A República Federativa do
Brasil compreende um território de 8.513.855 k². Foi o que aprendi com o Prof.
Aroldo de Azevedo. Acostumamos a usar o nome Brasil, mas esquecemos ou ninguém
nos alertou que vem precedido de dois outros e se completam.
República significa “bem
comum” é o que pertence a todos, ou coisa pública. Não sei se você se defendeu
algum dia contra alguém com a expressão “a rua é pública” e neste sentido
demonstrava, embora sem a melhor consciência, de que era dono também e
totalmente em igualdade de direitos na mesma permaneceria. Na República, é o
povo que escolhe quem o representará nas diversas funções.
Fixemos esse primeiro
conceito, vivemos em local que é pessoalmente nosso, mas é de todos e todos
igualmente, como numa multidão que caminha, temos alguém à frente que não pode
ser atropelado, atrás e não pode ter seu passo retardado, de cada lado, direita
e esquerda, tem também e não pode ser invadido seu espaço.
E esta coisa pública não é
administrada por todo cidadão, daí a responsabilidade de ter sensibilidade de
aferir, de só entregar a cidadãos capazes e detentores dos respectivos direitos civis, de bom senso, à capacidade de administrar, de
espírito altruístico, de não querer embolsar, saber escolher com critério entre
duas coisas, com igualdade de importância, qual delas dado o exato momento em que
acontecem, corresponde à melhor resposta, soluciona o que possa estar
requerendo tal discernimento. Assim é inclusive com o que norteia os direitos
fundamentais. Todos têm igual valor, mas a ocasião é que dirá qual dos dois,
naquele caso, deve prevalecer.
Veja como as escolhas são
fundamentais.
A expressão federação
significa a reunião dos Estados e se diferencia de sua irmã confederação pelo
fato de mesmo sendo dotada da representação dos três poderes em termos de soberania, esta fica reservada
somente ao país, à Nação que é o povo
todo, não só de um estado ou de outro pelos tantos motivos que conhecemos.
Segundo
preceito inaugural da Carta Magna a República Federativa do Brasil é formada
pela união (atentem para esta palavra) indissolúvel dos Estados e dos
Municípios e do Distrito Federal. Juntos irão formar um estado democrático de
direito.
O
estado democrático direito é o gargalo do problema. A Constituição elenca
cinco: o primeiro é a soberania cuja defesa tem sido exercida máxime no governo
atual que já cantou a pedra do caso Amazônia p. ex. “eles não querem preservar
a floresta, mas estão de olho no minério abundante que vêm surrupiando por lá”.
Do último se ocupam os mágicos politiqueiros que não abrem mão do que recebem e
por meio de artifícios querem sempre mais. E será que se reelegerão, temo que
sim.
A
dificuldade, a desastrosa realidade fica por conta dos demais fundamentos II,
III e IV. A cidadania? A sede é de
direitos, direitos, direitos e ai acontecem episódios como os registrados em
hospitais e escolas, onde os profissionais são agredidos e vistos como escravos
e não como servidores. Sendo cidadão o trem da cidadania não descarrilha. – Mas
você se contenta com esmolas que não o tiram da miséria em que vive. “Para que
trabalhar, recebemos cesta básica, etc.”
Ah
a dignidade da pessoa humana! antecede tudo que se possa fazer ou dizer. Pelo
que vivencio no contato com a população de rua entendo sempre mais que prefere
a imundice, o desamor de si, o desprezo pelos seus corpos, viver assediando
quem passa e ter uma fome sem fim. A falta de dignidade humana é o
desconhecimento da própria procedência e a salvação operada na cruz por um
homem que só fez o bem.
Depois
vêm, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa. Todos dependem de
políticas sociais que quando lembradas e a elas destinadas verbas expressivas,
parcelas consideráveis foram parar em paraísos fiscais, como resultado de uma
política “sem vergonha”.
Confesso
que amo este País, amo esta Pátria, por isto escrevo é uma parte do que posso
fazer, porque pode ser que quem ler tenha um lume a mais para decidir por
integrar a luta, radicalmente, como por exemplo “pontapé no traseiro de quem já
teve oportunidade de bem administrar e não o fez, que só pensou em reeleição,
de tão incompetente e não saber governar, fez de sua bandeira o populismo,
salva-vidas dos que não têm senso crítico. “Me poupem”.
Marlusse Pestana Daher