FELIZ
ANO NOVO
Estamos sendo soterrados
por uma avalanche de “feliz ano novo” que chega pelo “zap,zap”, pelo nosso
perfil no facebook, à viva voz.
Eu sei que brotam do mais
profundo do coração, como percebi a que foi manifestada por Ângela Lino, em
comentário à minha publicação de hoje no face, neste sentido. As pessoas provam quanta
bondade têm no coração, quanto gostam umas das outras, como é gratificante se
comunicar, como vale a pena desfrutar da companhia do outro. Sabe-se que é
coisa que faz muito bem.

Achamos todas muito
bonitas, mas a repercussão que causam podem acabar ficando por ali mesmo onde
aconteceram, repercutem na emoção, poucas vezes na vontade principalmente, de
protagonizar todos os atos indispensáveis para que o ano novo seja de fato
feliz para todos.
E de repente, mas... eu,
eu mesmo? Não sou governante, não sou autoridade, não detenho mandato político...
o que fazer?
Há uma unanimidade em
todos os credos no sentido de que a Bíblia é o livro onde se encontra a Palavra
de Deus. Palavra que era no princípio, que era Deus, Deus é a própria Palavra. (Jo.
1). Temos ali, que quando Jesus fundou sua Igreja constituiu Pedro, um dos seus
escolhidos para chefiar os demais. Assegurou-lhe as chaves do reino dos céus e
entre muito mais, esclareceu “quem vos ouvir, a mim ouvirá”.
Assim como outrora, Javé
fez nascer João, o precursor, de uma velha mãe cujo corpo perdera as
propriedades de gerar filhos, para que mesmo no deserto, proclamasse que o Senhor
estava perto. Para Deus o impossível não existe.

Nesse diapasão, foi Deus
que através do Colégio que elege Pontífices, deitou seu olhar sobre um cardeal
argentino e fez com que fosse escolhido como novo Papa. Inspirado em Francisco,
o pobrezinho de Assis, Francisco diz SIM e parte no sentido de produzir na
Igreja as transformações esperadas. Sobretudo, passa a ter um comportamento sem
precedentes no sentido de acolher todos sem distinção de qualquer sorte,
demonstrando que o amor transforma, que ao Papa compete “ir aonde o povo está”.
Fiz esse desvio no curso
do que ia dizendo porque estou convencida de que o Papa Francisco com a autoridade
que lhe vem do alto, nos municiou com um
programa eficiente, verdadeiramente capaz de nos ajudar a tornar o novo ano,
muito feliz. Refiro-me à carta que enviou ao mundo, pelo Dia Mundial da Paz,
depois de amanhã, 1° de janeiro.
Logo de início escreveu o
Papa: “Deus não é indiferente; importa-Lhe a
humanidade! Deus não a abandona! Com esta minha profunda convicção, quero, no início do novo ano,
formular votos de paz e bênçãos abundantes, sob o signo da esperança, para o
futuro de cada homem e mulher, de cada família, povo e nação do mundo, e também
dos chefes de Estado e de governo e dos responsáveis das religiões. Com efeito,
não perdemos a esperança de que o ano de 2016 nos veja a todos, firme e confiadamente empenhados, nos
diferentes níveis, a realizar a justiça e a trabalhar pela paz. Na verdade,
esta é dom de Deus e trabalho dos homens; a paz é dom de Deus, mas confiado a
todos os homens e a todas as mulheres, que são chamados a realizá-lo”.
A Deus importa a humanidade. O Papa assegura que o ano será melhor e que
haverá paz, mas lembra a indispensabilidade no sentido, do concurso de todos os
homens e de todas as mulheres.
Bastaria esse preâmbulo. Mas a carta prossegue com subtítulos explicativos.
É imprescindível que se conservem as razões da esperança, que a humanidade aja
em consonância com a dignidade humana, com solidariedade, para vencer a
indiferença e conquistar a paz.
Acusa a indiferença que fecha o coração em relação a Deus, ao próximo,
para com a realidade que nos circunda e causa a ausência de paz. Prossegue
falando da indiferença, que como tudo se tornou globalizada, a nível individual
e comunitário, coisas que acabam por desembocar mais tarde em violência e
insegurança.
Alonga-se quando enfatiza a indiferença pela misericórdia e “Deus
intervém para chamar o homem à responsabilidade para com o seu semelhante ... Onde está teu irmão”?
Pugna pelo fomentar de uma cultura de solidariedade, de misericórdia
cujo fruto é a paz. Busquemo-la sob “o signo do jubileu da misericórdia”.
É um carta longa, não a ponto de não poder ser lida por qualquer pessoa.
Pode ser encontrada na internet, adquirida em livraria católica. O que acima
transcrevi são apenas pequenos detalhes.
Teremos sim um feliz ano novo, temos um ótimo mapa constituído pela carta
e que podemos seguir sem medos. A propósito, celebrativa do XLIX dia Mundial da
Paz.
E nós queremos, porque nos convencemos de que “somos chamados a fazer do
amor, da compaixão, da misericórdia e da solidariedade um verdadeiro programa
de vida, um estilo de comportamento nas relações de uns com os outros”.
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