Se alguém pensa que por
ser mãe do Filho de Deus, Maria teve “vida mansa” engana-se. Sendo uma mulher
como todas as outras, elas estava sujeita a tudo a que todas as mulheres estão sujeitas.
Ou para usar as palavras
do Concílio, digamos: Maria viveu na terra, uma vida igual a todas as mulheres do seu tempo,
tendo que cumprir as mesmas tarefas que qualquer dona de casa cumpre, de
esposa, cuidadora do seu Filho, de lavar, de passar, de cozinhar.
Muitas vezes fazemos certas
afirmações, colocamos Maria num pedestal esquecendo-nos tudo pelo que ela
passou em todo o curso de sua vida, a partir do momento em que proferiu o Sim.
Foi um grande momento, porque em toda sua vida precedente, agiu na mais
perfeita e absoluta correspondência à graça Deus e não sem razão, todas as
gerações vão chamá-la bem aventurada.
É sabido que a única perturbação
sentida por Maria com os resultados do cumprimento do grande projeto de Deus,
manifestado a seu respeito, foi exclusivamente aquele do momento da anunciação
do Anjo. Sua humildade não entendeu o porque
de ter sido escolhida para ser Mãe de Deus. Mas é também verdade que toda dúvida
se desfez, quando o anjo esclareceu de como aconteceria, e ai, Maria se entrega
de forma plena e irrevogável: sou a serva do Senhor.
O momento do Sim uniu para
sempre a vontade de Maria à vontade de Deus, aliás, diz-se melhor dizendo que
sua própria vontade esvaiu-se, a vontade de Deus se tornou a sua. Nunca mais
Maria quis o que não fosse querido por Deus, nunca mais houve outra realização
protagonizada por Maria que não tivesse a chancela de Deus.
Quem é devoto de Maria,
ama como Maria, age como Maria, imita suas virtudes, só quer e só faz o que
Deus quiser.