Marlusse
Pestana Daher
Quem
está levando a melhor são os donos de farmácia. Em Vitória, em apenas dois
quarteirões contam-se quatro farmácias, fora as outras nas ruas
adjacentes ou
paralelas, nos bairros vizinhos, muitas vezes ligados apenas por uma ponte. E
todas estão vendendo e muito. É impressionante ver a velocidade com que se
derruba uma casa e logo em seguida surge ali, uma charmosa farmácia. Raramente,
você não vê ao menos uma pessoa comprando remédios, somos uma população de
doentes.
Está suficientemente comprovado, programas específicos, médicos, outros
profissionais da saúde, repetem exaustivamente que a causa maior de todos os
males são as aflições que sentimos, os medos, as incertezas, os sofrimentos, a
violência generalizada e já não é só poético cantar: “o que será o amanhã,
responda quem souber, o que irá me acontecer... ninguém sabe responder”.
Depois
de ter posto o país a serviço do seu partido político, de ter privilegiado
obras faraônicas em outras terras, como se diz: “tirando o pão da boca dos
próprios filhos”, Lula e seus correligionários se mobilizam para tirar o
sossego da população com ameaça de guerra civil acrescentando como o cabeça
deles já o fez: “vocês não sabem do que somos capazes”. Sabemos sim, não
esquecemos a inconsequente mobilização de presas fáceis que agem tal como lhes
é determinado em troca “de pão com salame”.
Desatinado,
Lula não reconhece o vexame pelo qual, sua frustrada caravana passou nas andanças pelo nordeste,
onde ao invés de ser aclamado ouviu vaias, foi chamado de ladrão e gritos em
coro de “fora Lula”. E ainda quer mais: “jogar de goela abaixo” dos incautos, dos menos esclarecidos que os
processos a que está respondendo, num deles foi condenado, não passa de perseguição política. As asneiras
que já se ouviu desse senhor não têm medida e ainda tem quem o apoie. Com as
devidas desculpas, tenho gente que amo no meio,
não posso calar o velho adágio “o pior cego é aquele que tem olhos e se
recusa a ver, tem ouvidos e se recusa ouvir”
Entre
“loucuras” o ridículo acontece como foi a eleição e reeleição de um palhaço que
arrimou sua plataforma política na televisão, com ar de deboche: “vote no
Tiririca, pior do que está, não fica”. Ficou sim. Você leva para os shows
Brasil a fora, seu talento de humorista, mas leva também a imagem de um
ex-político que poderia ser menos desastrosa. Mentindo, você que nunca proferiu um discurso,
o fez já que se constitui em requisito do que você queria. Mentiu ao dizer que renunciava ao seu mandato desiludido com
a política, ao mesmo tempo em que na verdade leva para o resto da vida sua polpuda
aposentadoria com apenas sete anos “de
(de)serviço”. Queria ver a cara de cada um dos seus eleitores, mas estou certa
de que encontraria muitos na atitude de que “não estou nem ai”, não dando a
menor importância e rindo mais uma vez. O desfecho? O por quê? Ceder a vaga
para um corrupto desta e de outras eras.
Não
estamos num picadeiro e a vida não é palhaçada, cada uma das nossas ações ou
omissões têm consequências inimagináveis. É preciso começar a faxina de dentro
de nós, para que ao nos apresentarmos tentando preservar direitos, como no caso
da previdência, sejamos respeitados pelo que somos e não destratados como reles
ignorantes.
Só
mostrando a dimensão do nosso poder e da nossa estatura moral, provaremos ou
não permitiremos a quem está no poder esquecer que ele deve ser exercido em
nome do povo, em favor do povo. Em nosso nome, em nosso favor.
Escrevo
com coração trepidante, não sabemos o que vem por ai, não sabemos a que ponto chegará a loucura dos
lulistas, no dia de sua inevitável prisão. Quem já assistiu a tantos desatinos perpetrados,
tem ciência das atitudes inconsequentes dos tais “militantes”, dos sem terra. expressão incabível para a liderança que habita palácios.
Rezar
só não resolve. Deus alimenta as aves do céu, mas não joga os grãos nos seus
ninhos, eles têm que buscar. Igualmente nós e neste sentido oportuno lembrar
aquele outro velho adágio que diz: “Faça por onde que eu te ajudarei”. (Deus).
Vitória,
19 de dezembro de 2017 18:27