e a elas destinadas verbas expressivas, parcelas consideráveis foram parar em paraísos fiscais, como resultado de uma política “sem vergonha”.
Confesso que amo este País, amo esta Pátria, por isto escrevo é uma parte do que posso fazer, porque pode ser que quem ler tenha um lume a mais para decidir por integrar a luta, radicalmente, como por exemplo “pontapé no traseiro de quem já teve oportunidade de bem administrar e não o fez, que só pensou em reeleição, de tão incompetente e não saber governar, fez de sua bandeira o populismo, salva-vidas dos que não têm senso crítico. “Me poupem”.



Marlusse Pestana Daher