Faz-se sempre mais necessário repensar o meio ambiente.
Um dia especial por isto lhe está consagrado! Trata-se do 5 de junho e se
comemora com mais ou menos ênfase ou eventos em toda a terra.
O quanto o meio ambiente seja coisa nossa, certamente,
ninguém mais pode pôr em dúvida. Reportando-nos a de onde vem, vamo-nos deparar
com um Deus, aquele que é o Senhor, nosso Senhor, se ocupando com ele,
criando-o com tal ternura, possível somente ao próprio Deus.
Assim é que, na abertura das Sagradas Escrituras, o
primeiro dos seus livros, o Gênesis, registra: "Deus contemplou a sua obra
e viu que tudo era bom. O Senhor Deus quando criou o homem, tinha plantado um
jardim no Éden, ao lado do oriente e colocou o homem nele. O Senhor fez brotar
da terra toda sorte de árvores de aspecto agradável e de frutos bons para
comer, um rio saia do Éden para regar o jardim e dividia-se em seguida em
quatro braços. O Senhor Deus tomou o homem e o colocou no jardim para o
cultivar e guardar".

Se por um lado, pode ser dito que em nenhum outro
tempo, houve tanta riqueza e tanta fartura no mundo, por outro, é inegável que
em nenhum outro tempo, houve tanta miséria, tanta degradação ambiental, tanta
poluição e tanta desarmonia neste mesmo mundo, o meio em que o homem vive.
O resultado foi que a situação se tornou de tal forma
gritante que finalmente começou-se a pensar numa saída que conciliasse
desenvolvimento econômico e preservação ambiental incluindo o fim da pobreza na
terra. "A humanidade de hoje tem a habilidade de desenvolver-se de uma
forma sustentável, entretanto, é preciso garantir as necessidades do presente
sem comprometer as habilidades das futuras gerações em satisfazer suas próprias
necessidades" afirmaram os que escreveram a Agenda 21.

Em nosso país, adaptada aos ditames da atual
Constituição, data de 1981, a Lei 6.938 que traça os rumos da Política Nacional
do Meio Ambiente e que tem como "objetivo: a preservação, melhoria e
recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País,
condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança
nacional e à proteção da dignidade da vida humana". Ela define o meio
ambiente como "o conjunto de condições, leis, influências e interações de
ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas
as suas formas". Como degradação da qualidade ambiental diz que é "a
alteração adversa das características do meio ambiente" e como poluição,
"a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que de forma
direta ou indireta, prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da
população; criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; afetem
desfavoravelmente a biota; afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio
ambiente; lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais
estabelecidos".

Neste meio, está o homem, agente reflexivo de suas
ações. Ao mesmo tempo que age, sofre em bem ou em mal, os resultados do que
faz.
Meio ambiente inclui a cidade com suas construções e
sua memória.

E por falar em ecossistema, eu sempre penso que se as
pessoas parassem e refletissem sobre o que é, não só cresceria seu respeito
pelo meio ambiente como passaria a ter por ele mais que um simples olhar de
contemplação sobre a beleza da qual é dotado. Haveria nada menos que
reverenciá-lo. Certamente, o mínimo gesto que o pudesse afetar seria reprimido,
ao menos muito pensado. É dolosa a ação que o agride.
São hediondos os crimes dolosos contra a vida. É
hedionda a conduta de quem não se compraz com o meio ambiente.
Um ecossistema é aquele meio, o mar, o mangue, a
floresta, onde os seres que o habitam se integram, se comunicam, repartem o que
são com todos, repartem não apenas o que os circunda, mas a própria essência, o
próprio ser; não vivem apenas por si, nem simplesmente deixam os outros
viverem, mas asseguram reciprocamente vida em comum, vida em plenitude, vida em
potencial. E não obstante as próprias diferenças, não importa que este seja
lama, enquanto aquele é crustáceo ou molusco; um é água o outro é raiz. A força
do ar e a luz do sol também vão-lhes ao encontro e quando são plenitude servem
ao homem indistintamente, mesmo àquele que o molesta.
Se quando olhas um ventre te enches de ternura, porque
ali um novo ser se faz, quando olhares o ambiente lembra-te que aquela vida vai
depender dele para viver em condições saudáveis. Se não tens coragem de
agredi-lo porque sabes que tua mão perturbaria a paz de quem nele se encontra,
poderia afetar seu vir a ser, antecipar uma hora que não é aquela da maturidade
da vida, do vir à luz, jamais também a uses de forma a agredir o meio ambiente,
em outro aspecto, ele tem igual sensibilidade; tua vida depende dele, em
proporção e intensidade muito maior do quanto com toda tua inteligência, por
mais brilhante que seja, possas imaginar.
A QUESTÃO É
A CASA
Sim, a casa! Aquele "eco" que vem do
grego "oikos" componente da palavra ecologia, quer dizer casa. Você
sabia?
A preocupação com a nossa casa fez surgir uma
consciência mundial da necessidade de todos os povos contribuírem na redução da
emissão na atmosfera, de gás carbônico considerado o principal causador do
"efeito estufa", que ameaça o aquecimento do planeta em até três
graus Celsius, em cem anos, derretendo geleiras, causando alterações
climáticas, repercutindo em ainda pior qualidade de vida dos que no futuro
viverão.
Buscando amenizar, realizou-se em Kyoto, no Japão,
(1997), uma conferência, no curso da qual ficou definido que os países mais desenvolvidos,
líderes, por ironia, na emissão desse gás, deveriam diligenciar para que entre
2008 e 2012 tal emissão esteja reduzida em uma média global de 5,2%. Feito o
cálculo do investimento respectivo resultou que são necessários bilhões e mais
bilhões de dólares.
Surgiu portanto um outro questionamento, quem vai
pagar a conta? E este foi, sem resultado satisfatório e sem unanimidade na
conclusão, objeto da Conferência de Haia, encerrada na sexta-feira da semana
que passou. O certo é que tem que ser feito. O desenvolvimento que já não se
concebe sem o qualificativo sustentável, impõe o encontro dos meios, é problema
de inadiável solução. E para dar continuidade ao debate, a VIIª Conferência se
realizará no Marrocos, já no próximo ano.
O Brasil foi representado por Fábio Feldman,
secretário executivo do "Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas".
Por Luciana (16) de Brasília e por Martim (15) de Pelotas. É consolante
constatar que as questões ambientais estão em pauta e são capazes de reunir gente
do mundo inteiro e de toda idade.

Há muito mais meio ambiente sendo degradado por
aqui, esperando solução muito mais urgente do que o entorno de Caparaó e não se
diga que faltam recursos, pois, pelo visto, quando a vontade é forte, o
dinheiro sempre aparece. Logo, não é por falta de recurso que não se faz.