quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

FELIZ ANO NOVO




Além de nome que tudo
que existe tem.
Para todos acontece antes o primeiro
e depois, um último invariavelmente vem.
Último nem sempre grato, alegre pode ser.
Último dia do ano, de 2019,
hoje, o último é.
Sendo 31 de dezembro, é também do ano
o último dia.

Para que chorar o último dia,
se amanhã já vem um primeiro.
Um ano findou? Alegre-se um novo se inicia,
traz esperanças de dias melhores,
de mais abundância, de fartura, de solidariedade,
de misericórdia, de banimento da hostilidade,
do não negar lugar ao perdão.
Por que o contrário pensar?

É que o novo traz sempre
a marca de um tempo melhor,
assim como uma nova vida concebida,
gestada, um dia vem à luz
ao seu redor tudo é esperança,
tudo e todos são só alegria.

Agradeço pelo ano que finda,
já se contam bem os que findaram.
Saúdo o novo ano cuja aurora
já diviso no olhar da minha imaginação
e com toda sinceridade me proponho:
o que mais quero é amar,
andar com um sorriso nos lábios,
repetir a muitos, eu amo você.

Quero abraçar o vendedor da padaria
que vem ao meu encontro
e oferece o pão de queijo
que acaba de sair do forno,
o pão de sal fresquinho,
o bolo de fubá que está uma delícia.
Ao seu ouvido dizer baixinho
entrelaçados num abraço correspondido,
só quero mesmo o pão.

Quero abraçar a lojista que me ajudou
a carregar tantas sacolas e arrumar no carro,
porque lhe ofereci carona,
até onde a pudesse levar.
ambas agradecidas nos despedimos
como se velhas amigas fossemos,
sem faltar a expectativa, o “quem sabe”?
porque tem duas filhas e que eu venha a conhecer.

Quero não negar pão a quem tem fome,
em sendo oportuno, igualmente, deixar de exortar
quem precisa e escolhe ser mendigo
por comodidade, a voltar para a própria casa,
diversos em verdade a têm.
Que não renunciem à própria dignidade,
para todos existe um lugar debaixo do sol.

Muitas são as oportunidades,
as razões de amar:
pode ser o simples ceder vez
para alguém sair com seu carro da garagem,
não avançar sinal, querer vencer
à custa do prejuízo do outro? Jamais.
E muito, muito mais.

Quero que ao se aproximar de mim
ninguém diga que se foi sem se sentir amado.
Quero ver a esperança que
ainda que em débil chama
aquece os corações, se torne realidade,
Uffa! Será que é demais?

Né não, viu, eu?
Então que eu goze de um feliz ano novo
de um 2020 de amor, de serviços e alegria,
de abraços e declarações de amor.
E que o seu, amadas e amados irmãos,
seja ainda muito melhor, que o meu.

Marlusse Pestana Daher

31 de dezembro de 2019 15h37min

Nota: fica registrado que se trata da minha última                                            produção literária em 2019 que foi pródigo. GRAÇAS A DEUS!