domingo, 2 de fevereiro de 2020

SAUDADES... SAUDADES? SAUDADES!

Ó Casimiro, eu não tenho saudades
“da aurora da minha vida,
“da minha infância querida,
“que os anos não trazem mais.

Se saudade é anseio de presença
de pessoas que amamos ou que perdemos
ou das quais tristes um adeus dissemos...
de coisas que nem sabemos onde deixamos.

Como hei de saudades ter,
do que já não pode, nem poderá
voltar a ser?
“Saudade é torrente de paixão
“emoção diferente”,
repercute ainda hoje na voz de Elizete (Cardoso).
E com ela concordo.

Emoção de diversas cores
de muitos sabores,
de muito sentir,
de sorrir e gargalhar,
de chorar e ver o pranto rolar.

De significado tão infinito
e motivação de muitos matizes,
por que continuar discorrendo hei de?

É assim esta tal de saudade
a qual me rendo por não saber
como e quando vou conseguir
sobre seu decantar ao fim chegar.

Canto, pois com Isolda
e com outros que em confissão,
também já cantaram
enlevados, encantados, de amor embriagados:
“Das lembranças que trago na vida,
“Você é a saudade que eu gosto de ter
“e assim, sinto você bem perto de mim,
“outra vez”



Marlusse Pestana Daher