Escrevi este artigo em 2010. Menciono Kyoto, cujo protocolo acaba de ser insensatamente, abandonado pelo Presidente dos EEUU. Deixo como está também para que se façam comparações e se veja se alguma coisa mudou.
Porque hoje, 5 de junho, é Dia Internacional do Meio Ambiente.
![]() |
Caparaó |
![]() |
Casa de Pedra - Caparaó |
Sim, a casa! Aquele “eco” que vem do grego “oikos” componente da palavra ecologia, quer dizer casa. Você sabia?
A preocupação com a nossa casa fez
surgir uma consciência mundial da necessidade de todos os povos contribuírem na
redução da emissão na atmosfera, de gás carbônico considerado o principal
causador do “efeito estufa”, que ameaça
o aquecimento do planeta em até três graus Celsius, em cem anos, derretendo
geleiras, causando alterações climáticas, repercutindo em ainda pior qualidade
de vida dos que no futuro viverão.
Buscando amenizar,
realizou-se em Kyoto,
no Japão, (1997), uma conferência, no curso da qual ficou definido que
os países mais desenvolvidos, líderes, por ironia, na emissão desse gás, deveriam diligenciar
para que entre 2008 e 2012 tal emissão esteja reduzida em uma média
global de 5,2%. Feito o cálculo do investimento respectivo resultou que são
necessários bilhões e mais bilhões de dólares.
Surgiu portanto um outro
questionamento, quem vai pagar a conta? E este foi,
sem resultado satisfatório e sem unanimidade na conclusão, objeto
da Conferência de Haia, encerrada na
sexta-feira da semana que passou. O certo é que tem que ser feito. O
desenvolvimento que já não se concebe sem o qualificativo sustentável, impõe o encontro dos meios, é problema de inadiável solução. E para dar
continuidade ao debate, a VIIª Conferência se realizará no Marrocos, já no
próximo ano.
O Brasil foi representado por Fábio Feldman, secretário executivo do “Fórum
Brasileiro de Mudanças Climáticas”. Por Luciana (16) de Brasília e por Martim
(15) de Pelotas. É consolante constatar
que as questões ambientais estão em
pauta e são capazes de reunir gente do mundo inteiro e de toda idade.
O meio ambiente fascina! Carecemos
de vontade inquebrantável, que impeça o desrespeito a bem que depois de ferido,
nunca mais será o mesmo, é o caso do
“Penedo”, na Baía de Vitória. E não foi por falta de fazer ver “que um filho
teu não foge a luta”, porque sabemos dos
esforços ingentes envidados por Beatriz Abaurre e seus colegas do Conselho
Estadual de Cultura, quando ela
estava presidente, no sentido de
impedir. Inclusive, por se tratar de bem tombado. Quem sabe a ameaça que
representa para o ecossistema mar, em Aracruz, a implantação Thotam? Está na Justiça, esperamos que ela não seja
tão cega!
Notícias recentes nos chegam de que se
pretende melhor proteger o Parque Nacional do Caparaó,(criado por Decreto de 24 de maio de 1961, asinado pelo então presidente Jânio Quadros) o que se traduz no aumento de sua área de entorno.
Embora devidamente indenizada, significa destruição de lavouras de café. E ai coloco uma questão: tudo bem, proteger o meio ambiente é
uma aspiração humana e justa, aquela beleza merece, mas não consigo entender,
que a solução preservar, passe
exatamente por arrancar o que com muito trabalho alguém plantou.
Há muito mais meio ambiente sendo
degradado por aqui, esperando solução muito mais urgente do que o entorno de
Caparaó e não se diga que faltam recursos, pois, pelo visto, quando a vontade é
forte, o dinheiro sempre aparece. Logo, não é por falta de recurso que não se
faz.
Marlusse Pestana Daher
her27/11/00
Veja o relatório atual. http://biblioteca.cebds.org/the-business-end-of-climate-change?utm_source=google%20&utm_medium=cpc&utm_content=bussiness_climate&utm_campaign=biblioteca_cebds&gclid=CjwKEAjwgtTJBRDRmd6ZtLrGyxwSJAA7Fy-h18or4tYaxbG1okWxKXxkS-muSKh3BGgGFYBEyPF6nBoCo4Dw_wcB
Veja o relatório atual. http://biblioteca.cebds.org/the-business-end-of-climate-change?utm_source=google%20&utm_medium=cpc&utm_content=bussiness_climate&utm_campaign=biblioteca_cebds&gclid=CjwKEAjwgtTJBRDRmd6ZtLrGyxwSJAA7Fy-h18or4tYaxbG1okWxKXxkS-muSKh3BGgGFYBEyPF6nBoCo4Dw_wcB