As novidades da internet ensejam boas surpresas, encontros com amigos, reencontros, enfim um pouco ou quase tudo que nos possa servir.
Ultimamente, certos nomes que assumiram novos sobrenomes (dos maridos) me teem chamado atenção. Aqui, encontrei Margarida Carneiro, ali, Lanusa Pontes, acolá, Tânia Cocciani, ou então Margarida Badin e várias outras. Confesso que de plano, ou à primeira vista em que me deparo com um novo nome não atino quem seja.
Depois é que surgem as constatações.
Margarida Carneiro é Magá de tio Antonico, aquele irmão do meu pai que bem mais novos, digamos que com pouco mais de trinta anos eram muito parecidos.
Foi assim que um dia, eu devia ter três para quatro anos, Verinha (que mora hoje al di lá), portanto tinha três e Évila dois anos. Papai estava viajando, ele foi de terno como era costume na época. Tio Antonico, nascido Antonio Daher, vestido num terno, aparece na nossa casa naquela visita cordialíssima (cordial de cordi = coração) para ver as meninas de Lelinho, irmão querido. Nós três nos aboletamos em suas pernas tendo seus braços nos segurando pelas costas e o festejamos como se fosse nosso pai. E ele ria divertido, com o nosso equívoco, um riso que me ancorou na lembrança e que hoje ainda é como se tivesse vendo.
Lanusa Pontes, ora é irmã de Letícia, que nasceram e viveram uma parte da infância no nosso São Mateus. Não se falava em Lanusa sem acrescentar Letícia e vice versa, eram bem unidas. As filhas de tia Naídes que era irmã de tia Itelina, casada com tio Antonico. Da família Fundão, posto que filhas de Ailton Fundão. Eu atinaria logo se estivesse escrito Lanusa Fundão, acrescido da ciência-coincidência ou não, que só conheci uma Lanusa durante essa minha vida.
Tânia Cocciani é a inesquecível Tânia Fundão, lá do meu São Mateus também o que ela não nega. Recentemente, publicou uma foto da curva do Rio Cricaré e afirmou é o mais bonito do mundo. Inesquecível pela exuberância do charme, pelos cabelos louríssimos, pela boca tinta em rubi, pela elegância do porte e por uma inequívoca capacidade de ressurgir.
Sem esforço de memória pode ser vista em lazer na praça, Praça de São Mateus. Essa praça fica em frente a Igreja do padroeiro São Mateus, o glorioso, não é Bento? A outra é a de São Benedito.
Margarida Badin, ora, ora, ora, é a Margot, filha de Lola e Danilo. É a primogênita de seis que como ela, ao nascer, receberam um nome próprio segundo o direito que assiste a toda pessoa, mas batizados imediatamente com um “codinome” do qual se encarregava o pai. Pelo que sei, os prenomes eram assunto de D. Yolanda, mas do apelido... deles Danilo não abria mão.
Assim, Margarida Maria é Margot, Miriam Regina é Miroca, Maria Auxiliadora é Salhá, Danilo é Papito (morria Pio XII, quando ele nasceu) Maria Inês é Marica, e por fim meio temporão é a vez do Demetrius que virou Juca.
São coisas da vida, acontecimentos, lembranças singelas, mas deveras bonitas e agradam.
Afirmo-o porque duvido que quem acaba de ler essa crônica, possa ter feito sem emboçar um sorriso, (enquanto sorria, lavava a alma e lavada a alma sorveu paz).