domingo, 3 de novembro de 2013

EM PELE DE CORDEIRO

Gravidez de caveira de plástico - castigo da obreira
que se afastou
Partos de caveiras de plástico, não uma só, três, discursos inflamados de quem foi transportada quinze vezes ao inferno, visão da chegada de pessoa influente à presença de Deus e ser mandada para o inferno, inclusive, repetindo como testemunha ocular, suposto diálogo travado entre criatura e Criador. Divulgação da fortuna acumulada com profanação da Palavra por cinco pastores: entre 65 milhões a 950 milhões de dólares. E não é tudo. 


Aqueles que se preocupam mais em encontrar cisco no olho do irmão, sem ver a trave que existe no seu, exatamente, na forma que mais condenam, fabricação de imagem para fim de adoração, colocam nas fachadas das que também chamam templos ou igrejas, imensas fotografias do respectivo líder maior que têm, os que são vistos na televisão.

O estado laico reconhece ao cidadão, nada menos que como direito fundamental, professar a fé como a concebe, adotar o seguimento religioso no qual melhor se encontre, é “inviolável a liberdade de consciência”.

A história vai sendo escrita com o testemunho dos que atravessam os tempos e é crescente a sensação de que o bem perde sempre mais forças por sua quietude, porque se esconde da mão esquerda o que a direita faz, porque é desgastante convencer quem está errado, porque “é inútil argumentar contra quem perdeu o uso da razão” enquanto o mal se vale dos excelentes e modernos meios de comunicação e assemelhados para proclamar as loucuras que professam, para decantar suas vidas, valem-se da fragilidade das massas que encantam com as luzes ilusórias dos seus argumentos,  entregam-se às suas vontades, deixam-se manipular pelo que dizem, despem-se e repartem o pouco que têm sem ver que o encantador(a) ao invés, vive mais que como monarca.

Acima de quaisquer dos meios citados, empunham a Bíblia que é sagrada da qual pinçam versículos daqui e dali, para compor o discurso que os leva a criar a serpente que sai do vaso e encanta, aprisiona e rouba o sagrado direito da liberdade.

É direito fundamental a liberdade de culto? Igualmente o é a dignidade da pessoa humana. O que estamos vendo são multidões a seguir “lobos vorazes”, arrimados na Bíblia cuja interpretação se dá na forma que melhor se adeque a seus  objetivos escusos. Sempre olvidam que o primeiro mandamento, que pensam pregar: amarás o Senhor teu Deus, com todas as tuas forças é tal qual o segundo: ama teu próximo como a ti mesmo.

A hora é agora, impõe-se escolher entre a dignidade humana e a liberdade de culto professada na forma que aqui se combate. É assunto para autoridade.