terça-feira, 1 de maio de 2018

DIA DO SUOR DO TRABALHADOR

Homenagem ao trabalhador Daniel Gonçalves
Presidente PV São  Mateus -ES

Sempre será esta nossa BANDEIRA. 
O trabalho humano foi e sempre será a grande estrela na vida do homem, um homem sem trabalho é também destituído de outros direitos humanos e fundamentais, pelo que importa que aumentemos nossos esforços, mesmo ante a certeza de que a luta é renhida e que se podem repetir mortes, injustiças, toda sorte de aviltamento semelhante ao que aconteceu com “aqueles trabalhadores”.

Em 1886, Chicago se constituía no maior centro industrial do mundo e como é natural, absorvia expressibilíssima, ainda que “a preço de banana”,  mão de obra, condenando os trabalhadores a uma jornada de 13 horas, tornando suas vidas tormento insuportável. 

Dai que no dia 1° de maio daquele ano, milhares de trabalhadores, em distintos lugares saíram às  ruas para protestar e reivindicar entre mais a redução de 13 para 8 h a jornada de trabalho.

A reação do poder veio com a força policial ocorrendo inevitáveis confrontos e logicamente tendo como resultado mortos e feridos, certo que da parte dos trabalhadores. Eles não dispunham das mesmas estratégias nem das mesmas armas com as quais os vitimaram.
Trabaladoras do G.E. Amâncio Pereira
Provável década de 1950

Foi assim que o 1° de Maio se tornou “Dia do Trabalho”. Vieram documentos favoráveis, pronunciamentos de Papas, autoridades, partidos e até se transformou feriado universal para que tudo seja lembrado.  

Mas aqui não se trata de nos ocuparmos com a história, mas com os acontecimentos do momento que roubam o que de mais necessário tem a pessoa, sua própria dignidade.

O trabalho escravo não acabou acrescentado do infantil.

Só quem a exemplo dos povos indígenas por parte dos mais velhos não vê contada a própria história, não imagina ou sabe do comportamento de fazendeiros em relação aos seus trabalhadores.

Quem não sabe “das vendas” existentes nas próprias fazendas onde o trabalhador mediante vale, faz(ia) compras de víveres para a família? Nunca veem dinheiro em espécie. Nem se esqueça que os preços são bem mais “salgados”. Quantos, sem pagamento de hora extra,  trabalham jornadas superiores às normais, pode ser até que recebendo o salário mínimo, mas sem carteira assinada, sem que tenham sido pagas as obrigações sociais, pelo que terão negados os direitos que desse pagamento decorrem na hora que dele precisarem.

O trabalho dignifica o homem.  Observo aqui onde moro, quanto cresce a “população de rua”, homens em idade de labor, sujos, esfaimados, muitas vezes com a boca cheia de mentiras e olhares lacrimosos, para despertar no próximo compaixão pelo que não existe, que não merecem.


Pode ser que padeçam  o reflexo da canseira dos seus ancestrais que trabalharam duramente, enriqueceram patrões, venderam e ainda vendem sua arma sagrada do voto em eleições, inconscientes do reflexo que decorre de tal gesto.

Ai não se negue que a  primeira causa é a falta de trabalho, se o tivesse, vendo outros que progridem, haveriam de buscar igual sorte. As circunstâncias não favorecem e se transformam ainda em um maior peso social. Falta educação. Falta educação. Falta educação.

Certa vez ouvi alguém dizer “não há rico que tenha enchido os bolsos senão às custas do suor daqueles que para ele trabalhavam”.  Não ousaria generalizar, mas esta afirmação é como o boato o qual “tem sempre seu fundo de verdade”.
Enquanto a população sua, chora, passa fome e se atormenta, o fruto do seu trabalho finda em quase nada para comer, beber se vestir, ter onde morar.

O que é hoje nosso lugar? Um país que progressivamente vinha sendo assaltado, (ainda continua) enriquecendo poucos, fazendo o detentor do poder e seus aliados abarrotarem os bolsos. Dizer vergonha é pouco.

E de acréscimo, pobres de nós pela composição dos Poderes representativos da Nação.

É impossível compreender que uma senhora, D. Marisa Letícia,  só porque foi primeira dama do país tivesse tantos bens, tanta riqueza como os que foram arrolados no seu inventário. 

As pessoas que tiverem consciência, que, por exemplo, acreditam no Papa Francisco que vem ocupando todos os espaços e conclamando ao agir para que as coisas mudem,  “não podem cruzar os braços ou lavar as mãos como fez Pilatos”,  enquanto dispuser de qualquer sorte de capacidade ou habilidade para mudar o mundo, não pare. Vamos morrer lutando.

Nas próximas eleições escolhamos bem, vejam as novidades, pessoas que ainda que pequenos partidos, como o PV, vão apresentar.

Só não podemos quedar-nos imóveis ou nos constituirmos em “vaquinhas de presépio”  Cruz credo!


Marlusse Pestana Daher
1 de maio de 2018  15:49