Ao
recitar orando a Salve Ranha invocamos Maria como “esperança nossa”. Essa invocação soa qual aquele grito: mamãe! que
sai dos lábios do filho pequeno quando se encontra em necessidade ou perigo,
ele sabe a quem deve apelar, sabe que a mãe, certamente, irá ao seu encontro e
o resgatará.
Do
mesmo modo, age a alma cristã desejosa de salvação, confia-se à intermediação
da maternidade segura da Mãe de Deus, invoca-a como esperança de salvação. Como
quem se confia a uma pessoa, porque tem um mínimo de convicção de que dela
receberá ajuda, trata-se de alguém influente, detentora de poder não gratuito,
mas conquistado, forjado ao transpor tempestades, ou que com a experiência da
própria vida se credenciou.
Maria,
seja pelos poderes que derivam do fato de ser mãe de Deus, seja pela experiência
amadurecida na dor, máxime com a morte do seu Divino Filho, penetrou no mistério
mais profundo do coração dilacerado de Deus, penetra também nos corações de
todas as mulheres e homes que sofrem nesta terra.
Por
isto, hoje está ao lado de todas aquelas mães e pais, familiares e amigos dos
jovens que se divertindo como queriam, encontraram a morte. Senhor, acolha todos entre seus braços.
Ela
sabe ter compaixão, ter pena e ainda mais, sabe sofrer junto. Em cada momento
de dor, em cada enfermidade, em cada angústia, Maria está sempre conosco,
amparando e valendo.
Por
desígnio de Deus, que a quis nossa Mãe, não foi poupada do sofrimento e até do martírio
da alma para que a salvação operada na cruz beneficiasse todos nós.
Muitas
são as invocações com títulos que cada um, se quiser, pode acrescentar e com ela denominar Maria. Esperança nossa é
uma certeza consumada.