quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

SOLENIDADE AMALETRAS




Eliezer Nardoto, Marlusse Daher, Jonas Bonomo, Eliane Auer
 
O Vice Presidente Eliezer Ortolani Nardoto



Alice Auer
Foi apresentada sua primeira publicação “Poesias de Natal”, que reúne todas as poesias dos participantes 1° Concurso Nacional de Poesias e que receberam certificados de participação, além de exemplares da mesma. São os poetas: Adriane Lima com a poesia, Era natal, Ana Stoppa, com Enlevo de Paz, Alice Auer (criança): O Natal, Benedito Costa Ferreira: Um Natal diferente, (3° lugar), Beti Martins: Natal de Esperança, Edilson Leão: Bendita seja nossa devoção, Hermes Israel Silva: Natal, Maria Aparecida Ramos da Silva: Cores de dezembro – (1° lugar), Jacinta Santos: Presente do Menino Jesus, Lauren Queiroz Silva (criança): Este é meu Natal, Lucia Narbot: Presente de Natal, (2° lugar), Mauricio de Oliveira: Sinos de Natal, Oliveira Rosa: Prendinhas de Natal, Tulho Martins dos Reis: Como pode? e Andra  Gabriela Prodea: - When a child is born.

Somente três, Alice, Lauren e Tulho são mateenses, pelo que os demais receberão livros e certificado pelo correio.  


ANO LITERÁRIO RUBEM BRAGA     

Eliane Auer é condecorada.
O segundo momento, entendido particularmente como abertura do Ano Literário Rubem Braga – AMALETRAS, consistiu na outorga da medalha Rubem Braga que nosso leitor já conhece.

A estudante do IFES, Dominique Auer, a convite, desenvolveu fala sobre a vida e a obra de Rubem Braga o que fez com brilhantismo.

Foram agraciados com a medalha: o aluno do IFES João Marcos Preato Deolindo pela sua classificação entre os melhores, na “Olimpíada Nacional de Língua Portuguesa”, realizada no ano de 2012; a Profª Adriana Pin, orientadora de João Marcos, e em reconhecimento ao mérito e ao destacado trabalho que vem desenvolvendo com seus alunos; a Profª  Nágila de Fátima Rabelo Moraes, também Profª do IFES, pelo trabalho desenvolvido no ensino de língua inglesa, propiciando e divulgando cultura; a Acadêmica Eliane Queiroz Auer que vem divulgando a AMALETRAS, pela idealização e coordenação do Projeto “Uma Poesia em cada árvore” no dia 21 de setembro de 2012, a exemplo do que aconteceu em diversas cidades pelo Brasil, inclusive, bancando custos; pela idealização e coordenação do 1º Concurso Nacional de Poesias desta Academia.

 
POSSE DE CORRESPONDENTES

 
Foram admitidas como correspondentes da AMALETRAS, as professoras Nágila de Fatima Rabelo Moraes e Adriana Pin. Ambas foram recepcionadas com reconhecimento ao valor intelectual, interesse pela cultura e empenho demonstrado pelo que muito poderão contribuir para o desenvolvimento da Academia e alcance dos seus objetivos.

Mediante afirmação das candidatas de fazerem próprios os objetivos da Academia, a Presidente lhes deu boas vindas.  

Posse das Correspondentes
Nágila de Fatima Rabelo Moraes recebeu sua insígnia do Acadêmico Eliezer Ortolani Nardoto, ocupará a cadeira n° 1 e tem como Patrono Jorge Amado. Por sua vez, Adriana Pin recebeu sua insígnia da Acadêmica Eliane Queiroz Auer, ocupará a cadeira n° 2 e tem como Patrona a nossa querida primeira ocupante da cadeira n° 5, Acadêmica Herinéa Lima Oliveira.

João Marcos, Adriana e Dominique
Um momento musical esteve a cargo de João Marcos que cantou e se acompanhou no violão.

Por fim, fez uso da palavra o Acadêmico Eliezer Ortolani Nardoto que também falou do seu livro “In nomine Domine”, a ser lançado em abril deste ano.

 

"A Poesia pode estar nos

amores ou nos chinelos, nas

coisas lógicas ou disparatadas".

Manuel Bandeira

 

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

SONHO DE MÉDICA


Chegadas ao quinto ano do curso de medicina, Bárbara e Stella, ambas com apenas 21 anos, endossando os respectivos jalecos brancos, cheias do sentido de que já são meio médicas, entram pela primeira vez, no hospital-escola onde passarão os próximos dois anos para a prática, tempo necessário que lhes assegura concretizar o que estudaram em livros, apostilas, artigos, laboratórios, em aulas, ouvindo conferências,  até a colação de grau.

Será aquele dia bonito em que por ordem alfabética, serão chamadas pelos nomes e rumarão ao  palco onde ocuparão seus lugares em assentos prévia e laboriosamente preparados. A oitiva do nome de cada uma, da multidão presente, parentes e amigos, ressoarão aplausos, até  “apitaço”, divisar-se-ão faixas alusivas, enfim, uma verdadeira festa que tem outros momentos, mas entre os quais se destaca o da colação-de-grau, quando erguem orgulhosamente o diploma que acabam de receber, posam com paraninfos, patronos e professores, sem nunca deixar que se apaguem dos lábios, o melhor dos sorrisos.

Entre saber e assistir e protagonizar como se dão os atos de atendimento a doentes de todos os tipos, há uma grande diferença, tudo acaba por se afigurar como extremamente novo. Os doentes se entregam aos cuidados delas que examinam, tiram do pescoço o estetoscópio, medem punhos, auscultam corações, enfim, procedem a tudo como sempre deve ser e finalmente emitem o diagnóstico.

Sempre juntas, entreolham-se com frequência, trocam ideias enfim, somam conhecimentos e dobram capacidades.

É um frenesi, máxime, em se tratando de hospital público. Na entrada, há sempre um general-comandado que fiscaliza e só à sua ordem, o paciente adentra corredores para chegar ao tal consultório que lhe foi indicado.

Mas há sempre o acontecer de uma exceção. Paciente grávida, entra correndo, vai logo lhes dizendo que já está em trabalho de parto. Antes de ser atendida, pergunta pelo WC que divisa, sem receber resposta, corre na direção, entra, nem fecha a porta e as duas ouvem um grito: “está nascendo”! Entreolham-se atônitas. Stella não hesita, acorre, antes que o bebê irrompa de todo, o segura e é de se imaginar a apoteose: uma mulher ainda sentada num vaso, elimina a placenta, se contorce, enquanto a  futura médica que sequer tivera tempo de colocar luvas, segura o bebê entre as mãos, ergue-o o mais que pode  e fica ali a espera de um médico para o corte do cordão umbilical.

E cerra-se a cortina do primeiro ato de uma vida.

Jaleco todo sujo, precisa ser trocado. Depois, mãos lavadas e desinfetadas, as duas visitam mãe e filho, foram cuidados e prontos para viver.

Seus corações saltitam de emoção e alegria. Viveram uma, entre tantas emoções que ainda vão vivenciar “no internato” e depois, no exercício quotidiano da profissão de Hipócrates.

Ser médico é lutar pelas vidas e dar vida a quem a tenha ameaçada.

De volta à casa, o assunto não podia ser outro: contaram orgulhosamente com riqueza de detalhes aos pais e aos familiares, a avós, (eu mesma ouvi de uma dessas) a outros colegas, a outras pessoas de sua convivência. E vibram!

O tempo vai passar, nem Stella, nem Bárbara olvidarão o dia em que uma mulher em trabalho de parto, adentrou a sala onde estavam e no banheiro em que precisou ir, nasceu o filho que esperava e que antes de cair dentro do vaso, foi erguido, por uma quase médica, como se ergue um troféu.

 

 

 

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

OCUPANDO-ME COM SUA RISADA

Quem me mandou deu ordem expressa: rir.


PIOR É QUE A GENTE PERGUNTA ASSIM MESMO...

1. Quando te veem deitado, de olhos fechados, na sua cama, com a luz apagada e te perguntam:
- Você tá dormindo?
- Não, to treinando pra morrer!

2. Quando a gente leva um aparelho eletrônico para a manutenção e o técnico pergunta:
- Ta com defeito?
- Não, é que ele estava cansado de ficar em casa e eu o trouxe para passear.

3. Quando está chovendo e percebem que você vai encarar a chuva, perguntam:
- Vai sair nessa chuva?
- Não, vou sair na próxima.

4. Quando você acaba de levantar, aí vem um idiota (sempre) e pergunta:
- Acordou?
- Não. Sou sonâmbulo!

5. Seu amigo liga para sua casa e pergunta:
- Onde você está?
- No Pólo Norte! Um furacão levou a minha casa pra lá!

6. Você acaba de tomar banho e alguém pergunta: (BOA)
- Você tomou banho?
- Não, mergulhei no vaso sanitário!

7. Você tá na frente do elevador da garagem do seu prédio e chega um que pergunta:
- Vai subir?
- Não, não, to esperando meu apartamento descer pra me pegar.

8. O homem chega à casa da namorada com um enorme buquê de flores. Até que ela diz:
- Flores?
- Não! São cenouras.

9. Você está no banheiro quando alguém bate na porta e pergunta:
- Tem gente?
- Não! É o cocô que está falando!

10. Você chega ao banco com um cheque e pede pra trocar: (MUITO BOA)
- Em dinheiro? ?
- Não, me dá tudo em clipes!



VOCÊ SABE QUE ESTÁ FICANDO LOUCO NO SÉCULO XXI QUANDO:

1. Você envia e-mail ou MSN para conversar com a pessoa que trabalha na mesa ao lado da sua;

2. Você usa o celular na garagem de casa para pedir a alguém que o ajude a desembarcar as compras;

3. Esquecendo seu celular em casa (coisa que você não tinha há 10 anos), você fica apavorado e volta para buscá-lo;

4. Você levanta pela manhã e quase que liga o computador antes de tomar o café;

5. Você conhece o significado de naum, tbm, qdo, xau, msm, dps, Cc, Cco,...;

6. Você não sabe o preço de um envelope comum;

7. A maioria das piadas que você conhece, você recebeu por e-mail (e ainda por cima ri sozinho...);

8. Você fala o nome da firma onde trabalha quando atende ao telefone em sua própria casa (ou até mesmo o celular !!);

Você digita o '0' para telefonar de sua casa;

10. Você vai ao trabalho quando o dia ainda está clareando e volta para casa quando já escureceu de novo;

11. Quando seu computador pára de funcionar, parece que foi seu coração que parou;

11. Você está lendo esta lista e está concordando com a cabeça e sorrindo;

12. Você está concordando tão interessado na leitura que nem reparou que a lista não tem o número 9;

13. Você retornou à lista para verificar se é verdade que falta o número 9 e nem viu que tem dois números 11;

14. E AGORA VOCÊ ESTÁ RINDO CONSIGO MESMO;

15. Você já está pensando para quem você vai enviar esta mensagem;

16. Provavelmente agora você vai clicar no botão ''Encaminhar''... É a vida...fazer o quê... foi o que eu fiz também...
 

 

 

 

 

 

 

 

domingo, 24 de fevereiro de 2013

TRANSFIGURAÇÃO DE JESUS

Transfiguração

O relato da transfiguração de Jesus nos motiva a dar um mergulho nas coisas que dizem respeito ao “alto” e, por isso, transcendem a nossa realidade terrena e nos levam também a experimentar a glória do céu. Contudo, de antemão nós percebemos que só poderemos fazer esta experiência se partirmos de uma condição que é essencial para que tudo isto possa acontecer conosco: a vida de oração. O texto é bem claro: “Jesus subiu a montanha para rezar” e “enquanto rezava, seu rosto mudou de aparência e sua roupa ficou muito branca e brilhante”. A oração de Jesus abriu as portas do céu e fez com que fossem desvendados, por meio dos profetas, os planos do Pai para Ele, (pois conversavam sobre a morte que Jesus iria sofrer em Jerusalém). Do mesmo modo, em oração Jesus ouviu a voz do Pai dizendo ao mundo que Ele era O Seu escolhido e O Seu Filho muito amado. Com certeza, aquele foi um momento especial para Jesus e para a missão a que Ele se propunha realizar.

Os Seus discípulos ficaram com medo e se assustaram com a manifestação vinda do céu, não entendiam nada. Eles se confundiam na percepção dos mistérios do céu, pois não tinham o alcance das coisas espirituais, visto que ainda não possuíam o Espírito Santo. Nós, porém, já temos o Espírito Santo! O que pode significar isto para nós? Significa que, assim como Jesus subiu a montanha para rezar e receber do céu a orientação do Pai, nós também podemos fazer o mesmo para ter a visão das realidades celestes, se nos entregarmos às sugestões do Espírito Santo. O nosso momento de oração nos é propício para que entremos em sintonia com a vontade do Pai para nós e, ao mesmo tempo, acolhamos o Seu amor por meio do Espírito Santo que opera dentro do nosso ser. Em oração nós conseguiremos também a graça de sermos instruídos acerca da missão que o Pai tem para nós e sentir a Sua glória aqui na terra que consiste num estado de bem aventurança. É uma visão espiritual e acontece dentro do nosso coração. São sinais dessa experiência: paz, alegria, amor, tranqüilidade, contentamento, ternura, consolo, aconchego, coragem, destemor, confiança, esperança. Precisamos alimentar em nós esse desejo de transcender às coisas que nós vemos e tocamos a fim de percebermos que o “tempo esconde o que é eterno”, isto é, que a nossa limitação humana pode está nos impedindo de “ver e sentir” as aspirações de Deus para nós. E mais ainda, devemos ter os ouvidos em sintonia com a Palavra do Pai, pois por meio Dela Ele também diz a cada um de nós: “você é meu filho, minha filha, escolhido, escolhida e muito amado, amada”.

Com certeza, foi o amor que tornou o rosto de Jesus resplandecente. Enquanto estava rezando, ele entra em contato com o Pai, e o amor entre eles é tão grande que chega a alterar a aparência de Jesus. Os três apóstolos que o acompanhavam certamente ficaram perplexos ao verem esta mudança. E ainda mais quando viram que “dois homens conversavam com Jesus: Moisés e Elias”. Moisés, que guiou o povo de Israel da escravidão do Egito à libertação dada por Deus; e Elias, que foi assunto ao céu numa carruagem de fogo (2 Rs 2,11). Os dois, que representam toda a história de Israel, aparecem na montanha para conversarem com Jesus. Mas, qual era mesmo o assunto da conversa deles? “Conversavam sobre a morte que Jesus iria sofrer em Jerusalém”. Eles falavam da paixão de Jesus, o que estamos, neste tempo de Quaresma, nos preparando para celebrar.

Entretanto, quando os apóstolos perceberam que Moisés e Elias estavam se afastando, Pedro faz uma bela proposta: “Mestre, é bom estarmos aqui! Vamos fazer três tendas! Uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias”. Pedro tem razão: deve ter sido muito bom mesmo estar ali imersos na luz do amor entre o Pai e o Filho, escutando o diálogo com Moisés e Elias. Era tão bom que Pedro queria que aquele momento nunca acabasse. É por isso que ele propôs fazer três tendas. Normalmente, quando as pessoas vão a uma montanha para acampar, ou seja, querem passar mais tempo lá, levam e armam suas barracas.

Porém, enquanto Pedro fazia a sua proposta, saiu uma voz do céu com outra indicação: para saborear aquele momento extraordinário, não era preciso armar as tendas, mas ter um coração atento para ouvir a Palavra de Jesus. De fato, o Pai diz: “Este é meu Filho, o escolhido. Escutai o que Ele diz”. Não faz muito tempo que ouvimos a mesma declaração no Batismo de Jesus. E este é um detalhe muito interessante, pois o Pai está dizendo que aquele Filho que começou o ministério no Jordão é o mesmo que está prestes a morrer crucificado. A força da voz do Pai deve ter sido um dom belíssimo para os apóstolos, a ponto de não quererem falar por muito tempo este episódio, guardado no coração.

A força da voz do pai deve ter sido um dom belíssimo para os apóstolos, a ponto de não quererem falar por muito tempo este episódio, guardado no coração: “Escutai!” Escutar! É a melhor maneira para se preparar para a Páscoa: escutar a Palavra que Jesus veio nos dar. Escutar com os ouvidos, mas, sobretudo, escutar com o coração. Só assim podemos ficar com o nosso rosto transfigurado. Infelizmente, hoje, o rosto de Jesus aparece mais desfigurado que transfigurado. Desfigurado em tantos rostos humanos por causa da pobreza extrema. Jesus sofredor aparece desfigurado no rosto de crianças doentes, abandonadas, desfrutadas; no de jovens desorientados, perdidos; no dos excluídos da sociedade; no de desempregados, no de idosos abandonados até mesmo pela família. São muitos os desafios que os missionários de Jesus têm de enfrentar. Coragem!

É assim que você se sente? – Você já percebeu em você mesmo (a) os sinais da presença de Jesus? – Você tem subido a montanha para orar? – Como tem sido os seus momentos de oração?

Padre Bantu Mendonça

 

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

ANO LITERÁRIO RUBEM BRAGA


2013 ano comemorativo do centenário do cronista capixaba RUBEM BRAGA.
 
A AMALETRAS, Academia Mateense de Letras, também comemora  ano literário com o nome do ilustre conterrâneo. 
Para tanto instituiu uma medalha com seu nome e com ela vai agraciar pessoas que se destacam na literatura e nas artes.

UMA MULHER PAPISA, QUE TAL?

CEBI

E se o Papa fosse uma mulher? Dirceu Benincá

Quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013 - 16h50min


"Não soaria absurdo que uma mulher fosse Papisa, como não o seria que outras mulheres tivessem o direito a ser cardeais, bispas, sacerdotisas, diaconisas... Não seria absurdo que a Igreja fosse mais democrática em todas as suas instâncias e possibilitasse direitos iguais entre homens e mulheres. Direitos não só de presença e de coordenação de alguma pastoral, mas de decisão e ocupação das mais diversas funções na hierarquia", escreve Dirceu Benincá , teólogo e sociólogo.
Sobre Leitura Feminista da Biblia, conheça O belo, as feras e o novo tempo, Exegese Feminista e outros livros.
Eis o artigo.
A notícia da renúncia do Papa Bento XVI tomou o mundo inteiro de surpresa. O caso inusitado provocou pronunciamentos, manifestações e reflexões em diversas direções. Umas demonstrando tristeza, outras incompreensão, outras ainda alegria pela atitude humana, prudente e coerente do Papa. As razões oficiais apresentadas e aquelas eventualmente não anunciadas, mas que teriam contribuído para essa decisão, estão a merecer ampla análise no mundo católico e fora dele.
O fato adquire contornos e impactos especiais por se tratar de uma instituição milenar com forte tradição em torno da figura do Papa. O exame dos caminhos trilhados pelo papado na Igreja, sobretudo pelos últimos papas, e, especificamente a análise do perfil, da trajetória e do legado de Bento XVI, vem acompanhado de especulações, previsões e expectativas acerca de quem será o novo Papa. Neste sentido, entre outros importantes artigos, destaco um escrito pelo especialista no assunto, o teólogo Leonardo Boff, intitulado “Que Papa esperar que não seja um Bento XVII?”
Diante dos fatos e das circunstâncias, é fundamental refletir sobre a estrutura da Igreja tendo por base as primeiras comunidades cristãs. A propósito, o título deste texto traz uma provocação estrutural. Creio não ser possível pensar a função do Papa desvinculada da estrutura da Igreja e do contexto de modernidade avançada em que nos encontramos, com seus múltiplos desafios. O Papa é um elemento constituinte da conjuntura da Igreja, mas, ao mesmo tempo, com poder para fomentar a manutenção ou a alteração de bases estruturantes da própria Igreja.
Na atual estrutura eclesial parece inconcebível, por exemplo, imaginar a possibilidade de termos no comando geral da Igreja uma mulher. Não se trata de discutir o desejo, as condições ou a capacidade de alguma mulher no mundo ser Papa, ou, no caso, Papisa. O fato seria inédito, a não ser que a Igreja admitisse como realidade e não como lenda a existência da Papisa Joana da Idade Média. Então, ao sair fumaça branca na chaminé do Vaticano, a Igreja poderia proclamar de maneira amplamente inovadora: Habemus Papisa.
O que pode parecer algo totalmente fora de cogitação ou em pleno desacordo com a doutrina, não seria, contudo, um absurdo ou uma aberração. Não mesmo, ainda mais em se pensando na quantidade de mulheres que fazem a Igreja acontecer na prática. Não seria absurdo também se considerássemos a necessidade da Igreja, enquanto instituição histórica, caminhar no compasso do mundo moderno, que garantiu às mulheres direitos políticos, sociais, econômicos, culturais.... Que lhes possibilitou não só o direito de votar, mas também de serem eleitas para os mais altos postos, inclusive da Presidência de Estado.
Não soaria absurdo que uma mulher fosse Papisa, como não o seria que outras mulheres tivessem o direito a ser cardeais, bispas, sacerdotisas, diaconisas... Não seria absurdo que a Igreja fosse mais democrática em todas as suas instâncias e possibilitasse direitos iguais entre homens e mulheres. Direitos não só de presença e de coordenação de alguma pastoral, mas de decisão e ocupação das mais diversas funções na hierarquia. Do mesmo modo, a muitos já não parece absurda a superação do celibato obrigatório e a recondução de padres casados a funções ministeriais para animar a vida das comunidades e dos diferentes serviços pastorais.
Não seria absurdo igualmente que os papas e, eventualmente, as papisas fossem eleitos por um período não superior a dez anos, como exemplificou ser possível o próprio Bento XVI. Se a um bispo, que lhe cabe uma responsabilidade infinitamente menor que a de um Papa, é exigido que entregue a função de titular de sua diocese aos 75 anos, porque não aplicar o mesmo princípio ao Papa? Essa contradição exige, logicamente, que os papas ou papisas eleitos sejam mais jovens. E isso não soaria nada absurdo, já que o somatório de idade traz consigo uma série de limites humanos.
Ainda não seria absurdo imaginar que os futuros papas ou papisas fossem escolhidos em forma de rodízio, contemplando cada vez um continente ou região do mundo católico. Ter-se-ia, assim, uma real expressão de colegialidade, democracia e dinamismo na Igreja. Se, em tese, todos os cardeais têm o mesmo poder de representação, tal ideia não incorre em absurdo e inconveniente. Afinal de contas, a democracia e a representatividade não é um valor de menor importância para a sociedade e para as nações em geral. Por que haveria de sê-lo para a Igreja de Cristo?
Enfim, não se constitui em absurdo que a Igreja dê um ou vários passos adiante, sem, contudo, desviar-se de sua mais nobre missão que é contribuir na construção do Reino de Deus. A opção preferencial pelos pobres, a espiritualidade profético-libertadora, a promoção da dignidade e da fraternidade humana, o fortalecimento da justiça, da paz e da igualdade e o cuidado com a Mãe Terra estão em perfeita sintonia com os vários desafios estruturais que a Igreja tem à sua frente. Se, um dia, uma mulher chegar a ser Papisa, quiçá tenhamos enfrentado também outros importantes desafios. Avançar nessa direção: eis a grande questão...


Instituto Humanitas Unisinos (IHU)
CEBI - Centro de Estudos Bíblicos
www.cebi.org.br

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

ARTICULAÇÃO


rumo ao sistema de participação?
Ana Claudia Chaves Teixeira
Clóvis Henrique Leite de Souza
Paula Pompeu Fiuza de Lima*


As entidades e movimentos reunidos em torno da Plataforma da Reforma Política já alertavam, desde 2006, que o pouco diálogo entre os espaços dos conselhos e das conferências estava reproduzindo a fragmentação das políticas públicas. Com seu caráter majoritariamente consultivo, setorial e distante das decisões econômicas, a avaliação era de que conselhos e conferências pouco estariam influenciando e controlando as políticas públicas. Por isso, uma das bandeiras da Plataforma - mesmo sem entrar em detalhes - era um sistema integrado de participação popular nas políticas públicas.      

Como já afirmamos em artigo anterior, o governo Lula contribuiu para o aumento do número de conselhos e conferências nacionais. De alguma forma, disseminou-se em vários Ministérios a ideia de criar sistemas participativos por políticas públicas, muito impulsionados – é importante dizer – por lutas e bandeiras da sociedade civil. Alguns lograram essa meta, como a área de Segurança Alimentar, e outros sistemas estão se constituindo. Ao analisarmos as resoluções das conferências nacionais encontramos que em pelo menos outras nove áreas de políticas, há propostas de criação de sistemas: cidades, cultura, segurança pública, pessoa idosa, educação, juventude, esportes, ciência e tecnologia e direitos humanos. E no caso da cultura, a lei que cria o sistema foi aprovada recentemente pela Câmara dos Deputados***. Ou seja, a ideia de criar sistemas de políticas públicas com canais de participação (como conselhos e conferências) parece ser hoje uma das grandes alternativas para a descentralização administrativa.                

Outras políticas criaram conselhos e conferências com o mesmo tema, mas ainda não falam de um sistema participativo ou deliberativo. Este artigo vai discutir em que momento nos encontramos no debate sobre um sistema de participação e quais os principais desafios que ainda temos pela frente. Nesse sentido, duas iniciativas merecem destaque no debate sobre um sistema de participação.     

Em 2010, no fim do Governo Lula, foi levantada uma discussão a respeito da necessidade de regulamentação das políticas sociais em desenvolvimento no país. Chegou-se a falar na formulação de um projeto de lei chamado "Consolidação das Leis Sociais". A proposta incluía garantir em lei o funcionamento de mecanismos de participação social no processo de elaboração das políticas públicas, como conselhos e conferências.

A ideia não foi para frente. Além de ser um ano eleitoral (quando dificilmente o Congresso Nacional teria tempo hábil de discutir e aprovar a proposta), ela foi alvo de questionamentos pela possibilidade de engessamento das ações sociais. Afinal, soluções adequadas em um momento poderiam não ser pertinentes quando a situação se alterasse e o detalhamento legal poderia impedir inovações.           

Em 2011, a Secretaria-Geral da Presidência da República elencou como uma de suas prioridades a constituição de uma Política e de um Sistema de Participação. Em novembro de 2011, foi realizado, por esse órgão, um seminário nacional com a presença de mais de 350 participantes para elaborar propostas para um Sistema Nacional de Participação Social, a ser implementado até 2014. Além disso, foi rearticulado o Fórum Governamental de Participação Social, espaço voltado aos gestores federais para a discussão de questões relacionadas ao tema.     

Mas como pensar um Sistema de Participação em um país como o Brasil? Quais são de fato os sistemas de participação já existentes (que já articulam instâncias participativas diversas) e o que é possível aprender com eles? Quais são os espaços onde potencialmente poderia haver maior integração?  

O que são sistemas de políticas públicas com participação?           

Em geral, os sistemas de políticas públicas dizem respeito a como atribuir responsabilidades e distribuir recursos públicos entre os entes federativos, procurando responder à questão sobre como deve se dar a descentralização naquela área. Em uma pequena parte desses sistemas, há a previsão de criação de conselhos em todos os níveis da federação, e conferências do nível local ao nacional com certa periodicidade. O que parece estar em jogo aqui é que as conferências seriam espaços mais abertos à participação e mais eventuais, enquanto os conselhos espaços mais permanentes, e mais fechados a alguns participantes. E, segundo as leis que criam esses espaços, seria desejável que as duas instâncias se articulassem de alguma forma. Em uma pequena parte das áreas de políticas - como assistência social, saúde e segurança alimentar – já há a previsão legal dessa articulação.           

No caso da Saúde, o sistema mais antigo (desde 1990), a lei 8.142/90 instituiu o conselho e a conferência como instâncias colegiadas nos diferentes níveis do Sistema Único de Saúde (SUS) e explicitou o caráter permanente e deliberativo do conselho. À Conferência coube “avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes” e ao Conselho a atribuição de “formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros” (lei 8.142/90).        

No caso da assistência social, o Conselho e a existência de Conferencias precederam o sistema legalmente construído. Em 1993, foi aprovada a Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) que trouxe mais elementos ao redesenho institucional fortalecendo a gestão descentralizada e reafirmando a necessidade de articulação de ações em torno de uma política nacional. Já na LOAS, há menção aos Conselhos de Assistência Social como instâncias deliberativas do sistema descentralizado e participativo de assistência social, de caráter permanente e composição paritária entre governo e sociedade civil. Durante a 4ª Conferência Nacional de Assistência Social, em 2003, foi deliberada a necessidade da construção e implementação do Sistema Único de Assistência Social – SUAS, que seria o principal instrumento para dar efetividade a uma política pública de assistência social. Tanto a LOAS como o SUAS visam à gestão descentralizada e participativa da política. Em 2011, o conselho passou a ter como competência o encaminhamento das deliberações das conferências, sem dúvida, um avanço na gestão participativa da política.

Já na área de Segurança Alimentar, o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) foi criado em 1993, e desativado em 1995. Em 2003, no início do governo Lula, voltou a funcionar, e está garantido pela Lei Orgânica, de 2006, fazendo parte do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN). Inspirado nas deliberações das respectivas Conferências Nacionais, o Consea acompanha e propõe diferentes programas, como Bolsa Família, Alimentação Escolar, Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar e Vigilância Alimentar e Nutricional, entre outros. Tem por objetivo, ainda, convocar a Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, com periodicidade não superior a quatro anos, bem como definir seus parâmetros de composição, organização e funcionamento, por meio de regulamento próprio.      

O Conselho mudou de papel a partir do momento em que o Sistema foi criado, em 2006. Ele permaneceu como órgão de assessoramento da presidência, mas passou a ter um papel mais pro-ativo na articulação entre setores do governo. Houve um empoderamento também das conferências como lugar privilegiado para a formulação de diretrizes da política e decisão sobre formas de indicação dos representantes da sociedade civil. Houve também uma maior estruturação interna do Consea, com mais estruturas de apoio e de funcionamento (como secretaria executiva). Há grande ênfase na articulação, apostando-se na Câmara Interministerial, e na necessidade de articulação com outros conselhos, e incluem-se mais ministérios entre os representantes do governo.    

Vemos com os exemplos da Saúde, Assistência Social e Segurança Alimentar que a participação pode ser elemento constitutivo dos sistemas de políticas públicas. Os conselhos e as conferências, na medida em que existem em diferentes níveis da federação, podem ser parte da estratégia de articulação do sistema. Um dos desafios é justamente desenvolver arranjos institucionais capazes de garantir legalmente o espaço para a participação, mas também permitir a adaptação ao contexto político daquele setor. Outro elemento crucial é a articulação entre os próprios espaços de participação, seja em nível municipal, estadual ou nacional.

Para além dos sistemas previstos legalmente, quais politicas públicas estão – com alguma regularidade – fazendo conferências e mantêm um conselho nacional regular?  

Dentre os 59 conselhos nacionais existentes, menos da metade (para ser preciso apenas 24) têm conferências nacionais com o mesmo nome. Dentre esses 24 conselhos, se levarmos em conta quais áreas mais se abrem à criação de conselhos e conferências, e quais menos se abrem, foi possível perceber que a distribuição é muito desigual. Para melhor entender quais são as áreas de políticas que mais integram conselhos e conferências nacionais, agrupamos os ministérios em quatro áreas temáticas, a saber: Articulação Político-Institucional; Econômica; Infraestrutura e Socioambiental.    

A área de política que possui mais conselhos com conferências correlatas é a socioambiental. A classificação por áreas foi feita considerando os órgãos governamentais aos quais os conselhos e as conferências estão vinculadas. A área que menos possui esses espaços de participação é a área econômica. Isso corrobora a tese que circula entre as organizações participantes desses espaços de que há participação em áreas sociais, mas pouca participação em áreas econômicas e em decisões estratégicas como àquelas relacionadas à infraestrutura (energia, transportes etc.).        

Entre as possíveis formas de atuação do conselho na realização da conferência estão: a) o conselho coordena a conferência, b) o conselho é criado ou reformulado a partir da conferência, c) o conselho integra a comissão organizadora e, d) o conselho apenas participa da conferência. Não é preponderante, mas considerável, a proporção de conselhos que coordenam a conferência: 32%. Ao mesmo tempo, apenas três foram os casos de conselhos criados ou reformulados a partir das conferências. Ambas as informações sinalizam baixa institucionalização se consideramos o pequeno enraizamento das relações entre conselhos e conferências.

O que podemos perceber é que as vinculações entre conselhos e conferências nacionais ainda são frágeis. Considerando que somente 38% dos conselhos nacionais mapeados possuem conferências correlatas e que nem sempre esses se envolvem na coordenação da conferência, é possível apontar alguns limites à visão de que conselhos e conferências já fazem parte de um sistema deliberativo. O que existe é um potencial ainda não realizado.

Como se dá a articulação entre conselhos e conferências que a princípio tratam de temas próximos?


Se o potencial de integração entre conselhos e conferências de um mesmo tema ainda é pouco realizado, ainda menos existentes são as interfaces entre espaços participativos de diferentes políticas públicas. É nesse momento que se percebe que o modo fragmentado de funcionar do Estado também se repete nas instâncias de participação social. Ou seja, poucos ou quase inexistentes são os mecanismos formais de articulação entre conselhos de áreas correlatas. Em alguns casos, as conferências nacionais podem ser um instrumento de integração intersetorial, quando há a convocação conjunta de conferência que trata de temas relacionados a diferentes áreas de políticas, como a de Saúde Ambiental, que reuniu o Ministério da Saúde, das Cidades e do Meio Ambiente, com seus respectivos conselhos.     

A baixa articulação entre as instâncias de políticas públicas correlatas acaba por gerar sobreposições de pautas, agendas e representação nesses espaços participativos. Isso coloca em xeque a efetividade dos espaços, já que suas decisões não são apropriadas pelas instâncias executoras. Mais de um Conselho, por exemplo, pode deliberar sobre os mesmos objetos, pois há competências compartilhadas. E, na implementação das deliberações, não são observadas possíveis contradições. Existe, portanto, um desafio imediato quando se pensa a articulação entre conselhos e conferências que tratam de temas próximos: identificar os pontos de contato, como competências comuns, para buscar a sinergia nas ações.         

Um tipo de iniciativa que pode fortalecer a articulação entre colegiados de temas correlatos é a criação de Fóruns Interconselhos. O maior deles está sob responsabilidade conjunta do Ministério do Planejamento e da Secretaria-Geral, convocado com o objetivo de promover a participação no processo de elaboração e monitoramento do Plano Plurianual 2012-2015 e com a expectativa de desenvolver estratégias para o acompanhamento das ações de governo. Além dessa experiência, também houve a criação de Fórum Interconselhos para o monitoramento do Programa Brasil sem Miséria. Essas iniciativas estão sendo incentivadas pelo governo federal e podem ser vistas como oportunidades para a ação conjunta de conselhos, mas a rotatividade na participação, a baixa apropriação do espaço pela sociedade civil e a dependência de relatórios produzidos exclusivamente pelo governo para as ações de monitoramento das políticas transversais não nos permitem afirmar que esses fóruns, de fato, serão capazes de promover a participação empoderada de atores da sociedade civil.          

Quais seriam, então, as pistas para superar a fragmentação e o paralelismo?         


Como é possível perceber, falar em um sistema de participação no Brasil é um enorme desafio. Isso não se deve apenas à extensão territorial do país ou ao complexo arranjo institucional que distribui tarefas e recursos entre os entes da federação. O que percebemos é que mesmo em áreas com sistemas de políticas instituídos em lei há dificuldades de efetivação da articulação entre as instâncias participativas nos diferentes níveis da federação. Além disso, fica apenas como expectativa a real conexão entre conselhos e conferências, mesmo sendo espaços com grande potencial de articulação dentro de um setor de política pública. E, se dentro de um mesmo tema os espaços participativos não conversam, é possível sentir o silêncio entre áreas correlatas.

Conselhos e conferências são instrumentos participativos utilizados amplamente no Brasil desde o período da redemocratização, e difundidos mais amplamente no período recente. Dada a multiplicação das instituições participativas sem a esperada articulação entre elas, tem se debatido a necessidade de um sistema participativo no Brasil, do qual conselhos e conferências por políticas públicas seriam centrais. Nesse debate, além de pensarmos desenhos institucionais flexíveis e adequados às diferentes realidades das políticas públicas é necessário superar a fragmentação e o paralelismo nas instâncias já existentes.      

Para tal, o potencial de articulação entre conselhos e conferências poderia ser explorado buscando a complementaridade. Caberia, pois, deixar claro quais os papéis dos conselhos e das conferências nos sistemas de políticas. Nesse sentido, observar as distintas características de cada um dos tipos de espaços de participação seria fundamental na repartição de competências. Além disso, a interconexão explícita poderia trazer efetiva articulação. Por exemplo, o conselho poderia ser legalmente responsável por colaborar na organização da conferência, tendo assim oportunidade de construir a pauta desse amplo fórum de debates. Poderia também ser explicitada a função do conselho em acompanhar o encaminhamento das propostas formuladas nas conferências. Outras conexões poderiam ser buscadas em um setor de política pública, mas sem descuidar das interações com áreas correlatas. Nesse sentido, instâncias conjuntas entre conselhos ou mesmo conferências com temas transversais poderiam ser instituídas visando à integração.

Publicação: http://www.reformapolitica.org.br/artigos-e-colunas.html
 

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

MULHERES E PODER


Entre 10 a 17 de novembro do ano passado, a Federação Internacional das Mulheres de Carreira Jurídica realizou em Dakar, seu XXI Congresso Internacional sob o tema: “Direitos Humanos como condição da paz”.


Presidente Dilma Roussef
Concluiu que nos próximos três anos, todo seu operar há de ser com o objetivo de fazer crescer “O Poder das Mulheres no Processo de Tomada de Decisões," leia-se, na política.

Pelas iniciativas que se veem em evidência, tal objetivo, formulado lá na África, está em sintonia com o que, ainda que debilmente, se vem procurando e acontece aqui e acolá.

Por outro lado, cumpre reconhecer que a marginalização da mulher como acontece, é devida a uma ainda não sepultada cultura encarnada no seio social, que relega as mulheres a um patamar inferior, mesmo ante evidências ou provas de que absolutamente nada deixam a desejar na realização de tudo que se propõem.

Registra a organização internacional, União Interparlamentar, com sede em Genebra, na Suíça: o Brasil ocupa a 146ª posição em um ranking sobre a participação das mulheres nos Parlamentos em 192 países do mundo. Com inexpressivo 9%, perde para Cuba, que conta com 36% de mulheres, no seu parlamento. Logo Cuba... pois é!

Numa tentativa de reverter esse quadro, a Lei 12.034, de 29 de setembro de 2009, estabelece que o partido ou coligação para concorrer aos cargos legislativos, deve apresentar pelo menos 30 % de nomes femininos. Encontram dificuldades em satisfazer tal exigência, daí a corrida que empreendem para fazer candidatas de qualquer jeito, quando chega a hora.

Para isso, partido que se presa, até conta com encantadores cujas flautas mágicas logram atrair mulheres, as quais, depois de muitas promessas, são lançadas “sem eira nem beira” aos lobos, em campanha. O que importa ao partido é que o percentual foi assegurado.

Por outro lado, os mesmos partidos despertaram para um projeto: “Formação Política para mulheres”. Decidiram colaborar. Estão sendo realizados encontros com vista a preparar candidatas para as eleições.

Realmente, uma boa ideia. Mister contudo, que o quanto antes, se encontre o método adequado para que se tire  melhor proveito de tal processo,  se obtenha o melhor resultado. Temos nomes ligados às diversas áreas que têm com que e podem colaborar expressivamente.

Importa escolher com eficiência os temas a serem abordados, improvisar é péssimo. As mulheres capixabas de carreira jurídica já foram convocadas, que digam logo presente.
Publicado em A GAZETA
17/02/2013

domingo, 17 de fevereiro de 2013

SABEDORIA DE PARACHOQUES


1 - Já cheirei coca. É igual a pepsi...
2 - “Big brother” de pobre é buraco de fechadura.
3 - 100 pecado e 100 juízo.
4 - 70 me passar, passe 100 atrapalhar.
5 - 80 ção! 20 te ver!
6 - 80 ção! 20 te ver! 100 você, não sei viver!
7 - 80 ção, 20 te buscar, mas 100 pressa...
8 - A cal é virgem porque só lida com brocha.
9 - A ciência é infalível, quem se engana são os sábios!
10 - A confiança mata o homem... e engravida a mulher.
11 - A culpa é minha e a coloco em quem eu quiser
12 - A esperança e a sogra são as últimas que morrem.
13 - A fé remove montanhas, mas com dinamite é mais rápido.
14 - A fé remove montanhas...mas os ecologistas são contra.
15 - A mata é virgem porque o vento é fresco.
16 - A medicina não cura a dor da separação.
17 - A moça casa com o pão e morre de fome.
18 - A mulher foi feita da costela; imagine se fosse do filé!
19 - A mulher mandou escolher entre ela e o caminhão...sinto falta dela!
20 - A mulher que eu mais amo tem compromisso com meu pai.
21 - A mulher que se vende vale menos do que recebe!
22 - À noite, todas as pardas são gatas.
23 - A ordem dos tratores não altera os viadutos.
24 - A palavra é prata, o silêncio é ouro.
25 - A pior sexta-feira ainda é melhor do que a melhor segunda-feira.
26 - A primeira ilusão do homem começa na chupeta.
27 - A terra é virgem porque a minhoca é mole.
28 - A união faz açúcar.
29 - A única mulher que andou na linha o trem pegou.
30 - A velocidade que emociona é a mesma que mata.
31 - A vida é dura pra quem é mole.
32 - A vida é um barato, o pobre é que acha caro.
33 - Adultério: antes a tarde do que nunca!
34 - Água mole em pedra dura, tanto bate até que cansa!
35 - Água mole em pedra dura, tanto bate até que molha tudo.
36 - Água mole em pedra dura, tanto bate que acaba a água.
37 - Alegria de poste é estar no mato sem cachorro.
38 - Alegria de rato é ver a ratoeira quebrada.
39 - Ame o próximo. Mas não seja apanhado.
40 - Ame sua Pátria! Ela não tem culpa dos filhos que tem.
41 - Amigo disfarçado, inimigo dobrado.
42 - Amigo é como o sol, só aparece em dia bonito.
43 - Amigo é igual parafuso, a gente só conhece na hora do aperto.
44 - Amigo meu não tem defeito. Inimigo, se não tiver, eu ponho.
45 - Amigos vêm e vão, inimigos se acumulam.
46 - Amizade remendada é igual café requentado.
47 - Amo minha sogra... que Deus a tenha, amém!
48 - Amor de mulher é R EA L
49 - Amor de verdade vai além da cama.
50 - Amor é igual fumaça, sufoca, mas passa.
51 - Amor sem beijo é como macarrão sem queijo.
52 - Amor sem beijo é igual goiabada sem queijo
53 - Amor sem ciúme é flor sem perfume.
54 - Antes dava um boi para não entrar numa briga, hoje brigo por um bife.
55 - Antes de ferir meu coração, lembre-se de que você está dentro dele.
56 - Antes tarde do que mais tarde.
57 - Aproveite a vida, já é mais tarde do que você pensa.
58 - Aqui jaz a minha sogra: descanso em paz!
59 - As mulheres perdidas são as mais procuradas.
60 - As nuvens são como chefes... quando desaparecem, o dia fica lindo!
61 - Até burro pula a cerca se grama do vizinho é mais verde.
62 - Até você explicar que em briga de Saci não tem rasteira... danou-se!
63 - Baixinho só anda em trajes menores.
64 – Banguela não encurta o caminho, encurta a vida.
65 - Bater por traz é covardia.
66 - Bebo para esquecer, só não lembro do quê.
67 - Beijar mulher que fuma é como lamber cinzeiro.
68 - Beijo de mulher casada sempre tem gosto de chumbo.
69 - Beijo é igual cigarro, vicia, mas não sustenta.
70 - Beijo não mata a fome, mas aumenta o apetite...
71 - Bom de briga é aquele que cai fora.
72 - Cabeça de político e privada você sabe o que tem dentro.
73 - Cabelo ruim é que nem assaltante...ou tá armado ou tá preso.
74 - Cachaça e mulher: no começo é bom, depois só dá dor de cabeça!
75 - Cachorro mordido por cobra tem medo de lingüiça.
76 - Cada escola que se abre é uma cadeia que se fecha.
77 - Cada vez sobra mais mês no fim do meu salário.
78 - Calça jeans sem bolsos e mulher sem seios: a gente não sabe onde põe as mãos.
79 - Calúnia é como carvão: quando não queima, suja.
80 - Carro a álcool, você ainda vai empurrar um.
81 - Carteiro feliz é aquele que gosta de sê-lo!
82 - Casamento e caxumba, se não cuidar vai pro saco!
83 - Casamento é igual Av. Paulista: começa no Paraíso e termina na Consolação.
84 - Casamento não é bom. O diabo não se casou e Jesus morreu solteiro.
85 - Casamento pode ser eterno. Minha paciência não.
86 - Casei-me com a cunhada para economizar sogra.
87 - Castigo da bigamia: ter duas sogras.
88 - Cautela e caldo de galinha não faz mal à ninguém... só à galinha.
89 - Celular e celulite, todo bundão tem.
90 – Cemitério: o lugar onde o sono é mais profundo.
91 - Champanhe de pobre é sonrisal.
92 - Cheguei! Me apreciem sem moderação
93 - Cheiro branca... preta, loira, mulata, ruiva, amarela... cheiro até você!
94 - Chifre e dente só dói quando nasce.
95 - Chifre é igual dentadura: demora mas você acostuma.
96 - Chifre é igual dente de neném, só dói, quando nasce!
97 - Coceira na mão de pobre é sarna, na mão de rico é dinheiro.
98 - Como um maestro, a cada 100Km faço um concerto. (Dalton)
99 - Compra caminhão e usa sutiã só quem tem peito.
100 - Confie em Deus e não em candidato.
101 - Convencida eu? Não! Isso era antes, hoje sou perfeita. (Sonia Regina)
102 - Credor e devedor: o primeiro tem uma memória muito melhor.
103 - Cultura enriquece. Pergunte aos donos da escola.
104 - Dá aos pobres, empresta a Deus; empresta ao Governo, dá adeus.
105 - De bigode, nem gato.
106 - Dê férias para a língua, trabalhe com a cabeça.
107 - De onde menos se espera é que não sai nada mesmo.
108 - De pensar, morreu um burro, e, aposto que ainda não entendeu!
109 - Deixei meu coração no Rio, e também o relógio, cordão, carteira ...
110 - Depois que colocaram álcool na gasolina... Hic... carro anda soluçando.
111 - Detesto pessoas egoístas, se preocupam mais com elas do que comigo. (Paulo César)
112 - Deus abençoe as mulheres bonitas e, se tiver tempo, as feias.
113 - Deus cura, o médico manda a conta.
114 - Deus dá o juízo e a pinga tira.
115 - Deus deu a vida para cada um cuidar da sua.
116 - Deus é maior do que você merece
117 - Deus fez a mãe e o Diabo inventou a sogra
118 - Dinheiro de pobre parece sabão; quando pega, escorrega da mão.
119 - Dinheiro e mulher bonita, só vejo na mão dos outros.
120 - Dinheiro na mão de pobre só faz baldeação.
121 - Dinheiro não é tudo. Tem também o Credicard, Visa...
122 - Dinheiro não traz felicidade, mas acalma os nervos.
123 - Dinheiro não traz felicidade; manda trazer.
124 - Discurso é igual vestido de mulher, quanto mais curto melhor.
125 - Dívida pra mim é sagrada. Deus lhe pague.
126 - Divórcio é igual engenho, só devolve o bagaço.
127 - Dizem que dinheiro é coisa do diabo; mas, se quiser ver o diabo, ande sem dinheiro.
128 - Diz-me com quem andas e te direi se vou contigo.
129 - Doei todos meus órgãos: o coração já está em seu nome
130 - Duas coisas gostosas: uma embreagem macia e uma mulher carinhosa!
131 - Duas coisas matam de repente: vento pelas costas e sogra pela frente.
132 - Enquanto não encontro a mulher certa...me divirto com as erradas
133 - LULA é meu pastor...por isto estou pastando
134 - Mais vale chegar atrasado neste mundo, que adiantado no outro
135 - Na vida tudo é passageiro, menos o motorista e o cobrador
136 - Não roube! O governo detesta concorrência
137 - O chifre é como consórcio. Quando você menos espera, é contemplado
138 - Eu queria ser pobre um dia, porque ser pobre todo dia é duro.
139 - Qual o problema do Lula beber? afinal ele não sabe dirigir nada mesmo...
140 - Adoro comer perereca... mas vivo engolindo sapo.
141 - Agora estou fazendo a dieta da sopa... deu sopa, eu como!
142 - Beijo é igual ferro elétrico, liga em cima e esquenta em baixo.
143 - Chegou o caçador de perereca perdida.
144 - Cialisado, eu sou mais eu!